sábado, 11 de fevereiro de 2017

Leituras (in)apropriadas

O tema desta mensagem vai ser sobre um livro que causou alvoroço numa escola.
Há alguns dias,deparou-se com esta notícia:um livro chamado,"O nosso reino" deixou de ser para alunos,tudo devido aos protestos dos pais por causa de passagens impróprias.
Ora chegar ao ponto de protestar por uma coisa tão pequena,já é um exagero.Os professores de português deviam estar atentos antes de recomendarem uma determinada obra,eles é que são os culpados por terem aprovado:lá por constar nas propostas de leitura,não significa que seja obrigatório!
Pela expressão referida no artigo,aquilo não tem nada de educativo mesmo que o livro seja bom,deita tudo a perder!
Como é possível afirmar que a obra é de qualidade com tamanha brejeirice?É tão deplorável exaltar escritores medíocres...se a expressão foi descontextualizada,continua a ser uma obscenidade,não é com este nível que se promove um autor isso é uma desculpa esfarrapada,ou seja,é uma maneira de "atirar areia para os olhos".
Prestando atenção,certamente que a equipa se encobriu porque o artigo não diz como é que esse livro foi parar ao PNL,só diz que foi avaliado por um membro e a justificação do autor foi mais escusada ainda.
Livros de teor erótico não pode ser imposto nas salas de aula camuflado de leitura escolar,neste caso é falta de ética.
Passagens reles são constrangedoras para um adolescente falar em público,também é bizarro para um professor ensinar e fazer a interpretação do texto.
Qual carácter subjectivo,a fonte devia ter em conta de se tratar ser anti-pedagógico para ser apresentado no contrato de leitura (ou não).
Com tantos romancistas portugueses (e brasileiros) a divulgarem o seu trabalho na rede social,porque eles não incluem esses que são contemporâneos e eliminam os escritores mais antigos?Era uma ideia de dar a conhecer os autores da nova vaga,se não estes vão passar despercebidos e a carreira deles não vai ser reconhecida e talvez nem durar muito...estes sim são adequados aos alunos,são dirigidos principalmente à faixa etária jovem e a leitura é menos entediante;há que renovar.
Um livro perverso e medíocre deve ser mantido longe das salas de aula,isso revela muito do subconsciente do Valter Hugo Mãe do que da história.
O mais alarmante é o facto de haver pessoas que toleram um escritor masculino a escrever asneiras do que com uma escritora feminina que sempre é enxovalhada em praça pública:por isso o machismo perdura em todos os recantos!
Olha se agora "As cinquenta sombras de Grey" e "As cinquenta sombras mais negras" fossem autorizadas pelos professores,só por ser um best-seller?Depois dizem que foi um lapso!
As listas de obras para alunos devem ser revistas com rigor pelo programa do ministério da educação,classificando a idade de acordo com o grau moral da história...era uma forma viável de ajudar os professores de português quando os alunos fossem escolher um livro.
Os critérios não devem ser claros em relação à introdução nas sugestões:os membros avaliam mal e não devem ter capacidade de discernimento.O painel de especialistas não sabe decidir leituras apropriadas,sinceramente isso não acrescenta nada.Para escrever aquilo,um escritor tem de ter coragem porque vai ser lido por pessoas de qualquer idade.
O mais estranho são as editoras permitirem lançar um livro estilo "O nosso reino" nem é preciso ler,deve ser muito sinistro e obscuro!!!
Tudo tem limites.Alguém que defende o autor a dizer que as passagens não são nenhum problema e em seguida acusar um jovem de ser maleducado,é estar a ser hipócrita.Um leitor tem de ter bom-senso,pois a literatura faz parte da cultura e tem poder numa sociedade tal como se sucede com as músicas,modas e entretenimento.
Portanto a pessoa devia reflectir bem antes de exaltar por exemplo,um autor:não é sinónimo de ser um escritor importante.
Há outra coisa que não se compreende:porque raio eles querem que os alunos leiam um livro (orientado) em português?Eles gostam mesmo de sobrecarregar mas não é à pressão que se aprende a decifrar no geral uma obra literária,para o ME nunca é o suficiente.
As leituras servem para fazer número nas estatísticas dos que têm dificuldades na interpretação de textos,na gramática e na componente escrita e não é assim que vão conseguir mudar e incutir o hábito de ler!
Voltando ao tema,a equipa devia ser responsável pelas sugestões e renovarem os títulos se não fazerem sentido,consoante as décadas.
Terminando,uma leitura tem de ser apropriada para um menor,não descartando a maturidade.

Sem comentários:

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