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quinta-feira, 28 de maio de 2015

Sol negro

Sol negro dos mil mundos,
Que trazeis dissabores tão profundos
Encobertos num fulgor desencantado
Ilumina este sublime espanto.
Aurora divina da eternidade,
Despertai os raios mágicos nocturnos
Adormecidos no sepulcro intemporal.
Luz sombria misteriosa
Sois a vida neste reino tenebroso
Onde todos desconhecem o que é ser generoso.
Sol negro,estrela confortante
Erguei a espada dilacerante
E terminai todo o pranto angustiante,solidificado e transformado em cinzas.
Penetrai com a tua prece intrépida os corações negros já enterrados
E regai os cemitérios com a tua tempestade abundante.
Sol negro,fatalidade dos mil mundos
Guiai anjos sem rumos na Terra da solitude
Através da tua esplêndida negritude
Onde os espíritos mais nobres repousam.
Derramai gotas serenas nas campas esquecidas,
Paraísos abandonados e bosques secretos.
A noite é o refúgio perfeito dos inocentes
Onde esvoaçam no ar zumbidos e temores
Disfarçados no peso do silêncio mórbido.
Sol negro fascinante
Brilhai sobre as trevas enfeitiçadas
E purificai os jazigos das flores góticas sangrentas.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Sou o princípio e o fim

Sou a penumbra...frágil sombra...vestida de noite
No meu rosto...traços de amargura...cinzas do tempo
E no meu corpo este silêncio...leve sopro de morte
Gravado no tempo...tatuado na alma...eterno lamento
Trago nas mãos tempestades...o inferno...e este vazio
Revolvo a terra...procuro na mulher...o raio e o trovão
Esqueço o que resta de mim...quase nada...apenas frio
Não tenho antes nem depois...apenas tempo e solidão
Trago as dores da terra...amordaçadas
Os anseios do futuro...as dores do passado...as lágrimas
Os segredos...os medos...de todas as mulheres caladas
Todas as promessas...todos os sonhos e todas as mágoas
Sou a voz do vazio...a tristeza...a penumbra da poesia
Sou a pedra do caminho...a folha negra dos meus passos
Sou o abandono...o silêncio da noite...a sombra do dia
Perdida entre o ser e o querer...o vazio dos meus braços
A minha voz calou-se...apenas o silêncio grita...implora
Num poema derradeiro...num verso negro...amordaçado
Num peito sofrido...num coração que em mim chora
Desfeito o sonho...cala-se o pranto...num verso rasgado
Entre mim e a noite...os braços...gestos breves amargos
Não sei quem sou...nas entranhas da terra foi onde nasci
Trouxe nas mãos um poema...nos dedos...silêncios vagos
Sou filha de todos os instantes...sou o princípio e o fim.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Nas profundezas da alma

Discursos ensaiados
Felicidade fingida
Palavras atiradas ao vento
Memórias perdidas no tempo
Coração morto,vingança despertada
Lágrimas de sangue intermináveis escorrem pelo rosto abaixo
Vozes surgem nas profundezas da alma gélida:
Gritos,gemidos e súplicas apoderaram-se forçadamente.
Sentimentos torturantes
Pensamentos devastadores
Essa poção venenosa chamada amor,
Tem o dom artístico e marcante simultaneamente.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Coração negro

Num mundo de fantasias
ausência da saudade presente
um secreto aperto no peito
olhar gélido,desconfortado
é o suspiro desconcertado

Talvez o meu erro seja a vida
amarei solitariamente enquanto tiver fôlego?
apaixonar-me-ei pela musa dos meus delírios
torpor e uma maldita esperança...

Transparente como a água
invisível como o vento
solitário e em queda
estrela cadente,outrora a exaltação dos desejos
só uma rocha sem vida

Antes sucumbir na minha secreta vergonha
a ter que clamar com a voz que não tenho!
Numa noite eterna,num descolorido
anseio pelo emudecer mortal

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

A cicatriz das rosas negras

Derramarei a última gota vermelha
na estrada da ilusão
deste sangue que goteja
demarcando uma paixão.
Cada gota,um esquecimento
em cada esquecimento,uma dor...
em cada dor,um pedido de socorro,
em cada gota,o amor.
Brotará neste chão manchado
rosas repletas de espinhos,
que se alimentarão de cada gota do meu
sangue gotejado no caminho.
Gota por gota
respingando em desalinho,
regando as rosas negras
que brotaram no caminho.
Cada gota,um esquecimento,
e cada esquecimento,uma cicatriz
das rosas negras que brotaram dentro
do meu peito criando tua raíz.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Noites de terror

Noites de terror...
Trás a agonia dos pesadelos das trevas.
Clamo misericórdia.
Só escuto o vento soprando na janela.
Me perco nos prantos.
Chorando hei-de repousar no meu túmulo.
Onde a morte me plantou.
Onde não vejo mais lamentações.
E que as almas venham me buscar.
Leve-me onde o tempo é imortal...
Onde não há dor.

A floresta do frio

Na floresta do frio,
A noite cai com a solidão,
Habita uma pessoa,
Com grande ternura.

À noite,ele vai,
E sempre se sente muito bem,
Em sua beleza,
A tristeza assombração.

Escondendo da humanidade,
Embalado pelo escuro,
Contemplar a infelicidade,
Daqueles que não aceitam a verdade.

A escuridão

Por toda mágoa inflingida
sinto-me perdida
sem motivos para viver...
tantos sacrifícios por uma dor profunda...
o meu acordar não faz sentido...
por todas as mágoas cravadas em mim
escolhi a escuridão
percebi que o silêncio que me consola
as trevas recordam a minha felicidade
não sinto mais sofrimento
vivo com minhas
lágrimas de sangue

O significado da escrita

Alguns nascem para ler os escritos dos outros;
Outros para escrever os próprios pensamentos;
Alguns sentem o que lêem...Escrevem o que sentem...
Outros sofrem por extrair todos os sentimentos de ambos...
Alguns mergulham e não saem mais desse oceano de palavras;
Outros são incapazes de sentir o significado delas.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Parece que o tempo parou

Parece que o tempo parou
nenhuma lágrima 
desliza em meu rosto
Só olho para o céu e fico encantada
Ao ver os raios de sol
Tocar as nuvens
Acordando-as para um novo dia
Dias seguintes,dias incertos
Que matam-me lentamente
E só a natureza me resgata
Enquanto os dias passam 
Apressando meu fim...
Um silêncio delirante
Abriga agora a minha mente
Nenhuma lágrima a cair
Nenhum sorriso a desejar
Não adianta tentar entender
Pois,nenhuma verdade
Irá me surpreender.
Vejo a sombra cobrir a lua
E o arrepio me envolve
Como o vento tocando as árvores
Na madrugada fria
Nenhuma lágrima a cair
Nenhum sorriso a desejar
Noturna e guerreira
É minha alma
Enraizada no solo fúnebre
Caminhando sem pressa
E as vezes tropeçando
Ou afogando-se em lágrimas...

Carol Silva

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Susurros

Em um caminho cercado
por tristezas tento encontrar a liberdade
que me enterrou aqui,em um túmulo tão vazio
tantas velas para iluminar meu mundo
mas a luz parece não querer me encontrar.
Já não tenho apenas meu sangue dentro de mim
nem meus próprios medos são só meus
e tudo parece morrer assim.
Oh!Essas vozes que me chamam
me dizem pra segui-las
mas aquele frio me incomoda
congelando meus sonhos.
Não vejo as cicatrizes em meus olhos não sinto
que estejam em mim,
mas outra voz parece ser verdadeira
ao dizer que está próxima a liberdade!
Apenas chorando entre as minhas cinzas esperando as minhas
asas.

† Essência †

Olho para um mundo que não me entende,Caminho por ruas
que não me fazem chegar,
A cada passo o tempo se esvai incessantemente,
E o silêncio vai tomando conta do meu mundo!
Nesse momento tudo é desconhecido!
Contemplo uma riqueza inestimável,
Contemplo o grande céu negro e nublado,
Do qual desponta a beleza misteriosa,
De uma imensa lua cheia e intangível!
Que belo espectáculo é essa visão,
Olhar esse céu me remete,
A mergulhar dentro do mais íntimo de mim mesmo,
E reflectir sobre as respostas preciso ter!
Meu silêncio é a minha contemplação,
Minha tristeza é equilíbrio do que eu sinto,
Minhas lágrimas são um lamento,
Pelo mundo que não quer ver,
A beleza do que é simples e romântico!
Minha tristeza não é desespero,
Minha tristeza é paz e conhecimento!
Minha melancolia,não é aflição,
Minha melancolia é o descanso para o meu espiríto!
Minha poesia é o suspiro de minha essência!
Minha música é o canto da minha alma!
Meu espelho é a sensibilidade de ver,
Beleza e arte onde a maioria,
Vê apenas algo normal e corriqueiro!
Minha sensibilidade é entender a tristeza do que sofre,
O amor de quem ama,
As lágrimas de quem chora!
Que minhas lágrimas caiam por terra,
E fecundem algo de belo e artístico,
Algo que falta ao mundo,mas não deveria faltar,Algo
chamado compreensão!

A luz dos candelabros

A luz dos candelabros,
O espelho do olhar,
Poderosos espelhos refletem o nobre orgulho que sangra,
Escuridão sepulcrária perturba a mente.

...A luz dos candelabros,
o brilho da alma...
Como eu poderia permanecer sincera?
Refugiando esses sentimentos...

Infeliz é aquele que sofre
Por não haver conforto na morte.
Doce agonia de minha existência.

Alma despedaçada

Fúnebres saudações!
Como hoje é o dia dos defuntos,vou deixar uns poemas do qual eu me identifiquei muito e que foram copiados das páginas do qual legendei as imagens com o link.

Meu coração queimava
os restos de minha alma despedaçada;
ventos estranhos vindos do tempo
apagaram tais chamas
soprando pra fora tudo o que era meu

Deixe-me ir, deste mundo
Veja minha dor;
Sacrifico-me suportando a viver
Mal ouço as batidas de meu coração;
A inquietude da minha solidão.

Oh morte...
...finalmente tornaste meu espírito livre
e toda a agonia foi perdida para sempre.
"O discurso é o rosto do espírito." Séneca

"A vida é uma simples sombra que passa (...);é uma história contada por um idiota,cheia de ruído e de furor e que nada significa." William Shakespeare
"O homem que não tem vida interior é escravo do que o cerca" Henri Amiel
"É bom escrever porque reúne as duas alegrias: falar sozinho e falar a uma multidão" Cesare Pavese .