quinta-feira, 23 de julho de 2015

(des)Organização de ideias para blogue

Mortíssimas saudações!
O tema desta crónica vai ser focado nos métodos de organização de ideias para blogue.
Através de pesquisas,verifica-se que actualmente há um surto de dicas sobre como organizar o material escolar,de escritório e de planear estudos ao longo do ano lectivo,fenómeno impossível de ser encontrado até há meia-dúzia de anos.
Nesta categoria também se encaixa as outras todas do quotidiano:organizar malas de viagem,guarda-roupa,frigorífico,armários,gavetas,acessórios,quarto de crianças e calçados.Enfim,há dicas para tudo e para o nada.
Claro que são relevantes mas não se aplica a todos.O mesmo se sucede para gerir um blogue:subitamente muitos autores decidiram ter um caderno ou uma agenda bem elaborada a fim de se registar ideias.
Utiliza-se canetas coloridas,etiquetas,lembretes,faz-se esquemas,anota-se por tópicos,têm marcadores,post-its de várias formas coladas nas folhas,separadores,inspiração e detalhes.Ou seja,é algo absolutamente desnecessário e absurdo ser melhor que o próprio caderno das aulas!!!
Medindo os pontos negativos e positivos (indo por ordem):
1 - há ausência de rabiscos;
2 - é escusado marcar no calendário a data da publicação da mensagem e determinar horários específicos,pois isso pode já ficar agendado na plataforma e na rede social em modo automático;
3 - dispensar o lápis é um erro comum;
4 - prestando atenção,no geral o caderno só serve para as ideias surgidas,quando no fundo o essencial é a escrita e a evolução dos textos;
5 - autores desses têm pouca capacidade de selecção;
6 - o destino é sem dúvida a reciclagem.
Quando ao segundo:
1 - serve como um histórico de registo em papel.

Só pelo caderno estar bem apresentável e com letra muito bonita não significa que o blogue tenha bom conteúdo,antes pelo contrário,esses são pouco desenvolvidos!A lista feita incide mais nos cabeçalhos,layouts e funcionalidades com o objectivo de tornar a personalização agradável aos seguidores.
Uma publicação convém ter uma linha de pensamento coerente.
Ter um bloco e aproveitar folhas soltas à mão é o suficiente para criar rascunhos daquilo que se pretende editar no blogue.
Manter uma rotina não vale nada porque contrasta com a desorganização de ideias,passando somente por despejar as palavras-chave em mente.
Outra das técnicas para os aficcionados das tecnologias,é optar por anotar virtualmente em códigos.
Uma agenda organizadora,impecável e apelativa é uma ferramenta sem lógica nenhuma para uma mera actualização esporádica de imagem...daí ser estranho tanto rigor e fixação nas páginas pois não se trata de uma obra de arte.
No entanto já se chegou a estar disponibilizado em uns sites,folhas e calendários relacionados com o mencionado do princípio para impressão que é uma loucura!
Possuir um caderno caprichado (ou um dossiê) exclusivamente do blogue,revela um certo vazio e falta de dedicação nas mensagens.É suposto o autor moderar quando for aceder à plataforma,portanto,isso é uma perca de tempo (e desgastante).
Deixar ideias registadas do espaço pessoal é aborrecido e além disso,ninguém vai andar constantemente com aquilo na mala.
Em conclusão,o caderno na verdade é uma (des)organização desinteressante.Logo,as dicas não representam.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Castelos no ar

Saudações!
Esta crónica é a propósito de um alvoroço causado por um texto surgido recentemente numa página.
Após deparar com esta história partilhada,constata-se que nem tudo se deve levar à letra.
Para já,não existe nenhuma maneira de confirmar a veracidade da mensagem,além disso roça a machismo camuflado.
O autor conta que conheceu a mulher da vida dele num bar depois de se terem envolvido naquela noite.Nesta parte até pode ser verdade mas a hipótese disso acontecer é de um em um milhão,pois ninguém vai aos copos a pensar num relacionamento sério e sim numa relação ocasional.
O segundo detalhe,é ter falado pelo próprio em vez de ser pelo casal,o que dá uma leve impressão de ser egoísta e por último,de repente agora virou moda dizer por aí que as mulheres são boas na cama,sabem satisfazer o companheiro,são boas esposas e blá,blá,blá.
Obviamente que o intuito foi para ganhar aprovação virtual.
A descrição da figura feminina não tem nada de invulgar,aliás,invulgar é como retratou.É como se as restantes não tivessem a mesma capacidade de ser aquilo tudo descrito!
À partida,qualquer mulher que não seja púdica ou apagada de auto-estima possui essas facetas mas não é revelada precisamente porque corre o risco de ser rotulada,rejeitada,gozada,há falta de educação e sobretudo inveja das que não sabem dosear na medida certa...triste é incentivar com outro preconceito em cima através de um texto medíocre destes,reflexo nítido da mentalidade machista ainda predominante.
O dito cujo não se deve fazer sem vontade,senão sai mal,deixa inseguranças e muita frustração!
O mesmo se aplica em relação à imagem (na hora H):não se deve ousar criticar.
Do outro extremo oposto,encontra-se gente púdica a acreditar no velho cliché de que o compromisso muda,quando no fundo só completa.
Este tipo é que não merecia ser feliz nem tão pouco tem noção do que perde:esses são os culpados da falsa ideia transmitida aos mais jovens,depois levam com traições,discussões e sofrem de complexo (de inferioridade).Se antes não se estiver resolvida com o corpo e intimidade,nem vale a pena entrar em um relacionamento,só se construir um castelo no ar,porque não se trata de dois amigos independentes debaixo do mesmo tecto e sim de um casal!
A história do autor é comum mas as pessoas insistem em os casos serem descartáveis para se contar tudo ao grupo de amigos e andarem com o ego inflamado (ou até falar mal) por isso os momentos mais simples tornam-se escabrosos e um dia quando se quiser alguém para ficar ao lado,só vai haver remorsos porque está-se a desperdiçar uma oportunidade de conhecer alguém especial.
O s. não se alimenta de normas.Algumas vezes as dicas circuladas nos textos eróticos parecem uma forma de competição a ver quem é melhor de cama:repleta de pura estupidez!Cada um sabe como gosta.
O autor termina com uma frase absolutamente ignorante,praticamente também é um castelo no ar,pois os rótulos toldam a sociedade e a hipocrisia está presente e é o câncro deste século;a não ser que esteja a descobrir o mundo actual.
Conclusão:a mensagem é superficial e dá a entender que o s. só funciona depois de beber.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

"Blogazine"

O "Blogazine" é uma revista virtual em flash feito por bloggers e para bloggers.
O projecto está a dar os primeiros passos e é lançada mensalmente pela página do FB.
Daquilo que foi disponibilizado,trata-se de uma série de temas do quotidiano reunidos na revista e tal como se pode observar,praticamente não há novidades:tudo o que lá é exposto,tem grande popularidade na blogosfera.Daí ser aborrecido ler matérias constantemente repetidas.
A linguagem utilizada é pobre,o conteúdo é razoável e o sumário não tem título.(o leitor que adivinhe)
A secção das intimidades era desnecessária porque na internet há toneladas de informação a esse respeito,procura quem quiser.Ou então deve ser autêntico.
No caso das págs. 38 e 39,já não se acredita existir alguém assim tão ignorante a esse ponto...só podem estar a gozar!!!
Os três erros crassos são:haver páginas de texto,outras só de fotografias (algumas são de costas) e carradas de espaços vagos:nenhuma revista tem estes inconvenientes e demonstra falta de noção de encaixe.As redacções bem podiam ser divididas em colunas!
Numa revista,encontra-se tudo preenchido do princípio ao fim:títulos,subtítulos,expressões,descrições nas capas,data e sobretudo elementos apelativos.
O "Blogazine" pelo modo de escrita,dá a entender ser destinado ao público adolescente.Se fosse em formato papel,o alvo seria miúdos a partir da puberdade por estar meio confuso (e básico).
Uma vez sendo do interesse geral,convinha-se ter acrescentado conselhos morais em diversas ocasiões,dicas de auto-estima,abordar sobre informática/tecnologia,humor,animais e humanidade/sociedade.
Os artigos estão descontextualizados,desorganizados e discutir sobre filmes também não faz sentido nenhum:a linha editorial está muito mal elaborada...a equipa técnica é medíocre!!!
Por exemplo:a maternidade relaciona-se com o conceito de família (mãe,pai,filhos,avós,etc.) sem esquecer o crescimento,não bastando só falar de bebés.
E as dicas para o blogue enquadra-se na área de informática (software).
A revista transmite uma ideia de pressa em alcançar reconhecimento a nível nacional.É aquela sensação de ter deixado tudo à última hora,no dia anterior à publicação online.
Claro que escrever por divertimento não significa escrever como quer e apetece ou como se fala,bem pelo contrário,deve ser aprimorada e praticada!A obra parece ser proveniente de crianças da quarta classe.Se fosse um trabalho escolar,já levava uma negativa.
O projecto do "Blogazine" como já foi notado,não tem nada de diferente:é apenas uma afirmação entre os autores de blogues femininos.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Ser ou não ser?Eis a questão

O tema desta mensagem,vai ser sobre o conceito de maternidade.
Apesar dos tempos serem modernos,muitos continuam a desprezar gente sem filhos.O fenómeno é o reflexo nítido de que a aprendizagem parou na era pré-histórica.
Antes de desenvolver,quem arranja conflitos,estigmatiza e denigre o papel feminino,são as próprias mulheres!Tal como se sucedeu com a (re)definição dos padrões de beleza,onde a maioria defendia que só os corpos magros,caucasianos,altos são considerados saudáveis e mereciam ser mais bajulados.Quem não se encaixasse,corria o risco de ser rotulada de feia ou tinha baixa auto-estima porque lamentavelmente as que fogem do comum ainda são olhadas de lado e pouco destacadas nos meios de comunicação.
O mesmo aconteceu entre solteiros e comprometidos:houve quem dissesse que o compromisso mudava e amadurecia as pessoas.
Actualmente verifica-se exactamente o oposto - os comprometidos comportam-se de modo absolutamente imaturo,outros envolvem-se para preencher vazios,alcançar estatuto e há os ditos compromissos por convenção.
Portanto neste aspecto os solteiros saem a ganhar aos pontos,pois no geral são pessoas felizes e resolvidas.Um compromisso serve para quem sabe levar a vida a dois e não porque apetece.
Voltando agora ao tema,a maternidade não é diferente dos exemplos mencionados.
Parir e ser mãe não estão relacionados.Muitos pensam que uma mulher só se realiza e é plena depois de ter filhos,algo falso!Antigamente a figura feminina era oprimida pelo patriarcado e acreditava-se que só servia para procriar porque havia pouca instrução e tabu.Este pensamento primitivo prevaleceu durante décadas até contribuiu para entranhar um estereótipo.
Há inúmeras razões para se optar por filhos:uns satisfazem carências do passado,outros obedecem à vontade da família,há para o ego do casal,superar solidão,por capricho,cuidar na velhice e ainda para usufruir benefícios!É raro algum nascer por amor e que seja ensinado a viver em sociedade pois obviamente trazem más referências.
Quantas vezes quem optou por não ter filhos sabe tanto quanto um pai ou mãe mas nunca  é ouvido?Está a chegar uma época em que as opções precisam de ser urgentemente respeitadas em vez de se classificar de superior ou inferior.Este tipo de gente são as mesmas que queixam dos adolescentes,não dão regras em casa,bases sólidas,nunca explicam o certo e o errado,o bem e o mal,esperando a descendência se desenrascar sozinha.Possivelmente têm graves problemas de estrutura moral e emocional,desautorizam os professores por isso são os primeiros a atacarem os que não têm filhos.São dos permissivos e sobretudo parideiras egoístas.
É hora de romper barreiras e dos que não têm filhos começarem a serem levados a sério.Estes sabem guiar,compreendem melhor a situação e talvez um dia se sinta falta de haver um ombro amigo antes de ser tarde,em vez de se procurar uma porcaria de psicólogo:neles é escusado confiar,só baralham!!!
Por outro lado as mulheres parideiras (mãe/pai é profundo) que impedem as outras de falarem por não terem filhos,também devem ser as mesmas que são contra a adopção gay:crianças ironicamente concebidas e entregues às instituições por casais heteros!!!O preconceito é gigante e anda perigosamente camuflado.
Ser pai e mãe é assumir uma responsabilidade até ir à cova.Quem não o faz ou é desprovido de valores,na terceira idade vai sofrer as consequências cruéis de ser abandonado pelos filhos (ou alguém).
De longe,existem a espécie de pais a criticarem gratuitamente os filhos de terceiros mas a esses ninguém tem coragem de repreender...ah,pois é belo exemplo de  má-educação!Ser pai e mãe é para quem tem capacidade real,auto-conhecimento e equilíbrio de agirem como tal.O resto só cumpre a função de gerar.
Através do conceito de maternidade,descobre-se que a ignorância impera em muitas mentes!Trata-se tudo de ser ou não ser.
Termino com o provérbio:"em Terra de cegos,quem tem um olho é rei".

domingo, 14 de junho de 2015

Infância perdida

Saudações!
Nesta crónica,vai-se falar sobre a infância,uma fase curta no ser humano por algum motivo bastante desvalorizada.
Quando vem à tona um assunto de crianças,há sempre alguém atrasado a afirmar que nunca gostou da infância.Dizer tamanha alarvidade é incabível!
Antes de mais as décadas passadas favoreceram o crescimento saudável.
Primeiro,nos tempos modernos conseguir brincar normalmente e aproveitar ao máximo já é de louvar.As crianças mal entram na primária,levam com uma carga de responsabilidades em cima,metas estabelecidas,preocupações,sofrem de ansiedade,depois ficam frustradas e irrequietas porque a pressão colocada é totalmente desadequada à faixa etária delas;segundo,passam muitas horas fechadas na escola;terceiro,a natureza infantil aos poucos vai-se desaparecendo com tantas tarefas desnecessárias e amadurecimento precoce influenciado pela sociedade e último,estas gerações no futuro não terão moral a transmitir porque não viveram sendo possivelmente à semelhança dos pais.
Os que odiaram,mais tarde vivem através da descendência,passando uma suposta felicidade fazendo figuras tristes para se sentirem mais jovens...esse tipo de gente são do pior,são uma espécie comparável aos vampiros que sugam o sangue e a energia da vítima para serem eternamente joviais e imortais!!!
Toda esta vontade ridícula de ter infância (ou adolescência) um dia depois dos 30,ao contrário do que se pensa,revela ausência de experiência no percurso!Cada fase é única e não volta atrás e quem não sabe acompanhar à altura,também não aceita a velhice.
Quanto à matéria do artigo,é absolutamente estúpida:desde quando se deve prescrever drogas para crianças se concentrarem nos estudos?Os profissionais de educação cometem uma atrocidade colossal contra a infância pois o bom-senso diz que só se deve fazer em casos particulares ou de hiperactividade.É uma falta de respeito ignorar as necessidades básicas da idade!
Brincar não é só ir ao parque conviver.Existem outros meios como:brinquedos,jogos lúdicos e pedagógicos,desenhar,pintar,moldar,imaginar e sobretudo sujar as mãos.
Agora qual é o benefício de suprimir uma fase relevante na formação de uma pessoa?Não ter infância implica não ter memórias,lições e um espírito leve de encarar o dia-a-dia...perder os melhores anos de passagem é muito grave.Se não se for estimulado para a brincadeira,espera-se um adulto arrogante,mal-amado e geralmente amargurado.
Saber desfrutar da infância lamentavelmente é um privilégio de poucos.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Acerca dos pedidos de casamento em público

Tal como o título indica,nesta crónica vai-se abordar acerca dos pedidos de casamento em público.
Tem-se vindo a ser ponderado há bastante tempo,casais que optam por se declarar ao resto do mundo e finalmente chegou a altura de falar deste tema.
Não é novidade nenhuma de que os pedidos de casamento são ensaiados:um filma,outro canta/toca música,um dos amigos ajuda a organizar,outro serve de intermediário e o público a assistir à cerimónia como se fosse uma peça de teatro de rua.
Ora como é exposto na internet,trata-se apenas de uma mera demonstração exibicionista para ganhar aprovação na relação,uma vez que o amor nunca dependeu de gente desconhecida.
Quem pensa que todos aceitam os pedidos de casamento,engana-se,já existem vídeos dos que foram rejeitados e aqui a popularidade sobe em flecha.
Para já,há três partes:o rejeitado,o parceiro que o rejeitou e ainda as reacções do público a potenciarem esta merdice.
Em primeiro lugar,as pessoas vão escarnecer naturalmente daquele que rejeitou o pedido porque são testemunhas,estão lá a fazer número;em segundo,o rejeitado em vez de ser gozado vai receber apoio devido à ingenuidade dos que acreditam de se tratar de um acto romântico e por último,essa pessoa tem de aprender a sofrer as consequências da fama,pois a ideia surgiu do próprio!
Só alguém muito frustrado no amor,lida mal com um "não" e os outros que não respeitam a decisão,perdendo tempo e energia a rogarem pragas a alguém que infelizmente não pertence à família,vale sempre lembrar o provérbio:"quem com ferro fere,com ferro morre".A lei do retorno é real e os efeitos serão ressentidos.
A pessoa que rejeitou o pedido de casamento em público,também carrega um fardo pesado da sociedade por ainda condenar estas atitudes...enfim,a internet é o auto-de-fé na idade virtual;a humanidade está muito atrasada na evolução de valores morais.
As declarações em público são semelhantes às serenatas:o amado ia cantar com uma viola à porta da amada e este corria o risco de ser levado com um balde de água da janela.
O problema é de quem leva à letra os pedidos em vídeo.Depois começa-se a estoirar as indirectas e lamentações nas redes sociais,os ex aplaudem a tampa,aparecem um milhão de chamadas não atendidas,descobre-se egos feridos,cornos,sentimentos de culpa e obviamente aparecem os fofoqueiros para deitarem mais "lenha na fogueira",parasitas que se alimentam de situações pessoais.
Os pedidos de casamento em público são absolutamente ridículos e quem critica é mal-amado?Essa é boa.Por este andar ninguém mais vai conseguir distinguir discrição de exposição,daí a impressão de banalização!
O amor não existe nesses vídeos,isso é trabalho de parvalhões.Aquilo é apenas para passar uma boa imagem de homem (ou mulher) querido/a da família quando no fundo não são,ou seja,são palhaçadas para entretenimento de massas.
Uma relação envolve um casal,não o planeta Terra mas se é assim que se querem serem vistos,estão sujeitos a opiniões e a levarem com desconhecidos a filmarem.
É o fruto da falta de filtros e um dia na vida o casal vai ter vergonha.A marca vai permanecer online quer seja rejeitado,quer seja aceite.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Amores e dissabores

O tema desta crónica vai ser sobre as ideias erradamente impingidas do amor.
Como já se constatou pelas partilhas virtuais,quem escreve muito sobre romances,das duas uma:ou não sabe amar ou nunca amou a sério.
Infelizmente os que nunca viveram,inventam histórias,contos,textos,idealizam situações e constroem uma imagem absolutamente irreal.
O amor não é nenhum mar de rosas como tanto se pinta por aí.Não é cerebral e dispensa formalidades e artifícios literários.
É um sentimento puro,incontrolável,rebelde,flui intensamente por ser químico,não tem de ser explicado,não se alimenta de regras e acima de tudo não segue padrões!!!
Falta ser ensinado e reposto no ser humano,e a sua face escondida já era tempo de deixar de ser desprezada e de ser chamada de drama:a dor.
O desgosto também é um sentimento que faz parte e quem já sofreu demonstra grande capacidade de amar e significa que viu alguém com os olhos do coração e não foi valorizado!Por isso requer respeito e educação.
Há gente que não foi educada para os afectos e o resultado é não aceitar os obstáculos no caminho,banalizando e transformando em robôs telecomandados da sociedade.
O compromisso por conveniência não pode ser confundido com felicidade:este tipo de pessoas são formatadas para conhecer alguém através de amizades em comum e como consequência não tiveram desafios,andam com discursos morais baratos,não arriscaram e se basearam na simplicidade do destino.Enfim,são ovelhas do rebanho.
E aqui pergunta-se:qual é a graça de trocar uma loucura genuína por uma relação monótona que encaixe nos critérios certinhos da família (ou do próprio)?Qual é a graça de um "amor" de longa duração sem nada de emocionante,invulgar para contar ou lembrar um dia?Qual é a graça de ficar sempre na zona de conforto que é impossível de compreender?
Qualquer um com discernimento sabe que o amor não se procura,encontra-se,acontece,é uma conquista mas ironicamente é um privilégio traçado para poucos porque o resto apenas se limita a esta convenção estúpida.
É previsível daqui a umas centenas de anos ninguém reconhecer o afecto,talvez não exista mais legado romântico igual ao de Romeu e Julieta,estando condenado a se extinguir caso não haja continuação.
No meio de valores alienados,se todos forem comprometer por norma estabelecida,lamentavelmente vai-se perder a noção dos dissabores e da essência do amor...está-se a atingir um patamar bastante preocupante e escabroso,portanto é escusado imaginar o que as gerações do futuro irão pensar desta época degradante.
O romance escreve-se nas páginas do dia-a-dia,nas linhas da realidade e com uma dose cavalar de autenticidade.
"O discurso é o rosto do espírito." Séneca

"A vida é uma simples sombra que passa (...);é uma história contada por um idiota,cheia de ruído e de furor e que nada significa." William Shakespeare
"O homem que não tem vida interior é escravo do que o cerca" Henri Amiel
"É bom escrever porque reúne as duas alegrias: falar sozinho e falar a uma multidão" Cesare Pavese .