O tópico de abordagem é sobre uma notícia da área da educação.
Há uns dias,destacou-se um artigo interessante:trata-se de uma entrevista feita a um professor espanhol acerca da perspectiva de ensino.
Após a leitura,conclui-se que o César Bona não focou em questões importantes.
Para haver uma mudança de paradigma,ele esqueceu-se de falar sobre os pais que nunca vão às reuniões nas escolas,dão desculpas esfarrapadas da falta de tempo quando no fundo sentem vergonha de lá meterem os pés ou acham que não precisam de ir porque os filhos são grandes e responsáveis deixando lá depositados:esses para além de não colaborarem,são totalmente alheios à realidade dos filhos,pois não se importam com o seu percurso e há outros que dizem que vão e depois não aparecem!
Através dos pais se vêem como são os alunos e geralmente quem vem são sempre os mesmos.
O autor não teve em conta de que pais,professores e alunos estão interligados e que é dever deles proporcionar um ambiente acolhedor nas salas de aula.É incrível como este dito revolucionário não se lembrou que os psicólogos também contribuem para o crescimento dos jovens...eles convinham estar actualizados para orientarem melhor porque desempenham um papel de peso!
Ele deve estar mais preocupado em publicitar o livro que lançou.
O César Bona devia alertar que uma reunião não serve para fazer queixinhas inúteis:apesar de não ter incidido nesta parte,o tema tem de ser aberto.
Uma das hipóteses é mandar correspondência para a casa do aluno com o motivo de forma a obrigar o e.e. a ir e a segunda é telefonar para o telemóvel.Dar o contacto por email é informal,o professor não vai estar todos os dias disponíveis e tem de saber quem é a pessoa.
O dever do director de turma na reunião de pais,é incentivar a dialogar em casa e detectar as causas das más notas/comportamento em cada disciplina.Jamais deve falar algo sem conhecimento ou julgar alguma atitude sem primeiro entender o motivo,tendo o cuidado para não provocar ruptura com ninguém ao comunicar!!!As escolas não devem passar a imagem de cultivar o individualismo,às vezes é preciso discutir o problema.
A entrevista não é esclarecedora mas ele devia fazer congressos destinado ao público que lida com alunos,pois o desafio é global.
Ao fazer o filme mudo ele já se distanciou das salas de aula e nem sequer é referido o nome,dando a impressão de não ser muito competente a leccionar.
Pelos vistos o autor aprendeu por experiência pessoal,o que é muito raro entre os professores justamente por não haver receptividade em modernizar o ensino...o próprio a mudar é diferente.Era suposto haver um coach ou conselheiro para guiar os demais porque têm uma visão mais âmpla,estão de fora e sobretudo faz falta nesta época,eles são os mediadores!!!
Alguém como o César Bona não pode ter medo de pedir opiniões a terceiros que já passaram pelas salas de aula e têm vontade de ajudar a adoptar outro estilo e gostariam de ver um novo sistema nas salas de aula:descobrir a técnica sozinho não é o ideal e o autor não pode obrigar os outros a seguirem,isso é um erro crasso.O objectivo era recolher o máximo de informação e expôr no livro,porque vai marcar uma nova era de professores!!!
O autor fez mal em deixar escapar esta parte.Um professor tem de aconselhar os pais a serem activos e participativos na vida dos filhos nas reuniões,não custa nada a quem é revolucionário (ou não)!
O artigo não chega a convencer o suficiente.Se ele afirma que o desafio anda por aí à espreita por outras palavras claro,não pode limitar só em tirar boas notas às disciplinas:tudo está envolvido nesta corrida!
O César Bona não salientou que ser um velho do Restelo e haver distância entre os dois lados pertence ao século passado.É preciso adaptar à turma.
Um detalhe:uma aula expositiva onde o professor debita matéria,é semelhante a uma conferência.
Concluindo,o despontar de uma nova era de professores está à vista.