Esta publicação é acerca de um caderno criado exclusivamente sem folhas.
Recentemente houve uma notícia que chamou a atenção:uma start-up australiana produziu cadernos só com capa,elástico e marcador.
A capa é dura e é no fundo um porta-rascunhos e não propriamente um caderno.
Desenvolvendo esta novidade,a ideia não tem nada de sustentável:o autor criticou os cadernos de papel reciclado mas ironicamente a capa também foi concebida a partir de papel 100% reciclado,ou seja,de material ecológico,dessas folhas que são rasgadas,portanto não é amigo do ambiente e sim uma forma arranjada para lucrar!!!
Como as pessoas não têm noção das centenas de folhas de papel impressas diariamente nem controlo sobre o que se deve realmente imprimir (ou fotocopiar),a lógica dele foi apenas atenuar o problema criando cadernos para folhas de rascunho;é uma base onde o utilizador se apoia para escrever na parte branca.
Quando estiver gasta o destino é o mesmo:ir para o lixo.
As folhas que saem da impressora no escritório,deviam ser guardadas para rabiscar,fazer molhos agrafados/cortados em tamanho pequeno para estar em cima da secretária ou então dar às crianças para desenharem mas muitos dispõem de uma máquina trituradora,algo grave!
O produto é mais um organizador recomendado especialmente aos mais desarrumados.Quem não pode ter,há sempre a hipótese de fazer exactamente a mesma coisa com uma bolsa ou pasta velha.
Isto é o fruto de imprimir resmas à toa (geralmente de um lado) quando é preciso começar a reduzir o impacto através de uma séria consciencialização dos danos ambientais provocados,economizando as impressões para no futuro a natureza não se ressentir.A reeducação neste sentido,tem de ser firme:não é chique nem normal desperdiçar grandes quantidades de folhas não por serem provenientes da empresa e sim das árvores.
O porta-rascunhos é o substituto de um caderno que evita a acumulação no escritório...é uma espécie de bloco de notas reutilizável.
Por outro lado,isto é a "gota de água" que leva as pessoas a reflectirem profundamente em relação à ética ambiental onde antes de chegar ao limite,deve-se expandir horizontes introduzindo este assunto.
Não se trata de fazer miséria no escritório até porque todas as folhas usadas para escrever têm a mesma origem só que vendidas em vários formatos e modelos:há uma diferença entre imprimir para fingir ser um intelectual ou trabalhador das que saem com erros ou falhas da impressora.
Convém acabar com o péssimo hábito impingido e deixar a máquina para desfazer as pilhas de arquivos e não folhas recentes e novas.Por exemplo,é escusado imprimir uma notícia ou página web para partilhar conteúdo interessante com alguém:lá por ser gratuito não significa que seja para andar a abusar dos tinteiros,pelo contrário,há que implementar um programa no local de trabalho partindo do individual para o colectivo.
O porta-folhas de rascunho é uma inutilidade inventada por moda quando o papel simplesmente pode ser reaproveitado sem a dita capa.
O objectivo do autor foi mal pensado e as impressões fazem impressão.