Saudações desalmadas!
Esta mensagem vai ser uma dissertação a propósito da pirataria e cibercrime.
Estes dois termos pelos vistos têm andado na ordem do dia e para complementar,surgiu um artigo do qual se discorda plenamente.
Para começar,o título não fica bem,é um grande paradoxo;segundo,ali não disse como é que detectaram esses grupos,ou seja,essas entidades consideraram ilegal aquilo que era suposto ser normal para um utilizador e por último,os sectores não têm culpa se são afectados e sim os piratas,o que pode pôr em causa a veracidade da notícia.
A definição de pirataria continua a ser cliché e o conceito deve ser actualizado e não distorcido...acumular conhecimento digital individualmente também tem de incluir o lado menos bom durante a aprendizagem para se ter uma noção básica de cibersegurança.Por exemplo,a pirataria traz benefícios,citando aqui uns excertos:"Jornais e revistas partilhados diariamente entre dezenas de milhares de pessoas,livros inteiros ao dispor através de meia dúzia de cliques,filmes e séries amplamente acessíveis a troco de nada (por vezes ainda antes da estreia oficial),milhares de canais disponíveis por poucos euros.A pirataria está longe de ser um crime sem vítimas." E "Um sem-fim de material perversamente colocado ao dispor de mais de 50 mil pessoas (...)."
Como é possível que o direito à informação (e ao entretenimento) sejam classificados de roubo?Tudo decorre nas plataformas e não é o equivalente nem grave para ser denunciado até chegar na imprensa...francamente,isto é demais!!!
A perspectiva dos vigilantes é falsa.Existem online actividades muito piores que costumam ser desvalorizadas mas não,foram logo mexer num assunto inofensivo!
A notícia sugere uma comparação nociva e descabida pois neste caso,trata-se de partilhas em larga escala praticamente impossíveis de serem controladas porque não se encontram ao alcance de ninguém.Se existem esse tipo de grupos,é de louvar:não só ganha vantagens como torna o consumo cultural gratuito e isto está longe de ser pirataria,pelo contrário,a intenção de Rui Moura é intimidar os consumidores acusando-os sob a forma de alertas!São desculpas esfarrapadas para meter as pessoas ignorantes,dado que "o saber não ocupa lugar".
Citando em seguida o artigo:"De resto,nem os artigos científicos escapam.Há inclusive um famoso site de pirataria nessa área que se orgulha disponibilizar quase 90 milhões de artigos científicos de todo o Mundo a custo zero."
Ainda há dúvidas?Ora quando é favorável para as pessoas,obviamente que a partilha pirateada compensa,ou então deve ser urgentemente criminalizada,se o conteúdo for suspeito ou ilegal...é uma questão de analisar previamente aquilo que está a ser publicado nos espaços.
Antes de entrar por aí,deve-se comprovar os factos e identificar a credibilidade em vez de generalizar:se os conteúdos reproduzidos estão dentro do aceitável,é escusado fazer alarido em torno deste problema e só no fim é que se deve emitir uma opinião mais solidificada.
Parece tão vago afirmar superficialmente que ler sem pagar é crime:se este fenómeno vai ocorrendo com frequência,é um sinal revelador do comportamento destes tempos,do qual as pessoas (sobretudo as que detêm autoridade) não estão preparadas para lidar...nem sempre é fácil abordar esta temática da pirataria devido às falta de experiência,porém é fundamental levar a sério.
Arriscar obter material legal de forma menos própria,facilita e no fundo a verdade custa a ser admitida:de que os piratas cibernéticos estão a prestar um serviço,auxiliando a comunidade e isto é uma forte condicionante (ou interpretado de afronta) para os media,distribuidores e produtores,daí o discurso politicamente correcto a este respeito.
Depois para variar,há os acordos no papel dos direitos de autor que têm pouco efeito na realidade...se o cibercrime for anti-ético, jamais deve ser alimentado!
Falar de cibercrime de ânimo leve é um erro crasso mas é importante porque vai influenciar as próximas décadas.
Há a hipótese de ser por divertimento ou provocação,basta investigar escrupulosamente quem são esses invasores.
Resumindo,a pirataria (dependendo do contexto) bizarramente é positiva.