Saudações!
O tópico desta crónica é sobre a descolonização dos grandes pensadores europeus.
Há uns dias,surgiu um artigo excepcional:os estudantes britânicos de uma universidade recusam a estudar somente filósofos brancos.
Antes de mais,eles estão a ser ignorantes ao querer que as personalidades sejam substituídas por aquelas de outros países ao invés de pedirem para dar espaço a mais origens.
Desenvolvendo esta notícia bombástica e rara,o problema foi muito bem detectado pois suscita uma discussão positiva acerca da redefinição do conceito filosófico,bem como mexe em toda a literatura.
É certo que para enriquecer a cultura deve-se incluir autores de mais nacionalidades no currículo escolar:o mundo está a atravessar uma fase a urgir por mudanças a vários níveis e a ausência de diversidades neste âmbito é uma delas.
Com isto não significa estar contra a influência ocidental,pelo contrário,aqui é a "gota de água" do pensamento crítico,ou seja,baseia-se em ampliar horizontes e desconstruir aquilo que foi imposto como modelo de filósofos descartando africanos,asiáticos e latinos dos livros.
Eles são classificados de incapazes de produzir obras de qualidade,sinal óbvio do prevalecimento do preconceito quando não é verdade,existem autores (contemporâneos) valiosos e pensadores antigos que possivelmente ficaram esquecidos ou perdidos nos arquivos das estantes das bibliotecas...lá por não constar na aprendizagem não quer dizer que não interessa ou é uma péssima referência a seguir:deve-se acrescentar visões.
Os manuais de história também precisam de uma revisão séria por ocultarem a versão de pessoas não-europeias:as disciplinas estão relacionadas.
A mensagem tem de ser evidentemente veiculada com coerência sem cortar a parte de quem foi importante e contribuiu para o mundo.
Esta é uma altura de abrir as mentes ao invés de reproduzir algo bacoco e que não corresponde com a actualidade porque o tempo da superioridade europeia já acabou e é suposto estar a caminho da evolução intelectual.
A filosofia não pode ser introduzida através de uma perspectiva passada e sim globalista onde a essência real é exactamente despertar-consciências não é só focar no legado deixado,visto assim é muito redutor...desvaloriza o pensamento individual e democrático.Em plena época a requerer desafios e estímulos,convém promover o espírito do conhecimento e da descoberta com a finalidade do cidadão poder exercer no dia-a-dia,se não,não vai convencer o suficiente nem levar a resultados frutíferos.
Reformular o programa é estudar meticulosamente porque isso trouxe um impacto negativo na sociedade:primeiro,pensar é mais prático do que teórico;segundo,não tem cor e terceiro é hipócrita afirmar que a filosofia só se aprende nas universidades.
A matéria é o objecto principal mas não induz a estar de acordo por causa das décadas,aquilo foi conforme o contexto vivido e a percepção tem de ser renovada.
É hora de seleccionar autores de fora da Europa e reconhecer o erro de exaltar a colonização do pensamento,deve-se abordar e não ser passivo perante este detalhe.
Por outro lado,há algo que faz impressão:será que não existem autores femininos?Outra dúvida,o que é que as gerações daqui a trezentos anos vão achar a este respeito?Isto é profundamente mais reflexivo do que se imagina.
Não se trata de ser politicamente correcto:a questão assenta-se na humanidade.
Uma universidade ou escola não serve para ensinar ideais filosóficos retrógrados e sim adequar à curiosidade,fornecendo opções para eles se identificarem.Deve-se dar visibilidade a mais referências para os estudantes se guiarem e terem a oportunidade de formarem a sua própria opinião,basta a equipa de conteúdos debruçar-se numa pesquisa exaustiva e concluir que uma pessoa de qualquer canto do planeta tem lições a transmitir aos outros povos.
Ora o artigo dá inúmeros motivos para concordar:só de ser publicado no site,é o ponto de partida para a transformação.
Talvez agora os alunos estejam atentos e comecem a procurar no geral mais pensadores.
Em suma,o despontar de uma nova era filosófica vai nascer.