sábado, 26 de setembro de 2015

A inocência perdida das palavras

Ao longo dos últimos anos,algumas palavras inocentes usadas no dia-a-dia adquiriram outro significado.
Dar,bater,agarrar,morder,meter,chupar,pau,lamber,loucuras,puxar,arranhar,comer são alguns exemplos mais populares de como se tornaram obscenas.
O principal culpado por esta distorção são os próprios meios de comunicação,onde aos poucos foram desvalorizando a simplicidade e passaram a vincular a ideias menos próprias...praticamente é regra terem outra conotação devido à banalização massiva.
As palavras acima originalmente pertenciam ao vocabulário infantil mas os adultos com mentes perversas trocaram e deitaram tudo a perder!!!
Proferir uma expressão de palavras com outro sentido conotativo,já é intimidante e a alteração foi escusada.
A linguagem indecente é caracterizada pela mistura de gíria e comparação,tão comum entre a maioria das pessoas.
Adulterar a inocência é retirar o ânimo,principalmente uma parte considerável do crescimento.
Chegar ao ponto de não poder dizer que "é saboroso chupar um rebuçado/chupa depois das refeições","comer salsichas é nojento" e "um gelado de gelo é para lamber" sem ir parar a pensamentos impuros,é grave e revela também sinal de uma sociedade hipererotizada e totalmente de fraca moral.
A lógica de algumas destas palavras causa um certo incómodo porque deviam ficar apenas em conversas privadas de adultos e não para incutir perversidades onde não existe;as coisas saíram fora do controlo e talvez por isso haja pessoas que evitam comer guloseimas a remeterem para esse tipo de maldades.
Em suma,a inocência perdida das palavras ganhou conotações absurdas.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Brigada anti-princesas

Recentemente,circulou uma notícia muito estúpida:uma editora Argentina publicou uma colecção de livros para crianças com heroínas reais.
São histórias de mulheres latino-americanas contadas em desenhos para o público infantil ler e se inspirar com mais nomes.
Pelo título,foi claramente uma ideia feminista!
Esse "vírus" costuma usar argumentos vagos,ver maldade onde não existe e sobretudo captaram o básico dos filmes sem tentarem perceber a mensagem e o simbolismo de cada uma das princesas..."vivem longe da realidade" só porque estão num castelo dito "frio"?Cada vez mais este movimento confirma ser desprezível e ridículo.
As crianças têm de fantasiar enquanto for tempo pois faz parte do crescimento,depois passa e os gostos mudam naturalmente.
As feministas são um bando de invejosas,frustradas e mal-amadas,onde até coisas inocentes ofendem;como elas não são ouvidas,arranjaram uma maneira de atrair seguidores porque sabem que as crianças são facilmente influenciadas por qualquer tipo de ideologia.
Frida Kahlo é uma péssima referência para ser glorificada:ela foi uma pintora mexicana mas não representou nada de importante nem deixou nenhum legado feminista,é um ícone artístico.
O público infantil precisa de aprender a formular os seus próprios conceitos e a construir os seus juízos de valor através daquilo que rodeia.
O que essa editora está a fazer é muito perigoso,quase um atentado à infância.Os livros deviam ser destinados aos adolescentes porque nessa faixa etária é essencial abrir debates e já existe capacidade de compreensão suficiente.
Chamar "anti-princesas" é meio-caminho andado para atiçar ódio contra os contos de fadas da Disney;ainda bem que um pequeno movimento de histéricos radicais não vai conseguir,pelo contrário,só dá motivos para ficar mal-visto.Esqueceram-se de irem protestar despidas à Disneyland a reclamar do machismo.
Este artigo reflecte melhor o verdadeiro feminismo de mulheres que foram protagonistas de batalhas nas suas áreas...pena passar despercebido na maioria das vezes.
Quando se decidir traduzir e importar a colecção da Chirimbote,certamente isso vai levantar uma grande balbúrdia.
Por essa ordem,também não tarda nada vão dizer para deixar de acreditar no pai natal,ou seja,o movimento não pode impingir uma determinada visão em detrimento de um modelo predefinido,tudo vale e tem de ser explicado e apesar de serem personagens irreais,os únicos estereótipos das princesas são o facto de serem jovens,magras e belas.Os princípes têm desempenhado um papel passivo e pouco reconhecido...enfim,só mesmo o feminismo radical com os seus discursos baratos.
A moral não corresponde com o que se quer transmitir e a colecção de livros devia ser num formato académico.
Conclusão:a brigada anti-princesas vai denegrir os contos da Disney e os fãs um dia vão ressentir a falta dos velhos clássicos.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Manuais dispensáveis

No arranque do ano lectivo,a pressa em adquirir os manuais escolares é acentuada mas há duas disciplinas onde são totalmente dispensáveis.
Em educação visual e tecnológica,faz-se desenhos usando o material pedido nas aulas e elabora-se projectos mandados pelo professor.
Os testes não são por escrito:tem de haver capacidade suficiente para fazer o desenho sozinho a partir do enunciado e a avaliação baseia-se em todos os trabalhos constados dentro da pasta.
Em momento nenhum se utiliza o manual para se tirar dúvidas nem se precisa de caderno para os apontamentos (talvez ocasionalmente se precise de uma folha) porque a aprendizagem é através do modelo dado.
Na disciplina de educação física,o manual também é dispensável.
A teoria é o discurso do professor e as aulas são práticas,contando em peso a pontualidade,assiduidade,empenho e sobretudo a participação.
Quando não se gosta,geralmente por norma o professor dá nota baixa por se pensar que o aluno está-se a borrifar mas há quem compense por outros critérios.
É pouco frequente haver testes por escrito,a não ser que seja prova global ou alguma importante.
Costumam ser orais:o professor pergunta e o aluno responde.Por isso convém se estar preparado e atento,mesmo eles não referindo o manual.
Esta disciplina é a eleita dos arrogantes,conflituosos e competitivos,sendo desta forma que os docentes transmitem a reputação de física...enfim,tudo ao contrário ao invés de se preocupar com a integração e harmonia da turma,pois supostamente a filosofia principal era essa e não de exercícios como se fosse para um campeonato olímpico.
Nestes dois casos,os manuais deviam ser opcionais ou então,devia ser avisado logo no princípio para não se comprar:assim evitava-se gastar dinheiro e acumular tralhas desnecessárias!!!
Quanto à disciplina de moral,era recomendado alterar o nome para:"Moral e religião".Assim era mais abrangente e cativante.
Os alunos podiam aprender melhor sobre cada uma delas,senão,sempre vai continuar a haver mal-entendidos e tabus.
Não se trata de dar uma catequese mas sim de saber o essencial e da matéria incidir no objectivo.(obviamente com conteúdo actualizado)
Devia ser incluída nas conversas no ensino secundário durante os tempos livres e naquelas aulas estranhas.
Resumindo:a disciplina de educação visual (ou tecnológica) assenta na criatividade e inspiração;educação física é desporto escolar e no fundo o verdadeiro objectivo é ser extrovertido e activo para subir na avaliação,pois nunca se tocou em alimentação e bons hábitos.Como é assunto de ciências,não aparece nos manuais,por isso a lógica é não abrir discussão (um erro grave das editoras!) e moral devia estar relacionada com formação cívica.
Concluíndo:os manuais são mesmo dispensáveis,só vendem para ficar tudo completo na lista.
"O discurso é o rosto do espírito." Séneca

"A vida é uma simples sombra que passa (...);é uma história contada por um idiota,cheia de ruído e de furor e que nada significa." William Shakespeare
"O homem que não tem vida interior é escravo do que o cerca" Henri Amiel
"É bom escrever porque reúne as duas alegrias: falar sozinho e falar a uma multidão" Cesare Pavese .