segunda-feira, 11 de julho de 2016

Prazer feminino na adolescência

O tópico desta crónica é relacionado com a senda do erotismo feminino.
Há uns tempos quando se ressaltou uma publicação da importância de abrir a discussão sobre o prazer feminino na adolescência,surgiu imediatamente à tona a velha questão da privacidade pessoal dos filhos.
O "Delas.pt" é uma revista digital com base jornalística destinada ao público feminino que engloba diversos temas de todas as áreas da vida.
Ora analisando o artigo,o tema suscita alguma polémica pelo título deplorável atribuído e sobretudo pela forma distorcida de encarar a intimidade feminina na adolescência.
Se as próprias mães não adquiriram conhecimento suficiente a respeito do corpo feminino,como vão falar às filhas?Recorda-se que a geração anterior era conservadora,havia preconceito em relação ao papel da mulher e por isso vai-se evitar introduzir o assunto justamente por não se ter a ideia da naturalidade.
Também devia ter aproveitado para se incentivar as mães a comprarem acessórios eróticos às filhas..é cada uma!Depende da criação dos pais para haver esta abertura mas isso só vai ser totalmente possível nas gerações futuras,caso as adolescentes não reproduzam a mesma educação que as mães tiveram.
A escola não aborda o prazer feminino,aliás,a matéria ainda passa despercebida nessa fase e o pudor é notável porque a sociedade classifica para maiores de 18 e acha certo elas não terem acesso às informações ditas adultas...portanto há desigualdade e se considera escandaloso.
A javarda da Marta Crawford devia ter antes aconselhado as mães que se apanharem as filhas adolescentes a verem ou a lerem conteúdos impróprios,para não as reprimirem e não precisarem de saber tudo delas.
Por outro lado,se as mães não devem ser intrusivas,o artigo em si ironicamente já é controverso,citando a expressão:"Não fazer questões intrusivas.É importante respeitar a intimidade dos filhos que muitas vezes não se sentem à vontade para abordar com os pais detalhes da sua intimidade",ou seja,este ponto do guião imaginário de uma conversa contradiz com a mensagem que se pretende transmitir.
A seguir como se não bastasse,a publicação refere que se os pais não conseguem explicar sobre o prazer,a adolescente deve esclarecer as dúvidas com um adulto próximo...esta gente confirma mesmo estar fora da realidade e não tem o mínimo de noção do quanto pode ser embaraçoso e constrangedor e com uma amiga corre-se o risco de ser gozada e nem sempre se está a par das novidades.A notícia é muito incoerente!!!
Ela pode aprender o assunto por aí,alargando os horizontes ou então o melhor seria consultar um profissional,já que estes autores incompetentes nem sequer tiveram a consciência de publicitarem a clínica onde trabalham.
Por último,as adolescentes têm relações por outros motivos geralmente por serem provenientes de famílias permissivas e moralmente desestruturadas que nada tem a ver com o facto de não descobrirem o erotismo!
A Marta Crawford não é uma sexóloga credível porque discursa de uma perspectiva limitada e a partir das experiências que a marcaram no gabinete e dos estudos realizados,por isso nunca representou a actualidade.
Esse artigo elaborado seria útil há mais de uma década para "quebrar o gelo" acerca do prazer feminino na adolescência,apesar de ser confuso e com uma tendência vaga.Ela tinha uma óptima oportunidade para lançar um guia dirigido às/aos adolescentes para elas/eles se orientarem ao atravessarem essa altura tão conturbada,semelhante ao livro salientado de Mário Cordeiro,não ignorando a auto-estima mas a objectividade é um requisito em falta nesta "tia" desprezível disfarçada de sexóloga:lá pela pessoa ser adulta não significa que seja madura nesta área,pelo contrário,pode ser retrógrada!
Era suposto reflectirem naquilo que disseminam porque são alguém com estatuto,depois é difícil confiar.
Resumindo o tópico,o prazer feminino na adolescência passa pela promoção de uma abordagem saudável e não bacoca.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Ciúmes e possessividade

Saudações!
O tópico desta mensagem é sobre ciúmes no relacionamento.
Chegou finalmente a altura de desenvolver uma crónica sobre um sentimento natural outrora muito mal visto pela maioria das pessoas e que actualmente ganhou um sentido positivo.
Antes de mais,ciúmes é diferente de possessividade:a possessividade é proveniente da insegurança da pessoa,auto-estima frágil,falta de auto-controlo,de estrutura mental e do complexo de inferioridade.
Portanto,a sociedade foi induzida em erro.O excesso é que é desgastante e ninguém é um animal de estimação para ter uma coleira,aí se pode considerar uma psicopatologia digna de tratamento.
Passando agora ao tópico,num relacionamento os membros não são livres para fazerem o que quiserem,isso deve ser aproveitado durante a fase de solteiro.É normal haver ciúmes leves sobretudo no início,pois muita gente não sabe manter a fidelidade,o sentimento é inofensivo e não revela desconfiança nenhuma,pelo contrário,é zelo pelo outro até porque hoje em dia todo o cuidado é pouco.
Ter ciúmes tornou-se demonstração de afecto,medo da pessoa ser trocada ou de lhe mentirem devido a uma experiência negativa do passado e jamais deve ser confundido com a necessidade de pertença e sim que se importa e não é conformista na relação,algo difícil de ser entendido pela maioria!
Provocar ciúmes não tem graça.Caso o membro continue com faltas de respeito e a dar motivos apesar de tudo,o relacionamento deve ser terminado antes de aparecer uma avalanche de problemas...há quem meta a culpa nos ciúmes como forma de justificar a irracionalidade cometida.São raros os que sabem deste detalhe por isso convém estar em alerta dentro do compromisso,relembrando de que a pessoa emite sinais de traição e nem sempre tem a capacidade de medir as consequências.
Os ciúmes leves são causados pela paranóia no elemento feminino e pela vontade de assumir domínio no elemento masculino que obviamente não é grave,é essencial existir para fortalecer os elos.Infelizmente neste aspecto alguns no fundo sentem mas não admitem por causa dos rótulos associados.
A possessividade é o patamar seguinte da obcessão.
Concluindo,um relacionamento sem "trela curta" perde o propósito e dá a impressão do casal estar desinteressado.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Privacidade pública

O tópico desta mensagem é um desenvolvimento sobre a noção de privacidade.
Há uns tempos numa breve pesquisa acerca da exibição dos filhos na internet,foi deparado um resultado que captou a atenção:é uma notícia já arquivada mas bastante actual,a alertar sobre os riscos que os menores correm em qualquer plataforma.
O artigo incide em alguns pontos de vista dos pais em relação a esta dinâmica espontânea que porém mais tarde pode originar graves problemas e do qual a maioria não está preparada para enfrentar ou simplesmente ignora por teimosia.
Antes de tudo,começando precisamente a falar dos adultos,há muita gente a ganhar protagonismo por motivos meramente banais e futéis:gravidez,amamentação/maternidade,pessoas que venceram o câncro de mama e a tão famosa nudez gratuita.
A gravidez é um período particularmente sensível da vida da mulher que os familiares têm o dever de incutir juízo e ajudar no melhor sentido porque o instinto maternal e as hormonas são gritantes nessas alturas;no caso da amamentação em locais públicos,convém ser discreta.É repugnante ver "vacas leiteiras" perversas,sobretudo se recorrerem ao mediatismo.A criança geralmente é um escudo para elas mostrarem o peito à vontade sem pudor e sem medo de serem ofendidas,devido ao vínculo de ideias feministas e quem discordar vai ser chamado de preconceituoso:o movimento revoltado arruinou os valores cívicos.Os animais ao contrário dos humanos,são irracionais (nada de comparar às tribos e países subdesenvolvidos) e os bebés nos primeiros anos precisam de cuidados e de se adaptarem à rotina biológica e não de passearem em sítios agitados e cheios de zaragata;quanto ao câncro de mama é a mesma história,com a diferença delas usarem a doença como motivo para se armarem em vítimas e até serem maleducadas e os outros pensarem que não há mal nenhum por terem sofrido e por fim despe-se à toa de modo a conseguir atingir qualquer objectivo.
São os próprios meios de comunicação que moldam os pensamentos de muita gente,levando a criarem por exemplo injustiça entre a amamentação e a nudez estética...é escandaloso observar muitos comportamentos a serem normalizados quando é suposto pertencer à esfera privada de cada um.
A exposição sugestiva do corpo tem de ser moderada.As fotos de nudez com ou sem cicatrizes estão-se a tornar abomináveis,saturantes e são extremamente de mau gosto,ou seja,se uns são livres de publicar online o que apetecer,os outros são livres de emitir opiniões e ninguém é obrigado a achar tudo bonito ou aceitável,há limites e os conteúdos desprezíveis permanecem lá eternamente quando se tem visibilidade.
Passando agora ao tópico,a maioria dos paizinhos desta era no fundo exibem os filhos na rede social para não transmitirem a impressão de serem fechados!
Muitos deles recebem influências próximas e depois sentem esta necessidade incessante de partilhar os momentos com o resto do mundo.
As crianças crescem num instante e estão rodeadas de cultura tecnológica.Não tarda nada quando saberem o que é a internet vão gerir sozinhas o seu espaço,é escusado exibi-las,seja a lista de amigos curta ou restringida.
Não adianta dar lições de moral aos mais novos sobre a segurança na internet se os adultos não imaginam a seriedade que as publicações podem trazer no futuro...o "miúdos seguros na net" vai cair no esquecimento.
É importante levantar esta discussão porque os menores são um alvo fácil,precisam de serem protegidos e as informações dos filhos nunca devem ser expostas,um dia alguém do círculo da criança vai descobrir o álbum de fotos de infância com os pais e tanto pode ser reconhecida como gozada e humilhada na escola e esta situação vai causar embaraço e transtorno!!!A responsabilidade é inteiramente dos educadores,daí as revelações disponibilizadas serem perigosas.
Quantas fotos (e vídeos) circuladas virtualmente cujos autores são ícones de frases humorísticas?O e-mail e o skype servem para esse propósito,como foi referido nesse artigo.Na rede social tudo gera repercussão e os dados privados passam a ser de todos!
Nota-se ainda uma certa falta de discernimento e também de auto-controlo por parte das pessoas...não se trata de felicidade,longe disso e sim de adquirir uma nova dimensão na internet onde mesmo com filtros os terceiros estão no direito de tecerem comentários e por vezes de descontextualizarem uma imagem.
A lógica ensinada aos adolescentes é igual para os adultos:a solução baseia-se em encontrar o equilíbrio.
Os pais devem ser justos e coerentes neste domínio digital,contribuindo para um ambiente saudável;a privacidade continua a ser privada.
Em conclusão,os mais velhos deviam ter a percepção de que exibir as fotos dos filhos assume outro tom e a privacidade torna-se do acesso público.
"O discurso é o rosto do espírito." Séneca

"A vida é uma simples sombra que passa (...);é uma história contada por um idiota,cheia de ruído e de furor e que nada significa." William Shakespeare
"O homem que não tem vida interior é escravo do que o cerca" Henri Amiel
"É bom escrever porque reúne as duas alegrias: falar sozinho e falar a uma multidão" Cesare Pavese .