segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Confiança ou "filtragem" de informação?

Saudações!
O tema de hoje vai ser virado para os diversos contextos e situações do dia-a-dia do qual se deve adaptar as conversas.
Muitas vezes é-se confrontado com gente esquisita:são as que não têm capacidade para rir,as que odeiam que lhes falem como se as conhecessem,as que não têm limites do que andam a falar,etc.
Antes de passar a desenvolver melhor,deixo aqui alguns exemplos mais comuns e mal-interpretados:
1 - Aparecer sem ser convidado,é falta de respeito.
Se o organizador não quer que alguém apareça de surpresa,tem de ter cuidado ao divulgar o evento e certificar que os convidados mantenham a máxima discrição possível sobre o assunto!!!

2 - Passar o número de telemóvel de alguém sem autorização,é crime.
Se um amigo chegado perdesse o número e pedisse através de alguém,de certeza que essa pessoa passava mas quando é com terceiros que esteja longe das amizades em comum,ficam desconfiadinhos...qual é a pessoa adulta que iria fazer asneiras com o número,caramba?Basta só o intermediário assegurar que vai ser entregue em boas mãos!

3 - A vida não é só estudar/trabalhar/treinar também se tem de conviver.
Hahahahahahahaha,que piada tão pobre!Se as pessoas querem tanto conviver,marquem um dia para se juntarem,pois certos locais não são adequados para se pôr a conversa em dia,não por questões de confiança mas éticas.

Vou finalmente agora dissertar sobre o tema.
Quando se está acostumado a observar pessoas que espalham a sua vida aos sete ventos e que falam consequentemente das outras,para além de ser falta de auto-controlo,é falta de "filtro"!Aliás,gente em modo revista já mostram que não prestam.
Aquele tipo de pessoas que odeiam serem abordadas com proximidade,no fundo é por falta de confiança e não propriamente pela regra de etiqueta que lhes foi incutida.Elas usam desculpas como:"só os meus amigos é que me podem chamar chico mais ninguém tem a permissão para tal".Assim revela-se a impossibilidade de criar elos,pois geralmente elas odeiam ser escolhidas e são defensivas!
Cada vez mais noto que a "carneirada" não tem noção de que assuntos privados são para serem preservados e não para se ser espectáculo social.É por isso que não me admira nada que já não haja ninguém que guarde segredos...deplorável!
Por outro lado,há o tipo de pessoas que afirmam adorar conhecer pessoas mas não se dão a conhecer...(podem ter tendência de chegar a dizer que é preciso se conhecer alguém em ambiente formal para se ter a certeza que é amizade.) aqui trata-se claramente de falta de confiança.
Para uma pessoa conhecer outra,deve sempre deixar fluir o que vai no momento para se ver o comportamento natural um do outro e para posteriormente não haver maus julgamentos!
O que mais ocorre por aí,é a ausência de "filtragem":se uma pessoa desata a expôr o seu quotidiano gratuitamente seja onde for,não pode queixar que está a ser difamada ou que alguém de "longe" ouviu/teve acesso às suas informações/dados pessoais; mas o que realmente estraga relações,é a maldita falta de confiança.
Conclusão:a falta de "filtros" indica a incapacidade da pessoa gerir os próprios problemas.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Anúncios moralistas

Tenho andado a analisar bem como são feitos ultimamente os anúncios publicitários,e verifiquei que:todos os vídeos têm uma história dramática e que o slogan só aparece no fim;que nem sempre corresponde com aquilo que se quer transmitir como é o caso da Optimus,e que serve mais para despertar consciências do que para divulgar o produto ou serviço.
A Dove,como todos viram,é um excelente exemplo deste último:reforça em peso o culto à imagem,alimenta egos e nos mostra sobretudo que uma mulher de qualquer idade,tipo,raça ou forma tem a sua própria beleza e que não deve tentar ser como nenhuma modelo,porque o padrão dos media é irreal.
A explicação para este tipo de anúncios fazerem sempre sucesso,é simplesmente porque o público é movido pela emoção do que pela razão!A falta de afecto no dia-a-dia,falta de motivação,a baixa auto-estima,falta de apoio emocional e até a pobreza de espírito,leva o marketing a lançar vídeos extremamente poderosos,lembrando a velha máxima:"uma imagem vale mais que mil palavras" e cria-se um enredo,alertando para os valores humanos.
É exactamente através desta forma que o controlo e manipulação de massas se torna mais fácil,onde todos se assumem como rebanhos.
Vejam aqui outro exemplo da linha de telecomunicações de Taiwan:tem slogan no fim mas não sei o que destacaram,só vi um filme!
Por outro lado,isto me fez reflectir acerca da importância que se tem na realidade,ou seja,nenhuma!
Eu sei que há muito trabalho envolvido para se produzir anúncios moralistas mas é lógico que continua a ser inútil,pois o respeito ao próximo é um tema que deve ser incutido seriamente e não como estratégia de venda.
Referindo ainda a campanha da Dove,devo salientar um detalhe:se a auto-estima depende exclusivamente da relação com o exterior,dos elogios ou de como os outros nos vêem,esta ideia (errada) não pode baralhar as cabeças das gerações vindouras?
São deste género de coisas que me fazem pôr em dúvida acerca de tudo aquilo o que aprendi e adquiri ao longo dos tempos...os valores actuais são totalmente invertidos...é como se agora as plataformas ditassem o que é certo e todos concordassem e seguissem,enquanto a vida passa ao lado com os seus ensinamentos e todos ignoram porque vão/preferem ver vídeos patéticos ao you tube.
Para concluir,os anúncios moralistas funcionam também como reflexo do comportamento da sociedade,e não como algo para se impressionar.
"O discurso é o rosto do espírito." Séneca

"A vida é uma simples sombra que passa (...);é uma história contada por um idiota,cheia de ruído e de furor e que nada significa." William Shakespeare
"O homem que não tem vida interior é escravo do que o cerca" Henri Amiel
"É bom escrever porque reúne as duas alegrias: falar sozinho e falar a uma multidão" Cesare Pavese .