terça-feira, 20 de junho de 2017

Licenciatura em pipocas

O tema desta mensagem é sobre um anúncio de emprego caricato.
Há uns dias,circulou em duas fontes de imprensa uma notícia de uma empresa que procurava um vendedor de pipocas com licenciatura.
Antes de mais,ofertas destas são muito comuns com a diferença desta ter exigido alguém licenciado.
Passando ao desenvolvimento,os requisitos pedidos são estranhos para desempenhar funções tão simples.Seguem-se enumeradas as falhas:primeiro,porque é que eles preferem um candidato com experiência anterior em vendas?Não faz sentido,uma coisa não está relacionada com a outra porque para vender pipocas não é preciso apelar o cliente a comprar,neste caso não se deve confundir com o típico marketing comercial,isso claramente é uma treta imposta;segundo,porque é que deve ter elevada resistência ao stress?Lá está a controvérsia de alguns empregos!Mas afinal o candidato vai trabalhar em que sítio?Aí não está especificado e o stress faz mal,os recrutadores deviam ter bom-senso e não permitirem esse requisito e por último,porque é que o vendedor tinha de ter uma licenciatura?E era de quê que também não referia?Isto é extremamente de mau gosto,a empresa só pode estar a gozar com os candidatos!!!
Vender pipocas é um trabalho básico e acessível ao público geral,não é preciso ser profissional nem ter excesso de qualificações académicas.Quem determina assim um posto semelhante,comete um grave abuso,retira a hipótese de um desempregado ocupar esse cargo ainda por cima como é temporário não dá para progredir na carreira,grande tanga de anúncio!
Por este andar as pessoas vão começar a trabalhar antes de se reformarem...um emprego básico destina-se justamente a quem não tem estudos superiores nem tão pouco experiência na área,esse tipo de recrutadores deviam ser seriamente multados sem dó,além disso passa-se algo de muito errado para estes géneros de ofertas se tornarem frequentes:seguramente eles próprios não têm certificado nem formação teórica para ocuparem um lugar onde é suposto ser responsável e ter uma óptima capacidade de ética.Sabe-se lá através de que meios chegaram a chefes,o mal corta-se pela raíz e a culpa não é da Egor e sim da entidade prestadora de serviços.
Um anúncio de emprego não é como se quer e apetece,não se lança à balda,tem de ser bem pensado.
Entretanto,a Egor removeu esse requisito dizendo ser um lapso como se todos fossem parvos e acreditassem nesse argumento,talvez por terem sido apanhados pela comunicação social!A desculpabilização não engana ninguém.
Foi escusado andarem a responder porque não era só essa a questão que gerou discórdia,só apareceram para emendar o anúncio publicado porque sentiram-se obrigados a tal de modo a não ganharem visibilidade negativa e sairem prejudicados.
Pelo que se pode constatar,a justificação arranjada pela empresa foi mais para avisar de que viram o anúncio na imprensa e não com o intuito de convencer de que tinha sido um lapso:eles só apagaram o requisito para não sofrerem com o enxame de críticas,como é costume reagir quando a publicidade não foi do agrado da maioria!!!
Por conseguinte essa desculpa foi um truque utilizado;a lógica deles é sempre essa ao invés de enfrentar o problema.
Em relação à licenciatura,continua a ser reprovável...a entidade no fundo pode procurar um "licenciado em pipocas" e não admitir,o que é lastimável.E quando não há paciência para ensinar,querem logo uma "máquina" pronta a trabalhar,o dito esclavagismo.
Contudo não deixa de ser uma piada querer um vendedor de pipocas licenciado possivelmente em nutrição ou em agronomia alimentar para explicar ao cliente de onde vem o milho e o óleo da pipocologia.😂
Não basta ser uma empresa de trabalho temporário ainda têm de cair no ridículo com esse perfil para vendedor...francamente,só cá este "circo" é normal.
Santa ignorância!

quinta-feira, 8 de junho de 2017

"Quem trabalha de graça é o relógio"

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Nesta publicação vai-se falar sobre a definição de trabalho.
Há algum tempo tinha estado em destaque um artigo sobre umas mulheres que resolveram ser donas de casa.
Ora antes de começar,há um detalhe contraditório:por qual motivo duas dessas entrevistadas criaram um baby-blog?Nota-se que as autoras não têm lá grandes bases,se o intuito é exibirem o dia-a-dia dos filhos ou então a hipótese é a de estarem a usá-los de escudo para se protegerem e terem uma vida de parasita dado que não recebem ordenado.
Passando ao desenvolvimento,quando os filhos forem adultos vão ter vergonha de ter uma mãe que decidiu não trabalhar,pois depende só de uma fonte de rendimento para o sustento familiar e além disso,o dinheiro custa a ganhar.Eles vão crescer a ouvirem coisas absurdas numa época em que se apregoa a libertinagem.
Nem todas têm vocação para serem domésticas e vai ser difícil achar um homem que aceite isso por pensar ser interesseira!
Rejeitar uma oferta de emprego quando há possibilidade em detrimento de ser dona de casa,é arriscado,é querer no fundo um privilégio não assumido como foi o exemplo destes dois casos em particular.
Obviamente que tem inúmeras vantagens mas a pessoa fica condicionada de ter liberdade financeira porque não é um trabalho pago ao final do mês!É preciso ter em conta do lado menos bom:não se pode queixar se de repente acontecer algum azar.
Uma verdadeira directora executiva do lar tem de ter obrigatoriamente noção básica de nutrição,medicina,decoração,tecnologias,cultura geral,ser cozinheira,dar valores estruturados,formação cívica,ser equilibrada,racional,saber vestir (moda),ter uma organização eficiente,ser ecologista e ter consciência de ética animal.Deve-se ter um plano de gestão familiar,evitar ser acumuladora e dar luxos aos filhos.
A doméstica tem de aprender truques e dicas essenciais e ensinar um dia mais tarde aos elementos da casa,tal como dividir as tarefas se não vai ser confundida de criada do marido e muitas infelizmente continuam a cair nesse erro crasso!!!
Não basta constituir família para se esquivar à incompatibilidade de horário de trabalho:é preciso ter disciplina.
Por outro lado,já estava na hora de se reformular o conceito de actividade remunerativa...por enquanto um trabalho não lucrativo praticamente não traz dignidade apesar dos benefícios.Por esta perspectiva,o voluntariado também devia ser profissão porque a pessoa serve a comunidade,o mesmo de ser ambientalista é prezar pela natureza,cuidar pessoalmente de idosos e tomar conta de animais devia ser legalizados como trabalho!São funções a favor da dimensão ambiental,humana e animal.
Tudo faz parte de um grande ecossistema.Se estas opções fossem abertas,não iriam faltar gente a dinamizar a sociedade!Entretanto estes serviços são desvalorizados por simplesmente não terem ganho um papel importante...ainda se considera algo convencional:é necessário quebrar o preconceito e despertar para a realidade.Se for assim,quem haveria para se dedicar ao lar,à educação e ao resto claro?O tempo pede para repensar na definição de trabalho,o sistema está saturado.
Portanto,há ignorância em relação a ser dona de casa igual ao voluntariado que é associado à caridade e do qual os próprios afirmam que o altruísmo não tem preço.
O lar é o berço da civilização.Uma doméstica tem uma carga de responsabilidades!E talvez no futuro próximo o paradigma mude e os estigmas acabem.
Confirma-se o velho provérbio:"Quem trabalha de graça é o relógio".

sábado, 3 de junho de 2017

(re)Definição do conceito de leitura

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Saudações do Canto das Sombras!
Ultimamente tem sido ponderado lançar uma crónica sobre a definição de leitura e chegou agora finalmente a altura certa de abordar o tópico.
Ler costuma estar associado a livros,grandes obras literárias e autores reconhecidos,caso contrário,existem aqueles prontos a acusarem de não leitura.
A ideia impingida de que só devem ser livros para ser considerada leitura é errada (e grave),isso limita uma pessoa de saber mais.
Actualmente os livros são destinados a gente vazia que não estimula o pensamento e aos carrascos,ou seja,no fundo pouco ou nenhum valor tem tratando-se de histórias vendidas para a distracção e entretenimento de um nicho de compulsivos e fanáticos.Não têm teor moral,não revolucionam nem agitam a vida do leitor...um livro tornou-se meramente num produto rasca.
O público geral depende da leitura real para cultivar o intelecto e sobretudo ter o espírito crítico:jornais,revistas em edição papel/formato digital,sites de imprensa,notícias,blogues,fontes fiáveis de informação,visitar páginas web e plataformas oficiais de discussão tudo conta como leitura.
Ler é ler seja o que for até no smartphone.É preciso acabar urgente e definitivamente com o rótulo de leitura corriqueira,por ser efémera e deixar de criar este preconceito:traduz-se numa questão de receptividade à informação.
Ler é ouvir alguém através do ecrã o que o emissor está a comunicar e é a base da aprendizagem.
O receptor tem de ter a noção daquilo que filtra,uma leitura é uma mensagem disseminada,logo há que ter o cuidado de ler coisas importantes,de qualidade e concretas e não ajudar a alimentar a má-informação.Deve-se evitar absorver conteúdos abusivos,duvidosos e falsos e prestar muita atenção quando se navega na internet e ao que se capta...a construtividade além de melhorar o ambiente virtual,promove a curiosidade em ler e gera motivação pelo impacto positivo que causa.
Por exemplo,esta nova corrente de psicólogos aproveitam para editarem livros por preguiça de explicarem e aconselharem o paciente ou o grupo pessoalmente,alguns deles se distanciaram do objectivo profissional ao aparecerem para discursar publicamente,retirando totalmente a credibilidade à profissão da área da saúde mental:esse tipo de psicólogo ironicamente o próprio é que precisa de terapia por reduzir o papel de psicologia.
Um livro de auto-ajuda não deve ditar clichés muito menos ser uma marca pessoal!!!Alguém assim transmite uma péssima reputação pelo facto de não fazer parte do trabalho.
À semelhança do ambiente virtual,a pessoa deve seleccionar aquilo que é supérfluo e emite poluição verbal nas estantes das lojas do conteúdo que interessa.Por exemplo:porque é que jornalistas,famosos e alguém de uma posição privilegiada tem de escrever a merda de um livro?Aí está o problema.
Voltando ao tema,ler uma informação online dispende o mesmo tempo de um livro normal e ninguém pode negar.Enquanto o primeiro é eficaz,o segundo leva dias a ser concluído e requer paciência e capacidade do leitor.
Um artigo bem redigido enriquece o vocabulário do seguidor e inspira terceiros a escreverem sobre um determinado assunto,revelando também o grau de desenvolvimento cultural e educativo das pessoas.
Depois obviamente há sempre aqueles que não têm disponibilidade para ler devido à falta de tempo;é sempre recomendável reservar a ler generalidades durante um período livre por três motivos comuns:
- ler com regularidade fortalece a memória e os neurónios a longo prazo;
- ilumina a mente;
- passa-se a entender aquilo que rodeia,diferente da comunicação oral.
Isto não é uma doença contagiosa para se andar com desculpas esfarrapadas!Todos já têm habilitações suficientes para interpretarem textos,portanto deve-se esforçar para ler artigos úteis e formais...é só praticar e manter um hábito!
Ler não custa nada nem implica exactamente estar metido numa biblioteca ou livraria feito maluquinho a devorar livros:a percepção a este respeito ainda é ultrapassada e antiga que não corresponde com o conceito moderno de leitura,é hora da lógica ser redefinida.
Recordando o provérbio "o saber não ocupa lugar",salienta-se que jamais deve haver distinção entre um livro ou outro meio utilizado para acumular conhecimento literário!Tudo serve e se encontra relacionado e é fundamental na próxima escalada da evolução humana.
A leitura generalista contribui em peso na expansão da visão e dos horizontes.
Terminando a mensagem,resta afirmar que vai despontar a era da (re)definição do conceito de leitura.
"O discurso é o rosto do espírito." Séneca

"A vida é uma simples sombra que passa (...);é uma história contada por um idiota,cheia de ruído e de furor e que nada significa." William Shakespeare
"O homem que não tem vida interior é escravo do que o cerca" Henri Amiel
"É bom escrever porque reúne as duas alegrias: falar sozinho e falar a uma multidão" Cesare Pavese .