Este tópico vai ser um balanço das pesquisas do ano.
Houve uma notícia que resumiu as dúvidas mais pesquisadas em 2023.
Como é tradição de encerramento,trata-se de uma compilação de dúvidas que circularam no ar,sendo uma constatação discutível pois os jornalistas mandam a retribuição dos assuntos preferenciais que decorreram durante o ano,portanto não há nada inventado.
Por detrás desta notícia simplista dissimula-se um rol de analfabetismo.
O mecanismo contabiliza a quantidade de entradas de dados mais acedidas para se levantar o relatório das dúvidas do ano e das celebridades destacadas:são informações obviamente previsíveis registadas pelos algoritmos.
É totalmente desnecessário a imprensa fazer uma retrospectiva anual dos temas:isso chama-se pesquisas rápidas daquilo que teve mais impacto no consumidor e não tem nenhum propósito específico,apenas por curiosidade do internauta para se aprender no momento ou então para gerar conversa com alguém...são buscas superficiais de pessoas ignorantes que acompanham tendências e depois acham que sabem muito!!!Captar informação em fontes que não são fiáveis,é sinal de inflexibilidade:com isso incentiva-se os internautas a dependerem de repetições em vez de verificarem os factos por coisas muito normais que sejam.Disponibilizar a rede de internet só para dispender o tempo online lendo sensacionalismos e vendo trivialidades,só revela o tamanho medíocre do cérebro dos utilizadores,pois estão a alimentar o motor de lixo!Desde quando os portugueses se interessam por conceitos tecnológicos?É de admirar.
Realmente usar o dispositivo para seguir os conteúdos já comentados nos meios de comunicação é demais:dantes ia-se pela televisão ou bastava passar pelas bancas de quiosques para se refrescar dos acontecimentos,actualmente caça-se no Google onde se tem menos credibilidade,uma grande piada!Eles aproveitam-se exactamente da baixa literacia digital para editarem uma lista das curiosidades de cada ano,pois os jornalistas detêm liberdade para tal...é uma forma de expôr o índice de cultura cibernética.
Por este atalho,já se nota o patamar de pensamento crítico reduzido e este cenário é gravíssimo:ao enaltecer as pesquisas do ano,comete-se a atrocidade de empobrecer o vocabulário,ficando com a linguagem comprometida.E depois o que emerge a contrastar como resposta?Vêm as formações do LEME para a educação dos media em linha,isto é,projectos para a literacia mediática,um programa implementado por várias organizações e entidades associadas ao governo destinado aos jovens e existe outro site chamado "ALPMJ" destinado aos cidadãos,cuja prioridade é semelhante com a finalidade de desenvolver o espírito criativo nas tecnologias de comunicação...são dois dos exemplos comuns.
A desinformação é o problema central deste século e o site só entrega as pesquisas anuais convenientes ao público,no entanto,a margem de erro é mínima.
É preciso admitir que a retrospecção não é lá agradável nem divertida.Ao ler em formato papel,adquire-se um grau de confiança mais alto em detrimento do digital:a diferença encontra-se explícita!!!
Arrasta mesmo o desafio de se investir em cursos sobre a questão da desinformação,concebido por jornalistas competentes ou por profissionais certificados e experientes na área de multimédia:são eles próprios que vão beneficiar e tirar vantagem quando era suposto ser o internauta a sair a ganhar com o consumo de informação e não ao contrário...também é incompreensível porque não é nenhum privilégio o leitor ter o direito de estar devidamente seguro ao consultar as notícias principais.Ir pela internet é desastroso!
No fundo as massas pedem a lista e a imprensa lança a retrospecção a gozar com a falta de literacia digital.Navegar em páginas com a veracidade comprovada,não é o forte dos internautas portugueses:o nível é de bradar aos céus!
Conclusão:a retrospecção das pesquisas é o autêntico escárnio de fim de ano,servindo para o gáudio da audiência.