quinta-feira, 29 de maio de 2014

"Catfish:the tv show"

"Catfish" é um programa onde os cos-apresentadores ajudam os jovens que estão num relacionamento virtual a se encontrarem cara-a-cara com essa pessoa do outro lado do ecrã,supostamente considerada de conduta duvidosa.
Max e Neev têm paciência de santo para irem à caça do embuste,esclarecerem as informações dos envolvidos e levarem os participantes junto com eles a se deslocarem para conhecer quem andou durante todo o tempo a fazer de romântico.
Há de tudo: gente com verdadeiros distúrbios de personalidade,vingativos,casais formados,cônjuges armados em detectives,perfis falsos,histórias inventadas,amigos traiçoeiros,burlas e gordos com baixa auto-estima.
Ora o problema trata-se de uns episódios que foram para o ar que fez com que a reputação que tinha caísse a pique.
Uma das histórias é de uma menina que se tornou famosa no instagram pelas fotos e vídeos exibicionistas e entre os fãs houve um que a perseguiu.Quando se viram ele era um rapper e acabaram por não se terem envolvido por serem de muito longe.
A galdéria tinha sessenta e tal mil seguidores na rede social e ainda foi seleccionada para a televisão,somar mais uns milhões de fãs?!Já era visível desde o início que a Antoinette tinha tudo bem planeado e fez o papel de menina boazinha para conseguir a atenção masculina e para os co(có)s-apresentadores terem a lata de a elogiarem,falarem sobre as consequências das fotos e serem levados a acreditar que ela merecia melhor.
Logo a seguir teceram acusações dos seus trajes menores...ingénuos do caralho,ela em nenhum momento se importou com nada,só procurava publicidade gratuita!
O outro caso,era de dois primos que tinham uma relação muito chegada de amizade.
Antwane pediu ajuda à produção para descobrir de quem era o número misterioso que o ligava a falar com ele e após pesquisarem os dados,apareceu três moradas:nenhuma delas era a certa.
No fim,a prima confessou que foi ela que andou três anos a se fazer passar por um homem na linha de chamadas e inventou uma maneira de se vingar dele perante as câmeras,pelo facto de a ter chamado de Kelly Price do cu gordo e a ter humilhado numa festa.
Eles deixaram escapar detalhes cruciais e ainda quase culparam-na por ter gozado com o trabalho e arrasado o primo a troco de 15 minutos de fama,quando os únicos responsáveis são eles que não prestaram atenção!!!
Nestes dois episódios assistiu-se a um modelo inverso do "catfish":o Max e o Neev é que foram os apanhados em armadilhas.Eles expuseram ao mundo pessoas que queriam apenas serem reconhecidas por motivos básicos e negativos.
O objectivo do programa é alertar o público sobre os perigos online e das pessoas geralmente mal-intencionadas.
Espanta-me como é que não se investigou a fundo,nem se suspeitou dos participantes ou de alguma pista não correspondida antes de se lançar na televisão...porra,que grande falta de profissionalismo!!!
Até já cheguei a ler de que os participantes deviam assinar uma declaração a constatar que aquilo que estão a passar é real,e não serem escolhidos directamente do mail nas gravações sem previamente saber o ponto exacto da ocorrência.É por isso que a margem de falha é muito elevada,algo compreensível.
Adiante,eles os dois são o exemplo ideal de irmão mais velho:falam com muita classe,brincam,apoiam a vítima e têm maturidade.A postura deles é tão civilizada que até irrita mas é um prazer ouvi-los...acaba-se por sentir ciúmes porque é como se fossem familiares do telespectador.
O "Catfish:the tv show" é um excelente programa de sensibilização mas se continuar a destacar cabeças de vento,vai descer de nível e também vai perder o propósito.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Acerca do inconformismo

Saudações sombrias!
Nesta mensagem,vai-se divagar acerca da forma em que o inconformismo passou a pertencer no dia-a-dia.
Ter uma visão crítica generalista,é para poucos.Remar contra a maré é praticamente considerado um acto revolucionário e nada fácil que só os corajosos sabem.
Uma vez,através das partilhas de estado de um perfil,descobri que as actualizações vinham de uma pessoa com estatuto.
O autor era um professor de neurociência,investigador e conferencista.Identifiquei plenamente na grande parte dos pensamentos que expunha.Ele publicitava cerca de 8 blogues na área em que ele trabalha e sobretudo,o mais importante:o livro.
A partir do momento em que se meteu o "manual do inconformista" ao barulho,passei a ficar duas vezes mais atenta.
Ora bem,antes de mais tinha achado que as ideias eram uma estratégia para se promover como escritor,o que não é certo de todo;em segundo,é tanta conversa fiada sobre a constante transformação da sociedade e do conhecimento que só interage pelo perfil,os blogues têm os comentários fechados;terceiro,quanto mais seguidores alcança,mais se reconhece e por último,é um velho revoltado.
Digo isto porque houve uma altura em que se falou que no nosso país os velhos são tratados como tal enquanto que em Inglaterra têm todo o respeito.A criatura bloqueou-me e a mensagem referia-se no fundo a nível profissional!!!
Isso é noutro país e a situação não foi contextualizada nem discernida para se ser claro na resposta,o que deu a entender que queria tratamento exclusivo e não vulgar.
Também escreve artigos científicos sobre a velhice,palavra muito abominada pelo próprio,pois é uma leve confissão de que odeia envelhecer.
Posto esta parte,saliento o estatuto.
Noto sempre que geralmente as pessoas só seguem os conselhos quando são provenientes de mais velhos ou de alguém influente,caso contrário,por melhor que seja,corre-se o risco de não ter efeito nenhum.
Este pensador global é um exemplo de como aproveitar a autoridade para ter mais vantagem sobre os menos favorecidos.
As lições que ele transmite são óptimas e úteis para a construção de um ambiente melhor e sobretudo para todos raciocinar.
Só quando há uma luta persistente contra doutrinas ultrapassadas é que ocorre a mudança de mentalidade e vale mais ainda quando há apoio,se não,tal como citado no início,não vai ser fácil ser diferente do "rebanho".
Resumindo:o inconformismo é um assunto pouco aberto e discutido.O tempo pede para adoptar outras perspectivas mais evoluídas e conscientes...já é hora de urgir.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Burros doutorados

E já que actualmente é normal todos falarem de política e meterem o assunto ao barulho em qualquer conversa,também vou aproveitar para expôr o meu ponto de vista sobre os burros doutorados.
Não é difícil saber porque neste país todos têm uma atracção desmesurada por cursos superiores:uns fazem para enriquecer o percurso académico,outros vão porque já têm um objectivo próprio,outros porque são carrasco dos pais/sociedade e ainda há outros que são a maioria,cegos para exercerem a autoridade.
Esta última hipótese é o motivo do fenómeno.
O poder é sinónimo de impunidade,é por isso que todos correm para apanhar o seu lugar e quando não conseguem ficam a pingar amargura e não sabem gerir a vida.
Por exemplo,os professores podem tratar os alunos como quiserem e dar a aula como apetece porque as leis protegem os superiores mas não contra o governo.Para além dos filtros,eles estão-se nas tintas para os problemas em particular de alguém porque o cargo que ocupam torna-os inantingíveis.E depois como é óbvio,existem as raras excepções que mostram mesmo sensibilidade e cumprem bem o seu dever.Portanto,não existe nenhum código de conduta que os regule,diz-se apenas que é confidencial,o que não é verdade,nota-se bem que é brincadeira.Eles decidem quando convém. 
Não é de admirar que eles adoram se vitimizar quando vezes sem conta são os culpados por alguma injustiça cometida.
Enquanto as leis forem de corruptos para corruptos,vai continuar a haver burros doutorados porque a situação assim o permite.Se fossem sérias,os superiores hierárquicos iriam piar baixo.
O governo é outro exemplo de burrice:são doutorados a prejudicarem a nação e no entanto passam impunes.
Estar no poder no fundo é usufruir do privilégio de ser favorecido.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Leitura vs.puzzles

Ler e montar puzzles são duas actividades semelhantes.
A leitura baseia-se em juntar as letras,analisar o conteúdo,reter informações e ir percebendo a história para se fazer o resumo;enquanto que os puzzles (de mil peças) são uma figura para se ir elaborando tal como aparece na caixa.
Ambos desempenham o mesmo papel:estimulam a mente.
A leitura é uma tarefa intelectual e os puzzles são lúdicos.
A diferença é que um livro aguça a curiosidade pela capa porque a história já lá está escrita mas os puzzles,para além de ser um passatempo,a pessoa é que tem de insistir para observar como fica o final,ou seja,a pessoa é que é a protagonista.
Portanto,as duas actividades requerem paciência e disponibilidade.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Fotos de homens e suas características

Saudações!
Identificar as características de um homem estão fortemente associadas através da maneira diferenciada em que cada um deles aparecem nas fotos.
Um exemplo,é o de nem todos serem foleiros e nem todos exibirem as mesmas expressões.
Eis aqui as pistas para se aprender a distingui-los:
- homens com cara de assassino são arrogantes/agressivos;
- homens em fotos de grupo são fanfarrões/extrovertidos/boémios;
- homens naturalmente sorridentes significam que são auto-confiantes/acessíveis/bem-dispostos;
- homens com cara séria são desconfiados/intuitivos;
- homens com sorrisos parvos estampados na cara e em posição inerte,tanto podem ser gozadores como bons conversadores;
- homens a fazerem caretas geralmente são imaturos (ou então podem ser divertidos);
- homens com ar pensativo são sensíveis.
Não é difícil analisar os passos para se chegar a esta conclusão.Uma expressão facial numa foto é um excelente indicador de um traço característico de alguém,o resto vai-se descobrindo.

sábado, 10 de maio de 2014

Acerca de equilíbrio emocional

Antigamente era comum dizer-se que uma presença masculina ajudava a dar equilíbrio,que uma menina precisava de uma espécie de irmão mais velho para se espelhar e que um homem entendia melhor as coisas.
Para já,nunca nenhum tipo de homem ajudou em nada,só atrapalham.Quem defende essa balela são as mesmas que contribuem para as marcas machistas perdurarem.Se isso fosse verdade,não ia haver dicas e programas para eles se orientarem com elas.
Os homens no geral,estão a leste dos assuntos femininos:se não têm uma ponta de capacidade de entender o que se passa com as suas irmãs,muito menos se vão importar com o que se passa em cabeças alheias.
A consciência e a percepção de vida são a base do equilíbrio emocional.Dizer que é falta do género oposto é ser retrógrado,até porque actualmente poucos se dão ao trabalho de conhecer uma pessoa,eles esperam uma oportunidade para pisar.Portanto,para além de afirmar tamanha estupidez,a frase está desadequada!
O tal equilíbrio não se alcança com um homem.Só se dá quando existe alguém presente,de confiança,se rodeia de gente que saibam guiar e que sobretudo tragam influências positivas,caso contrário,depender de uma referência masculina é meio caminho andado para o fracasso emocional.
Termino com o provérbio:"com papas e bolos se enganam os tolos."

domingo, 4 de maio de 2014

Os 9 tipos de professores

Durante o percurso escolar,apanha-se 9 tipos de professores.Quem é ou foi estudante,sabe que se deve adaptar ao modo de cada um deles,correspondendo aos seguintes grupos:
1 - o frustrado - faz uma maratona discursiva,a voz é igual a uma coluna de som ambulante (ouve-se à distância) e é torturante ouvir as suas reprimendas,pois o frustrado descarrega nos alunos e mete medo;

2 - o amiguinho - este tipo gosta muito de se aproximar dos alunos para conversar,saber novidades e dar conselhos,chegando por vezes a se apegar.No geral,até se tira boa nota mas é preciso ter cuidado redobrado porque não é o que parece,eles são uma espécie de armadilha e convém separar as águas ao primeiro sinal pois trata-se de um superior hierárquico;

3 - o ditador - é o autoritário.Modelo aborrecido,os alunos chateiam-se,as aulas são palestras,é ameaçador e o ano inteiro é marcado por tormentos;

4 -  o apresentador - ele é a estrela e os alunos são plateia.Faz sombra sobre eles quando lhes é solicitado a participação;

5 - o comediante - vai dizendo piadas quando apetece para o ambiente não ser sério.No fundo ninguém gosta mas se despacham só para queimar o tempo que resta,a rir.
Também "quebra gelo" nos momentos tensos.

6 - O distraído - este tipo de docente deixa escapar a atenção nos alunos que são perturbadores e em alguns detalhes importantes.São demasiado cabeça no ar.

7 - O tolerante - usa uma linguagem acessível mas concede o poder aos alunos,chamando a atenção como "quando é que posso dar a aula?".
A sua passividade irrita solenemente.

8 - O discreto - é o docente que não dá satisfações a ninguém e não eleva o tom de voz,porque acha que é a melhor maneira da turma estar atenta no que ele vai dizer.
É decidido e fiel aos avisos.

9 - O exibicionista - perde muito tempo a divagar sobre a sua vida pessoal e os alunos perdem a vontade de se interessar pela disciplina.
Tem um péssimo sentido de orientação devido à sua condescendência e há tendência a favorecer alguns elementos.

Estes são os perfis dos 9 tipos de professores.
Não é difícil identificá-los,eles andam espalhados por aí nas escolas e são diferentes.Isso é notável desde o primeiro dia!
Não é necessário descrever os tipos de alunos porque é comum todos saberem como são.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Acerca de conhecimento e livre-pensamento

Saudações sombrias!
Tenho estado durante algum tempo a reflectir sobre o quanto o livre-pensamento é reprimido.
Enquanto estudante,há uma série de condicionamentos do qual não permite que as pessoas sejam aptas a raciocinar pela própria cabeça.O modelo de ensino apenas resume-se em:ouvir,decorar,acompanhar o ritmo da matéria,despejar e ser obrigado a fazer trabalhos que não se gosta (e com quem não presta).Isto jamais se chama aprender e dá bons resultados.
Este método de aprendizagem é proveniente da Grécia antiga e pertence à escola do passado.
As coisas só vão funcionar quando começar a haver educadores inovadores e desafiadores de ideias em vez de ditadores,e aulas filosóficas que valorizem o desenvolvimento do livre-pensamento (pelo menos por escrito).As mentalidades só mudam quando se expôr temas para todos formarem o seu ponto de vista,conviverem com os prós e contras e sobretudo,quando se evitar emitir qualquer tipo de julgamento por parte do educador.Aí sim,já são progressos.
O objectivo não é despertar instintos sadistas:trata-se de desenvolver capacidades argumentativas imparciais.
Lembro-me de quando era adolescente ter ouvido que quem faz muitas perguntas são crianças de 4 anos e que os mais velhos têm de aceitar o que têm.Só mais tarde,quase no fim,é que tive duas professoras de louvar que encorajavam os alunos a serem críticos e a não terem vergonha de serem diferentes...essas é que foram marcantes.
Afirma-se que ninguém é detentor de conhecimento,ensina-se e aprende-se.Quem não pretende trocar informações entre docentes e alunos,são covardes com cérebro engaiolado.
É devido a esta conformidade que existem hoje muitos adultos de merda incapazes de debater com outros que tenham opiniões divergentes.Tudo isto é produto de um mau sistema de ensino e de falta de bom-senso.Ignora-se sempre os que procuram entender melhor.
O que é necessário para o crescimento pessoal,poucos mostram.
Actualmente com tantas adversidades,se requer raciocínio independente mais do que nunca mas muitos estão absolutamente à superfície neste aspecto.
E quantas vezes é notável a falta de discernimento nas concepções?Pois é...se não há um guia intensivo de lógica,também não se pode esperar que as pessoas se desenrasquem sozinhas.
Pensar livremente é formular impressões,desconstruir teorias e tecer uma linha de pensamento sólido.
A sabedoria se adquire quando o modelo for esclarecedor e não uma "fábrica de montagem",caso contrário,nunca se sairá da redoma.
"O discurso é o rosto do espírito." Séneca

"A vida é uma simples sombra que passa (...);é uma história contada por um idiota,cheia de ruído e de furor e que nada significa." William Shakespeare
"O homem que não tem vida interior é escravo do que o cerca" Henri Amiel
"É bom escrever porque reúne as duas alegrias: falar sozinho e falar a uma multidão" Cesare Pavese .