sábado, 31 de outubro de 2015

A escrita da ado(r)lescência

Saudações mortíferas!
O tema desta mensagem vai ser sobre uma rubrica existente no jornal "Público" dedicado aos cronistas adolescentes que causa um tanto de estranheza.
O "Adolescer" é uma secção onde os autores provavelmente seleccionados pela equipa,publicam crónicas daquilo que pensam,visões e filosofias de algibeira.
Ora bem bem,o texto da Luísa dá pano para mangas e aí vão enumerados os motivos:em primeiro lugar,só por estar bem escrito não significa que tenha maturidade para entender a vida,pelo contrário,é conveniente para aparecer num jornal e também ninguém nasceu com visão raio-x a ponto de saber se é uma jovem promessa;segundo,durante a fase passageira de crescimento,os ado(r)lescentes travam conflitos internos e descobrem-se,características próprias da construção da personalidade e por último,o jornal só pode ser oportunista tendo a finalidade de impressionar os leitores e ganhar visibilidade,através dos dramas típicos dos mais novos.
A rubrica é mais do que escusada e quando deixarem de estudar,certamente eles não vão poder escrever mais aí.
A crónica de "A dor que dá o amor" é no fundo uma dissertação normal como é habitual de se observar em vários sítios.A diferença encontra-se na sintaxe e na semântica utilizada.
Já nos "Refugiados...como nós" escrito por um outro autor cheio de mania que é esperto,não mostrou imparcialidade nenhuma na opinião.
Limitou-se a reproduzir aquilo que foi transmitido dos refugiados,apelando de um modo subtil à sensibilização,ou seja,expôs algo sem questionar as notícias nem ver o outro lado desta fuga e as intenções ocultadas,pois a cultura islâmica é inadaptável!
O Jantarada é vítima de um antigo sistema passivo e manipulador da comunicação social.Talvez um dia quando este adolescente ingénuo que acredita no que vê e no que ouve (feito burro com pálas) tiver neurónios,reconheça o quanto estava errado e o quanto precisa de aprender sobre o histórico desse povo bárbaro e desumano.
Só se deve ter orgulho quando alguém por exemplo cria uma invenção concreta para o bem comum;assim exalta-se egos frágeis sem nada de importante a acrescentar.A Malala Yousafzai (uma jovem activista da defesa dos direitos humanos das mulheres) tornada ícone pelo acesso à educação no seu país,mete-os num canto e essas crónicas são do nível escolar!!!
A rubrica "Adolescer" é desprezível.A redacção devia expôr uma breve descrição e de onde apanham os jovens colunistas...depois os leitores não podem queixar de que se tornam convencidos,só porque aparecem destacados num jornal por um artigozeco de treta qualquer.
As crónicas que eles escrevem são iguais às muitas que circulam diariamente no anonimato das plataformas,apenas despertam o interesse pelos autores serem ado(r)lescentes,daí todos ficarem pasmados.
A sensibilidade à flor da pele da ado(r)lescência não é novidade mas haver uma secção onde eles falem do básico é uma perca de tempo,a grande maioria das pessoas se esquece de que eles são moldados justamente pelos estímulos que absorvem.
Resumindo:em vez do "Adolescer",a redacção devia ter optado por uma rubrica onde as pessoas pudessem enviar crónicas de um assunto ao gosto pessoal.
"O discurso é o rosto do espírito." Séneca

"A vida é uma simples sombra que passa (...);é uma história contada por um idiota,cheia de ruído e de furor e que nada significa." William Shakespeare
"O homem que não tem vida interior é escravo do que o cerca" Henri Amiel
"É bom escrever porque reúne as duas alegrias: falar sozinho e falar a uma multidão" Cesare Pavese .