quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Dos anúncios sem pés nem cabeça


Qual é a lógica deste anúncio da mcbox jantar em família da Mcdonald's?O pai do menino compra o jantar na mcdrive e depois segue até ao hospital para buscar a mãe que é médica,ou seja,os médicos recomendam fast-food?E como qualquer cena tipicamente portuguesa,a música de fundo tinha de ser dramática mesmo quando não exista drama!
O hospital não tem nada relacionado com o assunto quando era suposto ser um anúncio alegre.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Entre passividade e opções

Há tempos,foi abordado nesta mensagem,o tema sobre as diferenças entre parir e ser mãe e como tal,esta crónica é uma continuação.
Recentemente,surgiu uma notícia que reacende o velho debate do ter ou não ter filhos.
Uma jornalista londrina foi atacada nas redes sociais por ter exposto que queria fazer uma esterilização...ela esperava obviamente receber apoio mas em vez disso teve o azar de ler crueldades e muita praga rogada.
O comportamento deles dá pano para mangas e aí vão enumerados os motivos de como estão errados:antes de mais,os países ocidentais são democráticos e cada um é livre de fazer as suas escolhas.Passando agora ao desenvolvimento,a covardia dos ditos conservadores é infinita!
Em primeiro lugar,este preconceito de uma mulher ser inferior por ter optado não ser mãe,é do tempo dos avós:só servia para gerar descendência e quem renegasse era estigmatizada de egoísta e era mal-vista porque antigamente as crenças religiosas eram a raíz da sociedade,havia um certo de nível de opressão entre o género feminino e a ignorância reinava em todos os aspecto;
segundo,nem todas nascem com instinto de constituir família e isso deve ser respeitado;
terceiro,para os conceber tem de haver estabilidade financeira e sobretudo uma estrutura parental segura e não na brincadeira;
quarto,um filho é para o resto da vida e último,quem faz tratamentos de fertilização geralmente são pessoas acima dos 35.(os homens entram na andropausa)
É uma lástima ter sido diabolizada em praça pública e também tinha de se abdicar de muita liberdade para os criar!
Infelizmente este atraso revela uma lógica politicamente correcta e retrógrada ainda predominante.
Ter filhos não é sinónimo de felicidade e a educação tornou-se um privilégio de poucos.Há gente sem moral nenhuma a serem pais e depois culpam terceiros por não perceberem nada,outros são a favor do aborto quando simplesmente se pode prevenir e há "cadelas" parideiras chamadas de mãe que maltratam os filhos,ignoram,descuidam e aparece pessoas a defender...algo absolutamente incompreensível e abominável!!!
Outras abandonam crianças,os gays adoptam e têm o descaramento de dizer que é contra-natura?!Eles estão a fazer um papel que os heteros se vão demitindo e do outro lado,existem os que andam com desculpas de não conseguirem dar atenção a todos os filhos,como se houvessem duzentos ao encargo...inventam cada uma para não serem responsáveis que é impressionante!
Essa jornalista não foi nenhuma assassina.Optar por não ter,é sinal de ser consciente.
Ninguém é insensível por não querer filhos,pelo contrário,actualmente é antes a melhor decisão a tomar e a passividade é sinal de um grave problema.

sábado, 28 de novembro de 2015

"Brincando,brincando,se vai pregando"

Mortíssimas saudações!
O tema desta crónica vai ser sobre um hábito que nunca se devia perder,explicado neste artigo.
Brincar é a base das relações humanas,mantém o bom humor,constrói-se histórias e se estabelece elos,tornando a vida mais leve.
Não é preciso esperar por estudos e psicólogos a confirmarem que as brincadeiras de infância moldam a personalidade adulta.A falta leva as pessoas a não saberem gerir as emoções ou então a adquirirem uma certa defesa perante situações inofensivas,acabando por serem frustradas e traz obviamente problemas no futuro.
Gente que sofre de sensibilidade aguda (vulgo síndrome de coitadismo),também são de evitar porque só querem "arrastar os outros para a cova" e sugarem a energia para se sentirem preenchidos:são gente negativa,fraca e tenebrosa que torram a paciência a qualquer um que manifeste opinião.
Por algum motivo esta qualidade desaparece na idade adulta,quando era suposto ser importante...a aprendizagem realiza-se através de brincadeiras pedagógicas,lúdicas e didácticas do que em uma hora de discurso aborrecido e cheio de arrogância.
Alguém que nunca brincou nem tenha memórias dessas épocas,reflecte notavelmente a incapacidade de transmitir lições,uma característica bastante acentuada na geração acima dos 30.
Brincar nunca fez mal a ninguém e além disso a pessoa se desenvolve melhor intelectualmente,algo que um dia mais tarde pode ser difícil de recuperar o tal espírito infantil.
Por exemplo:o desporto colectivo passa a mensagem de ser agressivo e competitivo,em vez de ser uma actividade para desfrutar e interagir com os membros,portanto de pouco ou nada vale!
Em resumo,só ocorre o provérbio:"Brincando,brincando,se vai pregando".

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Outras perspectivas

O tema desta crónica vai ser sobre uma filosofia de vida pouco conhecida proveniente do oriente.
Ao ler este artigo a explicar o que é o tantra,o leitor apercebe-se num instante de como está sujeito a influências culturais adoptadas assim à velocidade da luz.
O tantra é uma perspectiva hindu de prática milenar baseada em despertar energias emocionais numa espécie de terapia de cura,onde se inclui as massagens,meditação,s. tântrico,naturalismo,yoga,etc.Trata-se de libertar as repressões corporais.
Estas actividades relacionadas especialmente as massagens,são adequadas às pessoas que sofrem de baixa auto-estima no sentido de desbloquear sentimentos recalcados,iluminando a aura ou lá o que for mas ao contrário das informações obtidas,não é um estímulo.
Tendo em conta estar de acordo com uma cultura polígama e pagã,o ritual dito "sagrado" na verdade é um misto de feitiçaria,exotismo e perversões consentidas do qual há ocidentais que denominam de "massagem erótica/sensual" e a ideia associada não é errada,simplesmente a palavra tântrica foi substituída porque senão ninguém ia saber o que significa!!!
Porém o moralismo sobre o corpo humano tal como os conselhos do kamasutra,deitam tudo a perder diante um país patriarcal onde o género feminino vale menos que as vacas e não tem dignidade nenhuma...é altamente hipócrita falar em "sexualidade consciente,expansão e amor" quando não se tem princípios.
A prática tântrica é realizada por massagistas profissionais na área holística,consoante os costumes importados.
Logicamente que os benefícios são para atrair clientes pois não passam de grandes aldrabices implementadas em pessoas desvairadas,à excepção do yoga,um exercício semelhante ao aquecimento.
Nos países ocidentais,a vulgaridade é batida à exaustão,o que também não convém por ser decadente e além disso há lojas específicas para adultos,algo que na Índia devem considerar ridículo...é o direito de haver visões diferentes e cada um sabe dos gostos e das filosofias que quer ou não acrescentar à esfera pessoal.
Quanto à meditação e ao estado zen,basta isolar e ficar em silêncio (de olhos fechados sem mexer),uma prática estranha e ao mesmo tempo esquizofrénica que dispensa aulas.
O tantra é produto da globalização;no fundo é uma forma de conversão espiritual dos terapeutas ou então é conotado de boémio.
Interpretar a prática hindu como profana,é ter uma consciência mais plena de ser um sítio em busca de prazer do corpo e da mente.São outras perspectivas.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Inutilidades e afins

Ultimamente tem havido uma onda de falar sobre projectos e como se não bastasse,surgiu mais uma notícia curiosa.
Marta Crawford é uma sexóloga que apresentou um programa na tvi há dez anos,extremamente de baixa qualidade,bacoco e parvo.Chegou a ser convidada para ir à televisão esclarecer dúvidas,lançou um livro,esteve em mais programas,colaborou numa rubrica de psicologia,teve um blogue e agora voltou novamente para anunciar o seu novo projecto.
O "Ab...sexo" era de mau gosto e não teve nada de educativo,servia mais para gozar com as pessoas.
Pelo que diz o artigo,a ideia dela era ser um espaço físico mas como houve barreiras a impedir,tornou-se num museu online,ou seja,o preconceito não foi combatido na realidade e em contrapartida a plataforma equivaleu a um site acessível a todos...essa tipa é muito convencida:no fundo é tudo medo de ficar esquecida pois actualmente com uma carrada de informação disponível ao alcance de um clique,o dito museu pedagógico e interactivo não compensa!E caso alguém queira aprofundar mais,pelo que se sabe,existem livros e guias completos para se orientar e não uma sexóloga duvidosa.
Quando se aborda este tema,o conteúdo devia abranger também todos os aspectos envolvidos numa relação a dois,assim é uma maneira de limitar o relacionamento a algo carnal.A felicidade do casal vai além da cama,é ter compromissos a gerir.
A sexualidade encontra-se inevitavelmente em qualquer sítio da internet,bem desenvolvido e com uma linguagem cativante e o projecto é uma autêntica inutilidade.
A geração velha não representa a maioria,eles reproduziram outros valores,comportamentos e submissões incabíveis nos dias de hoje,daí os mesmos clichés e dificuldades.
Essa Marta Crawford tem tanto de ignorante como de controversa:se o lema é "porque merecemos ser felizes",quem é ela para elaborar um "mapa de preliminares para aprender a tocar no corpo feminino"?!
Cada corpo é diferente,tem reacções únicas e não existe uma normalidade sexual definida;já é plena época da pessoa criar as suas próprias concepções,justamente rompendo imposições e por outro lado,transmite a tal impressão de se precisar de parceiro para se excitar e sem isso é impossível...enfim,ideologias ultrapassadas no apogeu da patetice!
Essa porcaria de sexóloga gera uma polémica absurda.Se o objectivo era as pessoas ignorarem os museus já existentes respectivos ao campo do erotismo,a javarda devia ter insistido em construir esse museu para o público fiar nos discursos apregoados...ia contribuir em flecha e ser um sinal revelador de mudança neste país.
Era mil vezes preferível viajar lá para Amesterdão ou então assistir ao "Sex mundi - a aventura do sexo",um excelente documentário do canal Odisseia que este projecto certamente não supera e onde bem podia resultar em material didáctico.
É preciso explicar tudo sem rodeios e sem confusões.Há gente que simplesmente não se dá ao trabalho de ler e aprender por isso expõe dúvidas básicas,vão pelos outros e isto alimenta o ego da profissional.
Se fosse na altura do primeiro programa,esse museu virtual ia ser fundamental e pelos vistos parece não ter grande moral para disseminar o trabalho,há conteúdos por aí a darem vazão e não são provenientes de especialistas e doutores!
Concluindo:o projecto é inútil e só interessa à autora.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Leitura descartável

Houve uma editora francesa que lançou um projecto inédito,cuja máquina oferece "pequenas histórias" para passar o tempo.
Trata-se de uma máquina onde em vez de ser de venda automática de comida e bebida,é de produto literário como forma de incentivo ao consumo de cultura,tal como se refere o artigo.Além disso vai estar 24h disponível,é gratuita e basta decidir o tempo para ler.
Esta ideia é bastante controversa e inútil ainda por cima vinda de uma editora,pois era suposto saber dos danos causados à natureza,investindo num projecto onde se vai desperdiçar toneladas de papel e tinteiros à toa!!!
Se o objectivo é consumir cultura,eles deviam arranjar uma maneira de estimular as pessoas a irem à biblioteca e não em algo onde se vai abusar das impressões na brincadeira e depois descartar a leitura.
O pronto-a-ler vai aumentar a desmotivação por uma razão:chega-se lá,carrega-se no botão e sai um conto,ou seja,o projecto não leva a pessoa a puxar pela cabeça e a procurar um livro.O excerto é aleatório e esta facilitação é uma atrocidade.
Essa editora bem podia por exemplo desafiar os leitores a editar uma série de novas obras de romance ou poesia,(categorias fortemente concorridas) e também porque faz falta renovar referências nas prateleiras consoante as décadas em que o autor vive.
Do outro lado,geralmente os leitores avidamente compulsivos não têm tendência para escrever,não alargam o vocabulário e nem tão pouco têm imaginação própria:simplesmente lêem por curiosidade da mensagem transmitida pelo livro ou pelos sinais que o exterior emite.São daquelas pessoas que correm atrás de qualquer publicação e colecção que por aí apareça.
Um livro nem sempre é sinónimo de cultura.Para o ser considerado,tem de trazer valores construtivos à vida do leitor e contribuir para o desenvolvimento no dia-a-dia,portanto ser um produto literário de qualidade,difícil de existir ou de ser reconhecido entre tantos livros onde se vende histórias pessoais e banalidades...lançar um livro não dá garantias de ser um escritor,pelo contrário,costuma servir para o autor ganhar protagonismo!
As editoras deviam ter consciência e desempenhar um papel activo com o público;não custava nada determinar critérios e analisar se alguém tem mesmo capacidade de singrar na carreira de escritor,o género literário devia ser um detalhe.
Voltando ao assunto,se a ideia da máquina for importada,vai ser um autêntico descalabro!
Os hábitos de leitura não deviam ser impingidos...cada um sabe se convém ler,aquilo que inspira ou se não se interessa por livros.
Concluindo:quando não há uma lição positiva a reter,trata-se apenas de um mero passatempo descartável.
"O discurso é o rosto do espírito." Séneca

"A vida é uma simples sombra que passa (...);é uma história contada por um idiota,cheia de ruído e de furor e que nada significa." William Shakespeare
"O homem que não tem vida interior é escravo do que o cerca" Henri Amiel
"É bom escrever porque reúne as duas alegrias: falar sozinho e falar a uma multidão" Cesare Pavese .