terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Colecção e acumulação

Esta mensagem vai ser sobre colecção e acumulação.
Após uma ponderação espontânea,reparou-se de que o coleccionismo é um assunto superficialmente disponibilizado e a de que não existe artigos a divagarem sobre este modo de entretenimento.
A obsessão-compulsão é uma vontade baseada em um vício muitas vezes difícil de controlar e no sentido filosófico estranhamente não há nada a descrever esta mania,rotulada injustamente de defeito.
Daquilo que foi retido,tenta-se convencer que traz benefícios porém é mentira,a não ser que a colecção seja de cariz lúdica:aí já é valiosa tal como as raridades clássicas!
Coleccionar é um desejo material negativo visto como uma ocupação para desenvolver o perfeccionismo (positivo),a minúcia e a curiosidade.A actividade não é restrita para certos grupos de pessoas,trata-se de um passatempo com pouquíssimas vantagens e sim de um fascínio por algo.
A "arte" de coleccionar não é do passado,pelo contrário,é um lazer que ainda se mantém bem vivo,embora seja insignificante na maioria das vezes.
Acumular items repetidos em diferentes versões não tem graça nenhuma e chega a ser tremendamente egoísta...o lado bizarro da compulsividade é que pode literalmente acabar por ganhar um contributo especial para a criatividade,para as correntes históricas,filosóficas e culturais,dependendo da compilação em causa.Abre novos horizontes e acima de tudo leva o ser humano a reflectir o seu papel com os objectos:a sua percepção e a forma de encarar o materialismo.
Não só serve para reconhecer padrões estéticos como permite organizar,classificar e memorizar cada item da colecção,isto é,se a obsessividade dentro do normal for espremida,vai-se encontrar razões para alguém compulsivo andar entretido,uma delas é por prazer.
O acumulador por norma vem predisposto para a compulsão,dado que ínfimos indivíduos continuam persistentes durante a vida adulta:se cai no exagero,está tudo perdido pois é suposto ser fã de uma ostentação ao gosto pessoal e não estar lá a "afundar" em coisas supérfluas. 
Existem por exemplo,marketing de venda limitada que incentiva indivíduos comuns a adquirirem um produto que se vai tornar parte da colecção impingida no mercado e isso é reprovável porque impulsiona o consumo pela futilidade sobretudo nas faixas etárias jovens e quando se fartar disso,vai custar a ser descartado!!!É a dita necessidade de possuir.
Colecção e acumulação são dois termos que estão relacionados,portanto acumular varia um bocado porque remete para o instinto de sobrevivência. 

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Acerca da informação falsa

Saudações arrepiantes directamente cá do canto!

Neste tópico vai-se injectar um antídoto contra a praga da informação falsa.
Numa breve pesquisa efectuada,praticamente não foi encontrada matéria disponibilizada e os resultados obtidos apontam para a definição geral.Constatando,a informação falsa é uma temática na ordem do dia e para comprovar,tropeçou-se em dois artigos:o primeiro intitula-se "Fake news" e o segundo "Pensar antes de partilhar",pelo que discorda-se plenamente.
Ora tecendo uma dissertação,vai ser acrescentado mais umas linhas que não vêem lá abordadas.
Para começar,a desinformação afecta a comunicação por isso o papel interventivo é fundamental para não corromper a democracia.
O primeiro artigo foi feito a pensar nos estudantes por serem o alvo principal mas vale para qualquer pessoa!
Aquilo que o vídeo apresenta é um trabalho que pertence aos jornalistas e não ao cidadão digital...prevenir é melhor que remediar e investigar já se tornou num hábito importante a ser adquirido no âmbito das competências virtuais.
Eis agora a protecção contra a desinformação obscura.

Há títulos que podem ser "clickbaits" para acumular "gostos" e subir no ranking,não tendo nada a ver com a notícia.
As organizações e iniciativas de verificação de factos,apesar de estarem associadas à imprensa,não costumam ter visibilidade,funcionando como agentes intermediários entre o cidadão e a notícia,atenuando as suspeitas.Em outros casos,são programas instalados com um bot automático a executar as ordens mandadas ou então uma equipa de jornalistas que detectam a veracidade da história:se fossem competentes deviam ser entidades licenciadas!
Os sites de jornais compactuam porque se não não podem editar certas notícias de maior interesse,assim o leitor percebe se os factos estão dentro do autorizado,de serem fiáveis ou de uma brincadeira através dessa avaliação,poupando tempo aos redactores.É um recurso inútil para os que estão fora da área profissional.Por exemplo,o "Polígrafo" tem uma escala com sete níveis de classificação dos factos...é impressionante!!!
Quanto aos preconceitos,aí é complexo:há juízos formados devido ao prevalecimento de estereótipos,outros por baixas capacidades críticas e outros movidos por emoções,portanto basta ser imparcial sobre determinadas notícias na altura de analisar.
Um pormenor:o número de seguidores de uma página informativa não dita se o site tem credibilidade ou se está condenada ao insucesso,essa ideia está totalmente ultrapassada.
No vídeo não afirmam que só os media independentes é que precisam de apoio e de financiamento,do contrário é mentira!!!
Um facto curioso:eles esqueceram-se ironicamente de referir acerca dos direitos de imagem,justamente os jornalistas que não devem ignorar a peça de ouro das notícias!!!
O redactor tem de analisar se a dita foto pode ser publicada e é permitida a livre utilização ou é paga,para não gerar problemas de uso indevido como muitas vezes se sucede ao ler notícias...há um código estabelecido a cumprir e não é tão simples por causa dos prazos curtos de entrega à redacção mas compensa para não andarem a repetir frequentemente as mesmas imagens,com o intuito de não se esforçarem nem de se chatearem com a visualização!!!Inconscientemente passam a ideia de serem sensacionalistas:este é o erro crasso que se comete ao elaborar um artigo de comunicação social...uma imagem deve ser previamente vista antes de editar um artigo no meio jornalístico para se certificar de que é aceitável (ou pelo menos compatível) e não com artifícios e cheios de modificações.À semelhança dos dados a montar,existem directivas cujo enquadramento devem ser legais e não resolvido às "três pancadas",se não o texto deixa de ter credibilidade;por norma os redactores armazenam imagens clichés,populares e impactantes para facilitar a emissão,despachando e evitando irem caçar aos depósitos de fotos...este é o motivo pelo qual surgem imagens de padrões similares nos diversos veículos,pior sendo o peso do conteúdo da notícia!!!O leitor deve verificar se a imagem usada corresponde com o teor da notícia,se é actual,se foi retirado de um banco de imagens gratuitas ou se foram cedidas para tal,pois a foto tem de acompanhar aquilo que se está a disseminar ao público:se for uma mera ilustração,o redactor deve citar a fonte por uma questão não só de princípios como também de coerência e se for possível,o nome do autor!Cabe ao cidadão digital aceder ao "Google images" para descobrir com nitidez as pistas da imagem pretendida,identificando se a imagem online foi expressamente autorizada para circular na imprensa.
A hipótese é a de terem omitido esta parte propositadamente:a concorrência de uma notícia pauta-se logicamente pela imagem no cabeçalho e o título é suposto ser um apelo à leitura e não para outros fins...aí está o segredo da autenticidade!

No que concerne ao "Pensar antes de partilhar",é errado comparar uma publicação às cores do semáforo:se algo é privado,é para manter guardado com a própria pessoa e não para meter na internet.Se representa uma ameaça,porque é que precisa ser exposta?Aproveita-se para frisar de que não há diferença entre privado e íntimo!!!
A distinção entre vida offline e online depende sobretudo do tipo de perfil do cidadão digital:existem internautas mais vulneráveis que outros...nem sempre tudo é assim tão linear como se refere,existem personalidades divergentes.
O ideal a ensinar a alguém são os filtros:servem para qualquer domínio e são infalíveis...convém ser prudente de modo a garantir uma boa sanidade virtual.Além disso,cada internauta é responsável pela informação fornecida.

Quem mais deveria saber,lastimavelmente despreza este "antídoto" poderoso:buscar informação de qualidade é uma arte que poucos dominam e consomem...exige paciência e empenho.
Há que reconhecer a seriedade da informação no desenvolvimento de uma sociedade futura e de que online nem tudo é como parece no momento offline...existem obstáculos à mistura,incrível falta de bom-senso e por aí em diante:a lista das nocividades é longa em ambos os casos.
Finalizando:abrir discussão é o único rumo a tomar porque esta actividade é mentalmente habilidosa.

"O discurso é o rosto do espírito." Séneca

"A vida é uma simples sombra que passa (...);é uma história contada por um idiota,cheia de ruído e de furor e que nada significa." William Shakespeare
"O homem que não tem vida interior é escravo do que o cerca" Henri Amiel
"É bom escrever porque reúne as duas alegrias: falar sozinho e falar a uma multidão" Cesare Pavese .