sábado, 10 de maio de 2014

Acerca de equilíbrio emocional

Antigamente era comum dizer-se que uma presença masculina ajudava a dar equilíbrio,que uma menina precisava de uma espécie de irmão mais velho para se espelhar e que um homem entendia melhor as coisas.
Para já,nunca nenhum tipo de homem ajudou em nada,só atrapalham.Quem defende essa balela são as mesmas que contribuem para as marcas machistas perdurarem.Se isso fosse verdade,não ia haver dicas e programas para eles se orientarem com elas.
Os homens no geral,estão a leste dos assuntos femininos:se não têm uma ponta de capacidade de entender o que se passa com as suas irmãs,muito menos se vão importar com o que se passa em cabeças alheias.
A consciência e a percepção de vida são a base do equilíbrio emocional.Dizer que é falta do género oposto é ser retrógrado,até porque actualmente poucos se dão ao trabalho de conhecer uma pessoa,eles esperam uma oportunidade para pisar.Portanto,para além de afirmar tamanha estupidez,a frase está desadequada!
O tal equilíbrio não se alcança com um homem.Só se dá quando existe alguém presente,de confiança,se rodeia de gente que saibam guiar e que sobretudo tragam influências positivas,caso contrário,depender de uma referência masculina é meio caminho andado para o fracasso emocional.
Termino com o provérbio:"com papas e bolos se enganam os tolos."

domingo, 4 de maio de 2014

Os 9 tipos de professores

Durante o percurso escolar,apanha-se 9 tipos de professores.Quem é ou foi estudante,sabe que se deve adaptar ao modo de cada um deles,correspondendo aos seguintes grupos:
1 - o frustrado - faz uma maratona discursiva,a voz é igual a uma coluna de som ambulante (ouve-se à distância) e é torturante ouvir as suas reprimendas,pois o frustrado descarrega nos alunos e mete medo;

2 - o amiguinho - este tipo gosta muito de se aproximar dos alunos para conversar,saber novidades e dar conselhos,chegando por vezes a se apegar.No geral,até se tira boa nota mas é preciso ter cuidado redobrado porque não é o que parece,eles são uma espécie de armadilha e convém separar as águas ao primeiro sinal pois trata-se de um superior hierárquico;

3 - o ditador - é o autoritário.Modelo aborrecido,os alunos chateiam-se,as aulas são palestras,é ameaçador e o ano inteiro é marcado por tormentos;

4 -  o apresentador - ele é a estrela e os alunos são plateia.Faz sombra sobre eles quando lhes é solicitado a participação;

5 - o comediante - vai dizendo piadas quando apetece para o ambiente não ser sério.No fundo ninguém gosta mas se despacham só para queimar o tempo que resta,a rir.
Também "quebra gelo" nos momentos tensos.

6 - O distraído - este tipo de docente deixa escapar a atenção nos alunos que são perturbadores e em alguns detalhes importantes.São demasiado cabeça no ar.

7 - O tolerante - usa uma linguagem acessível mas concede o poder aos alunos,chamando a atenção como "quando é que posso dar a aula?".
A sua passividade irrita solenemente.

8 - O discreto - é o docente que não dá satisfações a ninguém e não eleva o tom de voz,porque acha que é a melhor maneira da turma estar atenta no que ele vai dizer.
É decidido e fiel aos avisos.

9 - O exibicionista - perde muito tempo a divagar sobre a sua vida pessoal e os alunos perdem a vontade de se interessar pela disciplina.
Tem um péssimo sentido de orientação devido à sua condescendência e há tendência a favorecer alguns elementos.

Estes são os perfis dos 9 tipos de professores.
Não é difícil identificá-los,eles andam espalhados por aí nas escolas e são diferentes.Isso é notável desde o primeiro dia!
Não é necessário descrever os tipos de alunos porque é comum todos saberem como são.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Acerca de conhecimento e livre-pensamento

Saudações sombrias!
Tenho estado durante algum tempo a reflectir sobre o quanto o livre-pensamento é reprimido.
Enquanto estudante,há uma série de condicionamentos do qual não permite que as pessoas sejam aptas a raciocinar pela própria cabeça.O modelo de ensino apenas resume-se em:ouvir,decorar,acompanhar o ritmo da matéria,despejar e ser obrigado a fazer trabalhos que não se gosta (e com quem não presta).Isto jamais se chama aprender e dá bons resultados.
Este método de aprendizagem é proveniente da Grécia antiga e pertence à escola do passado.
As coisas só vão funcionar quando começar a haver educadores inovadores e desafiadores de ideias em vez de ditadores,e aulas filosóficas que valorizem o desenvolvimento do livre-pensamento (pelo menos por escrito).As mentalidades só mudam quando se expôr temas para todos formarem o seu ponto de vista,conviverem com os prós e contras e sobretudo,quando se evitar emitir qualquer tipo de julgamento por parte do educador.Aí sim,já são progressos.
O objectivo não é despertar instintos sadistas:trata-se de desenvolver capacidades argumentativas imparciais.
Lembro-me de quando era adolescente ter ouvido que quem faz muitas perguntas são crianças de 4 anos e que os mais velhos têm de aceitar o que têm.Só mais tarde,quase no fim,é que tive duas professoras de louvar que encorajavam os alunos a serem críticos e a não terem vergonha de serem diferentes...essas é que foram marcantes.
Afirma-se que ninguém é detentor de conhecimento,ensina-se e aprende-se.Quem não pretende trocar informações entre docentes e alunos,são covardes com cérebro engaiolado.
É devido a esta conformidade que existem hoje muitos adultos de merda incapazes de debater com outros que tenham opiniões divergentes.Tudo isto é produto de um mau sistema de ensino e de falta de bom-senso.Ignora-se sempre os que procuram entender melhor.
O que é necessário para o crescimento pessoal,poucos mostram.
Actualmente com tantas adversidades,se requer raciocínio independente mais do que nunca mas muitos estão absolutamente à superfície neste aspecto.
E quantas vezes é notável a falta de discernimento nas concepções?Pois é...se não há um guia intensivo de lógica,também não se pode esperar que as pessoas se desenrasquem sozinhas.
Pensar livremente é formular impressões,desconstruir teorias e tecer uma linha de pensamento sólido.
A sabedoria se adquire quando o modelo for esclarecedor e não uma "fábrica de montagem",caso contrário,nunca se sairá da redoma.

domingo, 27 de abril de 2014

Publicidade Fanta

A publicidade que lançaram este ano está absolutamente aberrante,tal e qual a condizer com o sabor da bebida.
Traduziram o jingle do espanhol,as vozes puxadas furam os tímpanos,a letra está muito mal pronunciada e torna-se irritante ver o anúncio até ao fim.(por causa da música,como é óbvio)
Por outro lado,nem sabia que a Fanta também faz publicidade...já se conhece o slogan da coca-cola que é,"coca-cola,abre felicidade" e agora esta com "se vires fanta,diverte-te",hahahahahahahaha isto é para beber,não é para ver e do sumol acho que é "mantém-te original".
O coro não tem graça nenhuma,aliás,sempre que vejo isto pergunto:de que serve estudar/trabalhar em marketing se o segredo do sucesso são parvoíces,ideias sem nexo,execuções instântaneas e banalidades infinitas?O marketing sempre tem uma diferença abismal entre a teoria e a prática:as estratégias certas e bem elaboradas nunca passam.É por isso que sempre achei ganancioso.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Grupos e amizades

Hoje vou aprofundar um tema do qual está-se acostumado a ouvir e todos acham que já se sabe tudo.
Desde cedo,as pessoas são incutidas a se juntarem em grupos,com o pretexto de que se isolar é caso para ser tratado com psicólogos.
Enquanto se está na fase de crescimento,a pessoa insere-se em grupos desportivos,grupos de escuteiros,grupos informais e sobretudo em tribos urbanas.A necessidade de pertença é grande,pois é uma etapa muito instável.
No entanto,quando se chega à idade adulta,já ninguém se importa uns com os outros,ninguém se questiona sobre o rumo das amizades para o futuro (algo fundamental) e os grupos aos poucos,são deixados para trás porque são revistos como tolices que nada podem dar.
Para já,o termo "grupo" é ambíguo e não se pode categorizar que valem a pena porque depende do que se procura;outro facto,é o de existirem só para aumentarem os membros e por último,já não têm a vivacidade de outrora.
Ter amigos e criar um círculo vai além de coleccionar mil contactos no telemóvel.
A formação de um grupo começa pelas pessoas próximas que se pode ir expandindo,renovando,introduzindo actividades sociais/natureza/ar livre,marcar momentos de convívio,encontros e até conhecer de verdade pessoas com as mesmas afinidades.
A boa relação entre os membros é a base de um funcionamento dinâmico,sólido e duradouro.
Porém,há quem goste de grupos e há quem goste de independência.Os gostos individuais são indiscutíveis e devem ser respeitados em qualquer idade.
Por outro lado,um grupo sem um conjunto de motivações não se permanecerá firme.
Um amigo no fundo é uma mistura de advogado,psicólogo,sexólogo,humorista,irmão,detective e até de professor.Se não preenche estes requisitos,é um embuste e geralmente são fáceis de detectar.
Actualmente os grupos estão mais para fazer paisagem e também vão-se extinguindo devido às circunstâncias pessoais dos membros.
Em conclusão,as amizades estão associadas a grupos.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Músicas do mundial de futebol

Saudações tenebrosas!
Nos mundiais de futebol,os artistas têm de lançar sempre músicas novas como hino de apoio à selecção do seu país.
Como tal para este ano,elegeu-se a "Dança do campeão".
O que levou a ser glorificado como música oficial,um vídeo de paródia?Se isso avançar,Portugal não vai parar de ser alvo de chacota e se deve ir preparando mas de qualquer forma já bateu no fundo.
Percebe-se pouco da letra,canta-se rápido e em sotaque angolano,ela se acha a melhor a dançar kuduro,as batidas são mais fortes que a cantiga e os bailarinos aparecem mais destacados que eles.
O videoclip representa muito bem os portugueses africanizados,a mensagem é clara.(como água)
Quanto aos outros,também não têm nível e dá ódio de ouvir.Entre eles o "Trio manu's",três irmãos menores a cantarem funk foi seleccionado...aberrante,e depois ficam ofendidos por ter o rótulo de marginais atribuído para géneros musicais nascidos nos subúrbios.
Quando os media exportam imagem negativa/degradante de um país,é assim que se vai tornar reconhecido porque a televisão é o espelho da nação e quem assiste não tem culpa!
Bom,são todas músicas de labregos/barraqueiros que não se podem comparar com as primeiras que foram lançadas,essas sim é que foram históricas.
Não entendo porque é que exibem constantemente rap ou música pimba ao invés de se apostar em músicas normais...ritmos mistos não têm absolutamente nada a ver com a identidade deste país...fica esquisito.
Com tudo isto quero dizer que não se pode "misturar alhos com bugalhos".A raça europeia passou a ser os novos africanos e a sátira é isso que transmite.
Todas as comédias para além de proporcionar bons momentos de riso têm uma dose de verdade.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

O antes e o depois

Há meia dúzia de anos que se vive em época conturbada,marcada fundamentalmente por revoluções intelectuais e sociais.
Antes os adolescentes não tinham tempo de antena;o feminismo era discutido só entre gente mais velha;parvoíces eram apenas figuras tristes;ser fã de brinquedos/desenhos animados era sinal de imaturidade;afirmar que os animais sentem era correr o risco de ser chamado de solitário;vegetarianismo não existia;terceiros não se metiam em problemas alheios;uma rede social era um mero passatempo exclusivo dos jovens;os ídolos ajudavam a construir a identidade;asneiras eram repreendidas;ouvir falar de trabalho metia medo;opôr-se a ideias era ser chamado de revoltado;não havia desenvolvimento de criatividade nem incentivos para projectos;beleza só se falava das que pertenciam ao estrelato;crianças ainda não tinham telemóveis;ginásio era só para quem quisesse emagrecer;não se fazia programas escandalosos de nudez explícita;o jornalismo/notícias não eram criticados e a classificação continuava por aí em diante.
As mudanças contribuiram profundamente para uma nova conjuntura mais positiva e até futurista.Há uma década atrás muita informação útil não era tocada...se não fossem as plataformas a entrarem na vida e a "darem voz",provavelmente hoje estaria tudo na mesma,ocultado,sem nada para saber,nem tão pouco se ia aprender letras de músicas!
Actualmente as fronteiras de comunicação são abertas,vastas e incontroláveis,pois estamos sob forte influência da era digital.Há muita coisa irrelevante no ar como também nem tudo é certo mas o fenómeno desencadeia grandes desafios que só os rebeldes entendem.
Estes despertar-consciência são "gotas de água num jarro por encher":se qualquer assunto não for trocado em público e a tempo,a ignorância vai prevalecer e isto é só o começo.
É uma injustiça ter crescido numa época distinta desta,onde nem sequer encontrava informações banais na internet...a exposição era menor e o pouco que se captava,eram artigos estúpidos de sites de imprensa e coisas rascas que não lembravam a ninguém...e o mais irritante era ser considerada moderna.Enfim,há quase dez anos gozava-se com tudo,hoje normalizou-se.
O antes era a era pré-tecnológica e o depois é o agora.E assim se vai moldando as gerações.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Humanizar animais

Humanizar animais é a coisa mais ridícula que uma pessoa pode fazer.
Já existe hotéis para cães,acessórios,cabeleireiro,creche,sessões de spa,tratamentos de luxo,salas para eles dançarem e até recebem nomes de pessoas.Se estes negócios são extremamente divertidos,qualquer dia só lhes falta ensinar a comer à mesa com garfo e faca.
Antes de  mais,um animal vestido é um palhacinho de quatro patas;dançar,eles não sabem o que é isso;fazer penteados torna-os bonecos;sessões de spa/pintar as garras são desnecessárias e os acessórios mais os puffs eles estragam.
Os  animais devem ser estimulados com sons,cheiros e hábitos e não distanciá-los da sua natureza.Devem comer ração própria,sobras de comida em tigelas e terem o aconchego deles definido.
É patético ver um cão a beber leite em biberão...se fosse um primata,até se entendia.
Portanto,humanizar animais não substitui a carência de relacionamento humano,eles são uma companhia para os donos não ficarem sozinhos e não apanharem depressão.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

O mapa sobre beleza

O site "TargetMap" elaborou um mapa sobre a beleza das mulheres pelo mundo e as portuguesas
 são das menos belas.
Finalmente,uma notícia muito honesta! :D As caras de tromba que se fizeram ao ouvir isto,é o resultado de lidar mal com verdades:funcionou como uma bofetada de luva branca.
Analisando esta brilhante conclusão,as informações são vagas:não se indica a idade nem se salienta que estratos sociais incluiram,factores bastante relevantes.
Deviam explicar também em que é que se basearam e que meios envolveram.
Não estava nada à espera que as americanas e as alemãs fossem consideradas feias e as etiopenas juntamente com as angolanas fossem uma das mulheres bonitas...foi muito surpreendente.
No vídeo,os entrevistados ficaram sem saber o que responder:os homens para não as deixar mal,sentiram-se obrigados a elogiá-las e as mulheres tiveram tendência a serem convencidas como é típico,hahahahahahaha e no fim,ainda metem como exemplos,famosas que não representam de modo algum a beleza real.Bando de pobres de espírito XD XD!!!
Voltando ao assunto,o tema dá pano para mangas.
Antes de tudo,não se deve confundir beleza com moda;segundo,actualmente há uma necessidade enorme de elogios como quem procura água;terceiro,são oportunistas;quarto,são dados por piedade;quinto,geralmente dirigidos às mulheres erradas;sexto,elogiam indecentemente e por último,servem para sustentar egos,ao invés de ser pelo reconhecimento de atributos.É por estes motivos que se desvalorizaram,pois tornaram-se meramente artificiais e já não têm poder,sobretudo se for dito em particular/na ausência/deliberadamente,portanto não contam.
Elogios não são maquilhagem para realçar egos!
Não há mal nenhum em continuar a acreditar em mentiras,só não se  pode arrastar para a "lama" quem adora ficar na "água".

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Fotos de rua

Houve uma fotógrafa que apareceu nas notícias porque o seu hobbie é fotografar frases de rua por onde passa e colocar na página,outras são-lhes dedicadas.
A tipa usa-as para estampar em vários acessórios e espalhar o seu negócio que já tem mais de dois anos .
Ora bem,antes de mais,fotografar frases em prédios,murais,espaços públicos e em sinaléticas,é tão normal como capturar fotos de graffitis:ambas apelam ao vandalismo.
Com tanto por onde ir buscar,criar e se inspirar,os parvos tinham logo que lembrar de ir à rua ver pinturas decadentes! XD
O face,"Tumblr","We heart it" e o "Intricate simple colours and words"são excelentes alojamentos de imagens e frases e no entanto deixa-se passar ao invés de se materializar!
A arte marginal é igual ao que se encontra digitalmente,só que em tinta.Ainda por cima a tipinha tem a lata de avisar que as fotos têm direitos de autor...hahahahaha,essa é boa,como se tivesse sido ela a escrever!
Eu fico espantada com a quantidade de gente que apoia esta iniciativa quando paradoxalmente abominam ver patrimónios danificados...até podia ser um poema de Sophia de Mello Breyner no exterior de uma estação de metro que não deixava de ser aberrante.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Dicionário de insultos

Foi lançado um dicionário com mais de quinhentas palavras e expressões portuguesas difamatórias e seus significados.
A notícia é recente mas o dicionário pelo que vi, já existe à venda há muitos anos.
Não entendo porque é que esta matéria não circulou pelo resto da imprensa,sendo essa uma das únicas fontes!
Bom,pelo que se lê na entrevista,apenas fala-se no geral asneiras que cairam em desuso,outras que actualmente são elogios (para quem viu o vídeo),de como foram sofrendo alterações e de como entraram no vocabulário.
Enfim,dá para ver que foi mais uma publicidade ao dicionário que uma notícia!
Tirando esta parte,lembrar de editar um dicionário de insultos é incabível.
As asneiras também têm histórias sim mas daí meter uma compilação à venda,vai uma grande diferença,até porque serão sempre censuradas (no trabalho e na escola) e não passam disso nem têm teor pedagógico.
Não vejo nenhum professor a distribuir testes aos alunos pedindo conhecimentos sobre insultos,como por exemplo,dizer a origem da palavra cabrão...é insólito e estupidamente inconveniente!
Há cada uma...

segunda-feira, 31 de março de 2014

Amor-próprio vs. narcisismo

Saudações!
Decidi trazer à superfície um debate entre amor-próprio e narcisismo.
O amor-próprio,no meu entender,é uma qualidade bastante difícil de explicar.Trata-se de um estado de espírito interior profundo que deixa uma pessoa segura e serena.A auto-estima tem de vir estruturada desde muito cedo ou então adquire-se após desgostos e não se constrói da noite para o dia:estimar o exterior e saber se valorizar é um longo processo até se estabilizar.
Costuma-se chamar vulgarmente de orgulho,termo muito forte a remeter para uma característica negativa e que não se aconselha a usar indevidamente.
O narcisismo é o patamar seguinte do amor-próprio:tudo gira em torno do ego e é considerada um defeito crasso (a ser tratado).
O narcisista é totalmente rendido à sua imagem,vira a situação a seu favor,o outro não interessa,é seco,vazio e precisa constantemente de aceitação.
A pessoa narcicista,ao contrário do que se pensa,é perturbada e tóxica de se conviver.Odeia que lhe digam que está errada e é manipuladora!
O amor-próprio baseia-se na auto-confiança e o narcisismo é uma paranóia autêntica.
A pessoa auto-confiante apesar de ser plena,é deixada de lado.Não se sabe os motivos que leva isto a acontecer...coloca-se a hipótese por ser pela forma resolvida e pela presença forte.
O narcisista,como é egocêntrico,os outros não têm valor,ou têm mas só para o seu prazer.
Em conclusão,o amor-próprio jamais precisa pisar em alguém para se sentir bem enquanto o narcisismo é uma patologia muito séria que vai além da obcessão pelo espelho.
Portanto,é relevante que se saiba distingui-los.

domingo, 30 de março de 2014

Alma nua

Na Holanda,começou a ser transmitido um reality-show que deixa os concorrentes despidos numa ilha para se conhecerem no seu estado mais puro.
Eu entendo o objectivo,foi uma ideia muito bem pensada,porém com uma ideologia hippie.
Andar com o corpo muito exposto em locais públicos,é atentado ao pudor;já os que vivem em tribos sentem-se desconfortáveis ao andarem vestidos e nos países árabes,as mulheres têm de andar tapadas.
Cada cultura com os seus códigos básicos.O programa não retrata nada de especial,aliás,os que consideram isto escandaloso são os mesmos que não sabem nada acerca de outras civilizações.São modos de vida diferentes!
Acredito que esta experiência será única e hilariante,só se deve torcer para não ser importado para o nosso país.
"Adão conhece Eva" é uma boa maneira de conhecer o outro género longe de roupas e de disfarces em ambiente natural.Desafia em peso as capacidades psicológicas de relacionamento em detrimento do constrangimento físico.
Até pode ter tido um guião mas se alma de alguém não fôr nua,não vale nada,mesmo que seja um esqueleto.É isso que se pretende mostrar.
Para concluir,termino com o provérbio:"Em Roma, faz como vires fazer."

sábado, 29 de março de 2014

"Uma família muito moderna"

Boa tarde criaturas diurnas!
Hoje vou dissertar sobre famílias.
Sempre que vejo esta série,verifico o quanto houve mudanças nos tipos de famílias,a partir da viragem do século.O fenómeno trouxe essencialmente famílias liberais,monoparentais e reconstituídas.
As famílias conservadoras foram-se extinguindo gradualmente e encontrar uma actualmente,é um privilégio.Seria de louvar se fosse tão unida,divertida e aventureira quanto à da série mas cada vez mais tenho a certeza que estas características ficam só pela ficção...é uma pena ir-se perdendo à medida que os membros se vão envelhecendo,pois sem isso uma família completa não tem identidade.
Esta série americana mostra o comportamento típico de uma família e a importância do papel que desempenham enquanto agregado:situações improváveis/embaraçosas,contratempos,desencontros,palhaçadas,peripécias,desentendimentos,desleixos,idade escolar,pequenas discussões,ironia e brindes,são momentos que compõem  os episódios e que a tornam cómica.
Nenhuma família por mais moderna que seja,possa ter vivacidade se não houver definido fortes laços.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Ponto final ou reticências?

Ao deparar com esta mensagem onde se descreve numa abordagem primária que nem tudo são rosas,lembrei de uma série de coisas que se encaixam perfeitamente e que sempre soube que não são parvoíces.
Com o tempo,vai-se descobrindo que a escola é o reflexo do que vai ser a sociedade;que os "sapos" andam disfarçados de "príncipes";que os errados serão sempre as vítimas;que as pessoas estão mais para julgar que para apoiar;que nem tudo é como dizem;que uma pessoa sozinha não pode mudar o mundo;que a felicidade tornou-se sinónimo de mesquinhez;que quem não guarda segredos não é de confiança;que há pessoas de passagem nas nossas vidas;que onde impera ignorância não pode haver inteligência;que há gente que só vê o que lhes convém,apesar de toda a argumentação;que o amor-próprio serve apenas para nós e que não transparece merda nenhuma nem é valorizada;que pequenas palavras causam grande impacto mas são as atitudes que traduzem como alguém realmente é e muito do que se transmite é cliché.
À medida que o tempo vai passando,vai-se descobrindo também que os conselhos bons aparecem muito tardiamente;que os outros não estão em sintonia;que a vida é a melhor universidade para se aprender;que o lado sombrio revela pessoas autênticas e extraordinárias;que um dia de chuva é tão romântico quanto um dia de sol e que palavras bonitas só fazem paisagem.
Com o tempo,vai-se descobrindo que os pontos finais se transformam em reticências,porque muito do que se capta é insuficiente.
Ponto final só quando se trata de factos.O destino tem um rumo traçado que muda as voltas e deixa questões em aberto.
"O discurso é o rosto do espírito." Séneca

"A vida é uma simples sombra que passa (...);é uma história contada por um idiota,cheia de ruído e de furor e que nada significa." William Shakespeare
"O homem que não tem vida interior é escravo do que o cerca" Henri Amiel
"É bom escrever porque reúne as duas alegrias: falar sozinho e falar a uma multidão" Cesare Pavese .