Sharam Diniz |
O tema desta crónica é sobre um dos critérios de admissão dos concursos de beleza em Portugal:a nacionalidade.
Em qualquer concurso de beleza há muita batota e no que diz respeito a este país,ultrapassa o absurdo em termos de nacionalidades das modelos reconhecidas da imprensa.
Sempre que se ressalta alguém lusófono a fazer sucesso nas passarelles internacionais,essa pessoa geralmente tem dupla nacionalidade ou é naturalizada,como no caso recente da Daniela Hanganu.
Pessoas assim não representam este país,esse critério de admissão foi considerado no fundo para fazer número!E depois os media ainda têm a lata de dizer que elas não têm planos de continuarem por cá.É óbvio:essas modelos apenas obtiveram nacionalidade portuguesa ou passaporte.A angolana Sharam Diniz foi um exemplo disso.
Neste momento,a única portuguesa de gema a brilhar na moda é a Sara Sampaio mas ela vai fazer carreira em Nova Iorque e quando o contrato acabar,o público não se vai lembrar dela,nem tão pouco vai voltar para Portugal.As outras não nasceram em terras lusas,logo são referências do país de origem!!!
O propósito dos concursos de beleza,trata-se precisamente de revelar ao resto do mundo a imagem pessoal característica do país/nacionalidade a qual se pertence.Se assim fosse,todos os organizadores dos restantes países também iriam aceitar candidatas de dupla nacionalidade,e este é o único critério que não se verifica em mais lado nenhum.
A injustiça é um aspecto típico desta imposição machista e distorcida dos padrões reais de beleza onde só cai quem for pobre de espírito.
Isto é equivalente a uma chinesa ganhar o miss Portugal ou uma modelo alemã ser popular na Argentina:nascer num país e ir representar o outro porque viveu mais tempo,não conta,são emigrantes a participarem.
Os concursos de beleza são secos e sem graça.Acreditar nos seus parâmetros,contribui para uma falsa perspectiva.
Portanto,a nacionalidade certa e verdadeira,é o de país de nascença das modelos.