sábado, 23 de junho de 2018

Trabalho não é felicidade

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O tópico desta mensagem é sobre trabalho.
Há uns tempos,surgiu um artigo de imprensa a falar que trabalhar dá felicidade do qual discorda-se absolutamente.
Ora o título não está de acordo,baralha a noção do leitor em relação à definição actual de trabalho,metendo a psicologia ao barulho de modo a suavizar,induzindo alguém a servir o sistema.
Passando ao desenvolvimento,o texto suscita um debate interessante e encontra-se dividido em duas partes:o desemprego e a má gestão,levando a uma reflexão.
O primeiro parágrafo é contraditório pois cai-se na rotina e monotonia,trazendo raramente um sentimento de pertença e inclusão a uma organização pelo que não há fundamento para fazer tal afirmação.
Uma ocupação é diferente de trabalho e aqui a lógica está misturada!Nenhum trabalho do mundo até mesmo se for de sonho,é sinónimo de dignidade,isso tem a ver com os valores,decência e princípios individuais sendo que a ideia já está ultrapassada apenas é uma obrigação que dá sustento e ter uma ocupação é uma actividade feita por prazer sem receber nada em troca.
A psicóloga está enganada.Ela no início usa esse argumento para encobrir o desfasamento da realidade logo é errado dizer que dá saúde,comparando o ser humano a uma máquina orgânica.
Certamente que o estudo deve ter sido encomendado para os ignorantes andarem desesperados a desempenharem funções para o agrado dos superiores.
O artigo goza com as pessoas reduzindo a um ser autómato e dependente,por exemplo,os turnos sugam a energia e os empregos de baixo rendimento por norma nunca dão bem-estar,eles vão pelas fracas qualificações e capacidades cognitivas...tudo provém da falta de profissionalismo e da coordenação das chefias,é preciso combater o problema das hierarquias impingindo um código ético nas empresas.
Isso aí é tendencioso porque só foca em profissões mais formais onde existe conduta em vez de ser num termo abrangente:deve-se interpretar atentamente para descobrir que não é novidade.
A motivação ganha-se através de iniciativas,avaliações e inquéritos de satisfação mas no geral o que dita tudo é a vontade das equipas,ou seja,um ambiente acolhedor gera produtividade e a liderança é melhor.
O contributo publicado não comprova nadinha!É um cliché que infelizmente ainda prevalece.
A psicologia do trabalho explica o básico para compensar a falta de perspectiva laboral de muita gente alheia a este facto...não é suposto dar razão só por ser uma psicóloga a falar:um bom emprego é aquele que tem uma direcção competente e por outro lado são poucos os que adquirem esta experiência,o excesso de trabalho também não deve ser normalizado.
Não é preciso esclarecer esta questão com alguém que ocupa uma posição de poder,a sociedade simplesmente não absorve em ser importante buscar alguma mudança no regulamento!
É escusado procurar por aí uma entidade que preste,pois para ter prestígio,depende do nível da empresa.
Resumindo:a culpa é do capitalismo.

sábado, 9 de junho de 2018

Parentalidade humana

Saudações mórbidas!
Esta publicação é sobre autocontrolo.
Recentemente surgiu uma notícia a propósito de uma escritora dinamarquesa que lançou um livro a falar da parentalidade nórdica.
Começando pelo título,ser bem-sucedido infelizmente não tem nada a ver com autocontrolo pelo menos por enquanto.
Ela primeiro devia se informar e estar de acordo com a definição do país porque está relacionado com dinheiro,em ter um estatuto desde cedo,ser um ambicioso,ter cursos/formação,fazer faculdade,tirar licenciatura,ter uma carreira e até algum poder financeiro e não valores de resiliência.
Nessa entrevista,induz-se um conceito totalmente errado embora se tenha razão só depende da cultura.
O livro espécie manual de instruções não é novidade,simplesmente apela à responsabilidade parental de fortalecer os filhos psicologicamente fornecendo uma base ao leitor com dicas sobre como orientar no melhor sentido e os segredos de educação dos dinamarqueses.
O artigo lembra de que é preciso desafiar para lidar perante as adversidades...não é preciso ser entendido na matéria para saber o básico!
Por cá há um tremendo atraso e passa-se o oposto:as crianças andam fechadas dentro dos infantários,creches e escolas e lá se estimula a serem independentes e a brincarem no exterior...o sistema de ensino ainda formata rebanhos e não permite esta abertura,não prezando muito por desenvolver essas qualidades.
Neste país há uma falta de noção de ser importante e não há reconhecimento dessas características:as competências não-cognitivas são algo normal que não tem de ser exaltado,isso está longe de ser visto como a chave do sucesso.
Alguém sem autocontrolo um dia vai-se dar mal na vida e tornar-se conflituoso,a resiliência desempenha um papel fundamental no ser humano a fim de prevenir problemas de convivência graves a longo prazo...é preciso descobrir de ser a raíz do comportamento.
Ninguém imagina que ser bem-sucedido se trata de gerir emoções,muito menos usar um mecanismo de defesa em determinadas situações,por exemplo em casos de ameaças e constrangimentos:acciona-se um alerta no cérebro;ensinar a se controlar é uma lição valiosa e sólida tanto quanto a inteligência.
A notícia é clara e concorda-se de que através da motivação,concentração,dedicação,empenho,luta e persistência aprende-se a resolver autonomamente,a respeitar os limites e a ter coragem do qual socialmente é positivo mas para se pensar dessa forma,requer evolução de mentalidades e não é fácil para quem se pauta pelo materialismo e uma dose de conformismo!!!
Do outro lado,estranhamente não se promove esse livro...como é que se vai vender a obra?Neste país o público-alvo que vai adquirir um exemplar,são os profissionais da área educativa,psicólogos,pedagogos,psicopedagogos,educadores e professores porque no geral não está interessado em utilidades e certamente depois lá no consultório eles vão aproveitar para disseminarem as ideias como se fossem grandes sábios em vez de referirem a proveniência para lerem os conselhos...é uma questão de manter a sanidade mental treinando o autocontrolo.
Há mais uma dúvida que também causa confusão:se o livro não pode ser associado a nenhuma nacionalidade,porque é que se chama parentalidade nórdica?Neste aspecto é controverso!Nas entrelinhas,os dinamarqueses estão-se a impingir como modelo a serem seguidos quando no fundo o tema frisa-se pela universalidade.
A legislação do trabalho é diferente e a escritora não pode comparar!Esta geração de pais portugueses não têm estrutura moral,a não ser que ela recomende o guia aos familiares dos pupilos do exército do colégio militar,aí serve perfeitamente e  eles chegam a receber medalhas e insígnias de mérito sendo que iria ter êxito!!!O estilo de vida levado influencia a sensibilidade pelo que não há essa percepção.
A resiliência é meio-caminho andado para criar um adulto consciente que poucos estão dispostos a construir...a frustração e a arrogância são sinais de uma pessoa instável.
Concluindo,as capacidades de autocontrolo são o equilíbrio do ser humano antes da racionalidade.
"O discurso é o rosto do espírito." Séneca

"A vida é uma simples sombra que passa (...);é uma história contada por um idiota,cheia de ruído e de furor e que nada significa." William Shakespeare
"O homem que não tem vida interior é escravo do que o cerca" Henri Amiel
"É bom escrever porque reúne as duas alegrias: falar sozinho e falar a uma multidão" Cesare Pavese .