quarta-feira, 28 de setembro de 2022

A definição de autoajuda

Esta mensagem vai ser uma dissertação a propósito da definição de autoajuda.
Numa breve constatação,não foi obtida matéria disponibilizada a incidir nesta temática,no entanto surgiu um artigo a despertar este tópico.
Explicitando acerca do que se trata,apesar de andar na ordem do dia,sujeita-se a conflito de definição.Fomentar este assunto está-se a tornar fundamental,contudo a abordagem deve ser delicada porque o desenvolvimento pessoal é uma área abrangente.
Ora para começar,discorda-se parcialmente por causa daquilo que eles sugerem:no texto está mencionado de que o psicólogo recomenda leituras,algo absolutamente abominável!!!
Um livro não substitui o papel interventivo de um terapeuta,nas mãos de uma pessoa sem bases é prejudicial,além disso é um paradoxo,a não ser que o paciente venha com problemas recorrentes,aí sim é benéfico ler livros de autoajuda.Nos romances sinceramente,investir nesta literatura para se motivar só podem estar a gozar:desde quando um género fictício retrata um relacionamento?Os romances são um escape onde a história contada é irreal e as personagens não têm defeitos,sendo uma grande loucura!
Desenvolvendo,o artigo é excelente sobre a aplicação da psicoterapia.
Aderir a livros de autoajuda à toa revela uma falta de noção generalizada onde é suposto guiar para o processo de cura.A autoajuda só tem valor quando a pessoa é inteligente a nível emocional e sabe usar a favor,do contrário serve para fabricar legiões de carrascos de ideias vazias e desprovidos de ética:os psicoterapeutas notam o aumento do desespero do público pela busca da felicidade e do bem-estar e depois aproveitam-se desse fenómeno para editarem livros psicoterapêuticos que não levam a lado nenhum e são sem dúvida a fachada deste século!!!Sem maturidade psicológica não se pode evoluir sozinho,a autoajuda deve ser feita de forma consciente e com acompanhamento profissional para dar o efeito desejado,pois associa-se à abertura de espírito.
A literatura de autoajuda é uma forte condicionante para as sessões terapêuticas...deve haver cautela e bom-senso antes de fazer tal afirmação!Aprende-se vivendo no meio de inúmeros desafios e não lançando sistematicamente livros para cada situação imediata:isso chama-se enfiar os leitores numa "bolha" fantasiosa do qual não vão conseguir lidar com as adversidades,e neste ponto há a hipótese de vir a provocar uma crise grave de saúde mental...deixa-se aqui o alerta de que os psicoterapeutas devem ter um truque oculto para atraírem pacientes aos consultórios e os de capacidade fraca caem nessa armadilha.
Portanto a lógica deles é tornar o conceito utilitário,daí ser discutível devido à desinformação:se fosse importante não iria vender,sendo um princípio tóxico!A autoajuda é clara e isso basta.
Os autores entram em concorrência e os leitores decidem se preferem seguir determinada linha terapêutica ou não e dentro da área o que tiver mais popularidade de vendas alcançam logo o estatuto de "coach especialista".
Por ser de teor pedagógico devia estar restrito apenas aos licenciados desta área mas infelizmente o mercado literário assim o permite.
A literatura de autoajuda além de ter uma pequena margem de erro,existe um risco acentuado de ser um terreno fértil para induzir na pessoa preconceitos técnicos...convém ser flexível.
O argumento dos psicoterapeutas é a de que esses livros guiam no percurso interior do indivíduo quando simplesmente as matérias encontram-se lá concentradas.
Em relação aos autores pouco credíveis e habilitados,não têm autoridade para ditarem conselhos:eles evidenciam pistas de sensacionalismo e de serem fontes duvidosas,aí o leitor tem de ser esperto e detectar a fraude dos discursos de autoajuda!
Os gurus de faz-de-conta fazem disparar a ignorância na psicoterapia e este pormenor não deve passar despercebido...os livros destinam-se entre os terapeutas profissionais porque só eles entendem aquilo que vem exposto,porém jamais devem ser um mero atalho para camuflar as experiências ocorridas,recordando que este tipo de literatura equivale a uma peça de roupa onde nem todos os leitores procuram ou precisam da mesma solução.
Nesta analogia,existem variantes da autoajuda levemente reconhecidas pelo público,ou seja,se não há contacto prévio com a ciência ou o "coaching",os gurus ganham vantagem em influenciar os alvos fáceis,transmitindo a falsa impressão de conforto.Já nos autores credenciados,o indivíduo ao absorver o conteúdo vai modificando o comportamento (possivelmente reproduzido e não científico) que alguém impingiu e atribuiu a classificação de autêntico:no fundo é uma questão de obediência massiva a uma posição de poder justamente por eles acharem que estão no direito,tirando o privilégio ao conhecimento de pessoas comuns.
Posto isto,a definição de autoajuda é subjectiva e não existe nenhum padrão universal estabelecido.Também não existe nenhuma escala de discernimento entre o aceitável e o reprovável na psicoterapia.A solidão,a volatilidade dos laços e as restantes barreiras dos tempos actuais impulsionam a esmagadora maioria da sociedade a serem fãs desta categoria de leituras:estas raízes são a alma do negócio que alimentam os "coachees",do qual é encarada de normal enquanto por trás cavam um abismo de humanidade!!!O caos e o medo pautam o êxito desta área de estudos.A percepção ainda é equivocada porque o conceito obviamente está no patamar primário onde gera estranheza.
Entretanto,o leitor deve ir filtrando o livro adequado ao perfil exigido sobretudo conforme a fase que atravessa.
Ao ressaltar a seriedade da literatura de autoajuda,frisa-se de que o objectivo é a satisfação plena,promovendo o equilíbrio,a harmonia e ajudando a descobrir o potencial.
Salienta-se que os profissionais têm de ser vigilantes com o que disseminam em vez de debitarem parvoíces!!!
No que concerne aos romances,a indicação dada é extremamente desfasada da realidade:comparar o incomparável não faz sentido e revela desonestidade e estupidez intelectual...a perspectiva deles é alheia e medíocre.
Resumindo,a cultura emergente da autoajuda veio para ser predominante nas próximas épocas e uniformizar o conceito é incompreensível.

"O discurso é o rosto do espírito." Séneca

"A vida é uma simples sombra que passa (...);é uma história contada por um idiota,cheia de ruído e de furor e que nada significa." William Shakespeare
"O homem que não tem vida interior é escravo do que o cerca" Henri Amiel
"É bom escrever porque reúne as duas alegrias: falar sozinho e falar a uma multidão" Cesare Pavese .