terça-feira, 5 de agosto de 2014

A opressão da beleza

O tema desta mensagem vai ser centrada nos padrões de beleza modernos e o seu impacto.
Já por diversas vezes,foi lançado neste blogue temas sobre a imagem,desenvolvidas a partir de notícias que circularam.
Agora chegou a altura de escrever sobre os corpos de moda.
Durante muitos séculos,o corpo feminino obeso foi considerado sinal de fertilidade,formosura e saúde.Passando décadas,os padrões se alteraram e um corpo curvilíneo ao estilo pin-up se tinha tornado em símbolo erótico,fortemente desejado entre o público.Porém,quando a indústria começou a lançar linhas de higiene,inventarem dietas,e mil e um métodos medicinais e cirúrgicos,o modelo de beleza voltou a ser alterado e os meios de comunicação elegeram o corpo magro,que em tempos fora sinal de desnutrição e doença.Tendo como critérios:ser magra,alta,raça europeia,classe média,independente e jovem.
Desde esse momento,a magreza foi referência de beleza em vários países do mundo e eleita como sinal de corpo saudável,deixando de lado os outros tipos.
Ora esta imagem idealizada,trouxe problemas de anorexia,bulimia e sobretudo fez acreditar que somente as que têm esse modelo de corpo são lindas.
É incompreensível achar atraente quem não tenha peito,use tamanho pequeno e tenha cu estreito...ou ver um "poste de electricidade" esquelético e depois queixar que não têm curvas...francamente,isto é cinismo a olho nu!!!Não queria ser maldosa mas a situação devia ser inversa só para elas e eles terem noção do sofrimento de não possuir a figura da moda.
As baixas e as de corpo fitness também já estão a ser consideradas modelos e isto chama-se redefinição de beleza:não existe nenhum padrão melhor que o outro.A consequência são distorções de imagem e inseguranças.
Não se pode incidir num corpo e oprimir as outras formas e nacionalidades femininas!Mais irónico ainda é a exaltação ser proveniente dos estúpidos dos mais velhos quando deviam ter despertado consciência...enfim,batem todos mal da mioleira.
As campanhas publicitárias contra as medidas de manequim de montra são pouco notáveis porque falta persistência para passar a reinar a beleza real.
A busca pela eterna juventude é outra enorme parvoíce implantada pela ciência para enganar os ingénuos!
As pessoas exageradamente certinhas a se produzirem geralmente são muito aborrecidas.Há quem opte por não dizer nada com medo das reacções.
Os padrões machista de beleza são opressores e ninguém pode negar.Por outro lado é contraditório,pois se o critério é ter pele clara,é impossível de entender porque raios gostam de vê-las bronzeadas (ou vice-versa)...aparentar ser o que não é,é degradante e bastante discutível.
A beleza encontra-se na individualidade.Tentar "atirar areia para os olhos" é uma maneira de camuflar esta triste realidade,onde a raça branca tem mais poder capitalista e onde todas as gerações cresceram a achar este conceito normal e a repudiarem o diferente.
Ressalta-se a típica expressão:"a beleza é relativa (muda com o tempo)/subjectiva" (feio para uns,bonito para outros).
A primeira refere-se às pessoas que nascem borboletas e viram sapos em adultos e a outra refere-se às artes,coisas concretas e não a pessoas.Por isso é que se deve ter cuidado ao interpretar.Ainda há outra que diz que o que é bom é para ser mostrado,afirmação claramente de gente machista.(só por vontade própria)
A cultura da beleza sempre é lucrativa.Determinar que as mulheres devem ser rejeitadas por não se encaixarem nos atributos físicos,é uma grande estupidez!!!A natureza feminina já é competitiva mas mesmo que não seja,esta opressão já é suficiente para piorar tudo.
Derrubar as medidas de modelo de passarelle deve ser uma abordagem presente no dia-a-dia porque isto é uma barreira que impede a beleza real.
"O discurso é o rosto do espírito." Séneca

"A vida é uma simples sombra que passa (...);é uma história contada por um idiota,cheia de ruído e de furor e que nada significa." William Shakespeare
"O homem que não tem vida interior é escravo do que o cerca" Henri Amiel
"É bom escrever porque reúne as duas alegrias: falar sozinho e falar a uma multidão" Cesare Pavese .