sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Fazer coisas sem sentido

Esta mensagem vai ser sobre a pergunta:por que fazemos coisas sem sentido?
Claramente é uma matéria de âmbito filosófica que parte de um pressuposto básico transversal a qualquer ser humano.
Tecendo uma dissertação,eis uma pergunta muito vaga e simultaneamente difícil de responder do qual provoca mais duas perguntas:fazer coisas sem sentido é válido? e se não tiver sentido significa que já está falido?
Quando algo não faz sentido,a pessoa sabe que está errada ou então sabe que está errada quando algo não faz sentido e aqui encontra-se a ambiguidade!É absolutamente normal nalguma fase de equilíbrio mental ou simplesmente para aprender a orientar.A coisa deixa de ter sentido quando perde a graça,servindo para superar crises ou pelo menos até o indivíduo se tornar responsável.
A razão pela qual fazemos coisas sem sentido é por estarmos alheios e distraídos e surge por não haver prática mas é comum,como é um reflexo involuntário,dá um sinal para nos ajustarmos às capacidades mecânicas!
Naturalmente que ao não ter sentido traz benefícios porque do nada acha-se a solução adequada e se obtém uma direcção exacta,através de categorizações.Ocorre devido às dissonâncias cognitivas,ou seja,depois do caos vem a ordem e esta pergunta tem o intuito de fazer um balanço em vez de ser considerada parva...embora seja chata,é profunda e carregada de teoria,excelente aliada para o contributo interior:uma coisa sem sentido é um comprimido contra o vazio!Reinicia-se o sistema de pensar,de ocupar ou ainda de enfrentar tristezas.Não é por acaso que surge esta pergunta curiosa.
Explicando do que se trata,a falta de sentido ajuda a construir o bom-senso,tão útil no quotidiano para formar juízos de valor senão as consequências são desastrosas na convivência:daqui provém a constatação de factos e sobretudo é de onde nasce a ética do qual o ser humano sujeita-se desde cedo...lembra para chegar a um consenso.
Fazer ou dizer coisas sem sentido é um treino para se atingir um sentido,do contrário não vai dar efeito nenhum,daí ser uma indagação infelizmente desprezada.Deveria ser destacada de modo a ter nexo nesta sociedade de psicologia imediata...teoricamente apregoa-se de ser censurável e que o indivíduo "morre" e esta afirmação também é muito perigosa porque impede alguém de estar num estado aleatório e de conhecer de verdade o próprio comportamento,manias e devaneios,portanto esse tipo de discurso passa distante do que se pretende disseminar:é uma camuflagem para criar apegos!Existe uma determinada altura num espaço de tempo onde se vai debater com coisas que não fazem sentido,modificando as falhas e só se consegue ao examinar hipóteses e a seguir tomando uma decisão.
Revela um traço de ignorância,isto é,não ter sentido é conveniente quando se está baralhado ou limitado:é um salto para desacelerar e libertar o inconsciente...sem isso,o indivíduo bloqueia.
Permitir condições para não ter sentido é essencial,logo chama-se margem de experiência pois não se pode andar constantemente sob controlo de circunstâncias:é totalmente impossível fazer plenamente sentido,seria estranho se acontecesse!!!
Fechando,fazer coisas sem sentido é um meio de coordenação.

"O discurso é o rosto do espírito." Séneca

"A vida é uma simples sombra que passa (...);é uma história contada por um idiota,cheia de ruído e de furor e que nada significa." William Shakespeare
"O homem que não tem vida interior é escravo do que o cerca" Henri Amiel
"É bom escrever porque reúne as duas alegrias: falar sozinho e falar a uma multidão" Cesare Pavese .