sábado, 23 de agosto de 2014

Regresso às aulas:o antes e o depois

Sempre que se aproxima o mês de Setembro,roda o anúncio do regresso às aulas do Continente.
Porém,entre os mais antigos e os modernos,há alterações que reflectem claramente os sinais dos tempos.
Analisando o deste ano,só se aproveita a letra porque o conteúdo transmite a ideia de que a escola é mais divertida se todos estiverem a dançarem rap,forem indisciplinados nas aulas e não levarem os estudos a sério.
O gajo usa o boné dentro das salas,anda torto e senta em cima da mesa.
É impressionante como as escolas estão actualmente a desempenharem um papel controverso quando deviam funcionar como modelo e orientar os estudantes no bom sentido...o ministério da educação degradou o ensino!
Os anúncios da velha guarda eram melhores e havia uma variedade de escolhas fascinantes no supermercado,além disso as mensagens relativas a este ritual eram motivadoras.
Os adultos mais velhos não deviam estar em posição de condenarem pelas novas gerações serem frágeis e andarem perdidas,quando no geral são frustrados com a educação dos filhos:este é o paradigma impingido aos adolescentes.
Aliás,acho que foi tudo de cavalo para burro na altura da modernização das escolas e desde que se efectuaram mudanças em assuntos que não se precisava,porque dantes reinava o conservadorismo e agora é uma praga autêntica.
No futuro,eles certamente terão dificuldades em se adaptar,porque este ensino "sofisticado" traz desvantagens e por outro lado,os educadores demitiram-se da figura de autoridade e resolveram ser amiguinhos.Portanto,é hipócrito esperar o contrário quando não se sabe ser referência!
O anúncio do regresso às aulas desta época é bastante rasca e foca em aspectos outrora desprezados.
Também é de pasmar como é que os próprios responsáveis permitem vender filosofia barata de aprendizagem e tornaram a escola num campo de entretenimento...tudo tão estranho.
Não vale a pena comparar a cidadania porque nunca foi o forte nem tão pouco discutida;é com base nesse princípio que se chegou a este cenário cheio de gente pobre de espírito.
Em suma,o objectivo do regresso às aulas era tirar boas notas,a partir de um certo ponto tornou-se negativo.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Acerca do phubbing

Saudações meus fantasmas!
Nesta mensagem,vai-se falar sobre o vício de estar em contacto com o telemóvel.
O "phubbing" é um termo criado resultante da junção de "phone" e "snubbing" que significa,desprezar com o telemóvel.
Ao contrário do que se afirma,este hábito já tem mais de dez anos,com a diferença de que antigamente as pessoas andavam agarradas a trocarem sms de borla,quando ainda eram a preto e branco.Depois evoluiu para Iphones e actualmente a oferta de serviços é infinita,deixando os utilizadores completamente rendidos ao aparelho;por conseguinte,a prática não é moderna.
Mesmo que se esteja rodeado de gente e se ande constantemente a interagir com o ecrã,este comportamento para além de ser uma tremenda falta de respeito,é individualista e não social como tanto se enaltece!!!
Conversar cara-a-cara sem usar o móvel ou o Ipad em momento nenhum,é uma das tendências cada vez menos visíveis que se vai desaparecendo gradualmente.
Um "phubber" na verdade,anda ligado para ver as notícias,o mail,jogar e principalmente para marcar presença online nas redes sociais.
O "phubbing" corta os laços reais e afecta os modos de convívio.Isto lembra a velha regra de etiqueta e padrões de comportamento do não se poder comer e ler simultaneamente:primeiro uma coisa,depois outra.
Bem como as outras do não mastigar com a boca aberta,falar com a boca cheia de comida,bocejar em público,suspirar após as refeições,falar aos ouvidos,etc.
Este fenómeno e o exemplo citado assemelham-se muito:se combinam encontrar com os amigos ou se está com a família,a máquina tem de ser ignorada enquanto se estão reunidos pessoalmente.
É triste que hoje em dia ninguém dê importância a estes detalhes que mudam tudo em alguém!
Também há quem queira passar uma imagem de gente civilizada e é notável à distância a tamanha ridicularidade do nosso tempo.
Por outro lado,seria uma excelente forma de poupar bateria e saldo.
Não vale a pena aceder diariamente ao face através do Iphone e nunca fazer nada!Geralmente é esta atitude que dá pano para mangas.E mesmo que se faça actualizações,isso é proveniente da má gestão da parte do utilizador que só fica a perder o melhor da vida.
Não sei como ninguém apanha entorses no pescoço de tanto estarem cabisbaixo;só se inventa parvoíces para alienar o povo,o computador já basta para fazer o trabalho todo.
O avanço digital faz disparar lamentavelmente o "phubbing",uma forma de manter as pessoas ocupadas até quando estão sozinhas e distraí-las do meio envolvente.
Prevê-se que no futuro seja normal rir para o smartphone feito retardado,pois muitos acham aborrecidos estarem juntos mas só depois de bater no fundo é que vem a reabilitação.
Concluindo,fazer deste comportamento uma prioridade é estupidez.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Com o cu na cara

O tema desta mensagem vai ser uma dissertação sobre as tão aclamadas danças (in)vulgares.
Nos dias que correm,há uma explosão de danças tribais que durante muitos anos foram exclusivamente de pessoas provenientes desses países.
O kuduro foi o primeiro a gerar uma onda de preconceito:as batidas eram fortes e só era famoso entre os africanos.
Os europeus abominavam devido ao teor e às raízes primitivas.
Mais tarde,apareceu um estilo da mesma variante chamado créu,que consistia em bater com o cu no ar (ou em alguém),remetendo para posições eróticas,tendo rapidamente desaparecido.Seguiu-se o reggae e o rebolado.
O funk foi um género musical nascido nos bairros de lata do Brasil,fortemente contestado pelas letras obscenas,batidas ensurdecedoras e pelo cariz degradante.
A dança foi associada aos traficantes de droga e às mulheres vulgares mas teve êxito num ápice,principalmente a moda da "ostentação" a fazer sucesso.
Há várias maneiras de dançar:com os joelhos e pernas flectidas,tremer o cu em fila,no chão em posição de espargata,etc.
Já o twerk é o funk americano que consiste em abanar o cu em qualquer maneira,até a fazer o pino.A única diferença é ser alguém da raça europeia a inventar isso.
Enquanto que as três primeiras danças são de minorias étnicas e vendem pouco se os artistas forem da própria origem,já esta última,é um exemplo de como o comportamento do público muda quando se trata de um branco a lançar a moda no mercado!
Depois de Miley Cyrus fazer sucesso com a dança,o twerk surtiu imediatamente efeito viral entre as mulheres americanas e europeias,que estranhamente não aconteceu com os outros géneros da mesma corrente já existentes.
Na verdade,nenhuma destas merdas são danças e sim apelos sexuais,só muda o nome.
O mesmo se passa com a música,que também não é preciso explicar muito:temos o Eminem,um rapper branco e Shakira,uma columbiana com as danças do ventre e o abanar das ancas.
Os órgãos de comunicação promovem uma imagem estereotipada de cada um desses géneros musicais...se não discriminassem,talvez hoje até os asiáticos dançariam livremente mas eles só fazem alarido e dão mais valor quando a novidade surge dos norte-americanos.
CUrioso,na altura do KUduro ninguém debateu a vulgarização feminina por se pensar ser uma questão cultural.Agora todos se lembraram por causa da exportação do funk e do exibicionismo gratuito da parte de outras nacionalidades...isto é resultado de memória curta e hipocrisia.
A posição assumida pela sociedade deixa uma pessoa de fora com o cu na cara:o twerk é constrangedor e afirmar o contrário é não ter a capacidade de discernir entre a linha de danças eróticas e das desprezíveis.
O resto são mil pretextos usados para se ganhar visibilidade e se apropriar de ritmos de grupos minoritários.
Portanto,como tremer as peidolas estragadas não tem nenhum intuito,isto não pode ser considerada dança.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

A opressão da beleza

O tema desta mensagem vai ser centrada nos padrões de beleza modernos e o seu impacto.
Já por diversas vezes,foi lançado neste blogue temas sobre a imagem,desenvolvidas a partir de notícias que circularam.
Agora chegou a altura de escrever sobre os corpos de moda.
Durante muitos séculos,o corpo feminino obeso foi considerado sinal de fertilidade,formosura e saúde.Passando décadas,os padrões se alteraram e um corpo curvilíneo ao estilo pin-up se tinha tornado em símbolo erótico,fortemente desejado entre o público.Porém,quando a indústria começou a lançar linhas de higiene,inventarem dietas,e mil e um métodos medicinais e cirúrgicos,o modelo de beleza voltou a ser alterado e os meios de comunicação elegeram o corpo magro,que em tempos fora sinal de desnutrição e doença.Tendo como critérios:ser magra,alta,raça europeia,classe média,independente e jovem.
Desde esse momento,a magreza foi referência de beleza em vários países do mundo e eleita como sinal de corpo saudável,deixando de lado os outros tipos.
Ora esta imagem idealizada,trouxe problemas de anorexia,bulimia e sobretudo fez acreditar que somente as que têm esse modelo de corpo são lindas.
É incompreensível achar atraente quem não tenha peito,use tamanho pequeno e tenha cu estreito...ou ver um "poste de electricidade" esquelético e depois queixar que não têm curvas...francamente,isto é cinismo a olho nu!!!Não queria ser maldosa mas a situação devia ser inversa só para elas e eles terem noção do sofrimento de não possuir a figura da moda.
As baixas e as de corpo fitness também já estão a ser consideradas modelos e isto chama-se redefinição de beleza:não existe nenhum padrão melhor que o outro.A consequência são distorções de imagem e inseguranças.
Não se pode incidir num corpo e oprimir as outras formas e nacionalidades femininas!Mais irónico ainda é a exaltação ser proveniente dos estúpidos dos mais velhos quando deviam ter despertado consciência...enfim,batem todos mal da mioleira.
As campanhas publicitárias contra as medidas de manequim de montra são pouco notáveis porque falta persistência para passar a reinar a beleza real.
A busca pela eterna juventude é outra enorme parvoíce implantada pela ciência para enganar os ingénuos!
As pessoas exageradamente certinhas a se produzirem geralmente são muito aborrecidas.Há quem opte por não dizer nada com medo das reacções.
Os padrões machista de beleza são opressores e ninguém pode negar.Por outro lado é contraditório,pois se o critério é ter pele clara,é impossível de entender porque raios gostam de vê-las bronzeadas (ou vice-versa)...aparentar ser o que não é,é degradante e bastante discutível.
A beleza encontra-se na individualidade.Tentar "atirar areia para os olhos" é uma maneira de camuflar esta triste realidade,onde a raça branca tem mais poder capitalista e onde todas as gerações cresceram a achar este conceito normal e a repudiarem o diferente.
Ressalta-se a típica expressão:"a beleza é relativa (muda com o tempo)/subjectiva" (feio para uns,bonito para outros).
A primeira refere-se às pessoas que nascem borboletas e viram sapos em adultos e a outra refere-se às artes,coisas concretas e não a pessoas.Por isso é que se deve ter cuidado ao interpretar.Ainda há outra que diz que o que é bom é para ser mostrado,afirmação claramente de gente machista.(só por vontade própria)
A cultura da beleza sempre é lucrativa.Determinar que as mulheres devem ser rejeitadas por não se encaixarem nos atributos físicos,é uma grande estupidez!!!A natureza feminina já é competitiva mas mesmo que não seja,esta opressão já é suficiente para piorar tudo.
Derrubar as medidas de modelo de passarelle deve ser uma abordagem presente no dia-a-dia porque isto é uma barreira que impede a beleza real.
"O discurso é o rosto do espírito." Séneca

"A vida é uma simples sombra que passa (...);é uma história contada por um idiota,cheia de ruído e de furor e que nada significa." William Shakespeare
"O homem que não tem vida interior é escravo do que o cerca" Henri Amiel
"É bom escrever porque reúne as duas alegrias: falar sozinho e falar a uma multidão" Cesare Pavese .