quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

Desinformação:preocupação vs. confiança

Este tópico trata-se de um estudo global em termos de monitorização de desinformação e tudo indica para uma falta de noção durante a navegação.
Na sequência da literacia digital,destacou-se um artigo interessante a reflectir bem o que os portugueses pensam.
O projecto da Obercom já era de esperar!O que é surpreendente e medíocre,é incidir nos que possuem mais habilitações,isso sim é estranho:possivelmente têm fraco contacto online ou então usam mal.
Ora desta vez foi razoável pois o relatório conseguiu abrir discussão.
A desinformação atingiu níveis alarmantes na população adulta.Preocupar-se com notícias é escusado a não ser que os utilizadores tenham compulsão,ansiedade constante ou outro sintoma que os impeçam de aliviar em oposição a quem decide não confiar:esses estão excluídos da avaliação.
Desenvolvendo,a competitividade para ciências de dados não trouxe benefícios pois pelos vistos há um claro desajuste com as exigências da realidade.
Indo por ordem,como é que a maioria dos portugueses tem dificuldade em distinguir entre o real e o falso?Isso compromete a coesão,o que é intrigante,pois revela cepticismo.
Eis a pergunta:qual é a razão de não saber identificar o que se consome visualmente?Ou não bate certo ou então os próprios produzem ruído convencidos que estão a partilhar conteúdo informativo com o público...por norma são os mesmos que adoptam uma postura passiva com os dispositivos por causa da pouca concentração que têm para lidar com a tecnologia digital.
No que concerne às ameaças,os influenciadores,personalidades,políticos nacionais,governos,actores estrangeiros e activistas compõem o veículo que disseminam exactamente aquilo que o algoritmo reforça nos espaços,alimentando o mecanismo com clichés,polémicas e inundando com informações vagas e inúteis,pois faz subir na visibilidade!
Visitar os sites é o meio comum de obter visões:é a única sugestão aceitável que reduz dúvidas e amplia a memória do leitor.
Recorrer aos motores de busca no geral,serve para ler notícias internacionais e porventura comparar a veracidade das fontes de comunicação:uma tremenda estupidez induzida nas cabeças ocas que acham que o jornalismo de fora é mais seguro que o deste país,passando a impressão de ser inteligente ao pesquisar sobre as afirmações ditas por personalidades mediáticas quando no fundo não se vai aprender e sim captar algo do momento!!!
Aqui há uma grande margem para más-interpretações,pois quem não liga a este método acredita na ilusão construída por ser confortável,sendo teimosos em assumir que só vai baralhar e não orientar pois o internauta só fica ocupado em recolher lixo online.
As conversas entre conhecidos,ao contrário do que se refere,é o meio onde não se informa absolutamente nada:o interlocutor reproduz a leitura e os outros limitam-se a ouvir sem haver capacidade analítica de contextualizar.Ou seja,a oralidade serve meramente para reagir pois na maioria dos casos são notícias espontâneas,curtas e fáceis de absorver,ideais para quem tem tendência de socializar devido à velocidade com que saem.Pelo teor,implica trocar informações de baixa qualidade e são consideradas nulas por causa da previsibilidade focada em circunstâncias ou em hábitos e comportamentos,arriscando a ser ligeiramente credíveis porque é preciso bases para se ter opiniões antes de concordar e falar só para se proteger de divergências...nestas situações deve-se prezar pela honestidade e assumir a ignorância na matéria porque se não acaba-se por permitir erros e consumir polarizações mascaradas de verdades repletas de insignificâncias que não valem para o quotidiano,logo há que ter consciência!
A unanimidade é um indicador de um patamar de comunicação que não transmite com clareza a mensagem aos receptores,conduzindo a resultados minimamente práticos porque actualmente raramente alguém tem paciência para explicar ao pormenor,daí a multiplicação de espertos a ensinarem aos carrascos a desenrascar no mundo virtual,uma vez que as narrativas e o fluxo de informação não são fixos!!!Haver conhecimento empírico leva tempo até dar o efeito desejado,porém é importante para a evolução,só assim se mantém a democracia moderna e a distopia desaparece emergindo dados eficientes nas plataformas com a usabilidade.
Acontece que a informação não é processada porque há a desvantagem de se viver no presente contínuo sendo linear.
Os profissionais de imprensa têm o dever de fornecer ao leitor seriedade e acrescentar cultura para formar cidadãos civilizados mas quando tal é precarizado por não compensar com os padrões de procura,as notícias também se tornam líquidas e formatadas em detrimento de recomendações algorítmicas que são o novo negócio deste século e isso gera capital para as empresas privadas...infelizmente o investimento dá lucro no mercado de activos digitais.
O que se verifica é o inverso:eles preferem não dar ao trabalho porque o jornalismo é proporcional à compreensão da audiência,acabando por ser volúvel.
A resposta é simples:os portugueses são culpados pelo lixo e não controlam o que absorvem,dispersando-se naquilo que cai à frente dos olhos e sendo convenientes com o imediatismo.Se pararem de seguir figuras influentes,o volume de desinformação vai diminuir drasticamente,aquilo são pessoas que andam à caça de aprovação gratuita,que querem ter protagonismo nas redes sociais fingindo que são grandes carreiras,através de exibição de superficialidades e rotinas e do qual não inspiram ninguém e ainda há os famosos e os deputados que emitem publicações para puxarem conversa com os fãs mas são todos iguais uns aos outros.
A dica está lançada.

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"O discurso é o rosto do espírito." Séneca

"A vida é uma simples sombra que passa (...);é uma história contada por um idiota,cheia de ruído e de furor e que nada significa." William Shakespeare
"O homem que não tem vida interior é escravo do que o cerca" Henri Amiel
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