domingo, 14 de dezembro de 2014

Histórias fechadas

Este tema vai ser alusivo ao modo de como os livros são apresentados.
Como se tem constatado em diversos sítios,raramente se pode encontrar um resumo acerca de qualquer livro editado.
É impossível entender porque raio se publicita a capa e se fala da relação das personagens ao invés do enredo...para alguém de fora da leitura se interessar,devia haver uma breve informação do conteúdo da obra!É por esta causa que geralmente muita gente não lê,pois isso só agrada a um pequeno círculo de leitores ávidos.
A estratégia de venda é uma autêntica falha:uma pessoa vai à livraria ou papelaria,procura pelo nome,perde-se uma eternidade a ler algumas páginas e ainda tem de se estar atento o suficiente a ponto de ir captando a história porque em lado nenhum foi revelada.
Ou seja,isto é uma falta de consideração!Uma frase sobre um determinado livro não vale nada mas sim uma descrição,que leva o leitor a formular ideias antes de adquirir.
Um dos exemplos ocorridos,é a merda literária das "50 sombras de Grey",eleita pela imprensa o "Crepúsculo" dos adultos:pelos dados,trata-se de uma relação sado-masoquista entre uma estudante universitária e um milionário e que contém linguagem erótica.
Sinceramente,as banalidades não são novidades;fazer um alvoroço em torno de um fetiche narrado em letras e que dentro de um tempo passará nos ecrãs,é tremendamente patético!!!Eles existem e são praticados por perversos entre quatro paredes,daí achar estranho esta reacção infantil do público.
Adiante,tudo quanto seja best-seller é adaptado a filme.
Voltando ao cerne do problema:à partida o erro das editoras é deixarem as histórias fechadas.
O ódio visceral à leitura provém da falta de divulgação séria daquilo que está escrito dentro;lançar livros não é somente apresentar a capa e proferir uma dúzia de palavras em forma sensacionalista.
Continuando neste caminho,os livros não passarão de modas e de promoção pessoal dos autores.
"O discurso é o rosto do espírito." Séneca

"A vida é uma simples sombra que passa (...);é uma história contada por um idiota,cheia de ruído e de furor e que nada significa." William Shakespeare
"O homem que não tem vida interior é escravo do que o cerca" Henri Amiel
"É bom escrever porque reúne as duas alegrias: falar sozinho e falar a uma multidão" Cesare Pavese .