Saudações do Canto das Sombras!
Ultimamente tem sido ponderado lançar uma crónica sobre a definição de leitura e chegou agora finalmente a altura certa de abordar o tópico.
Ler costuma estar associado a livros,grandes obras literárias e autores reconhecidos,caso contrário,existem aqueles prontos a acusarem de não leitura.
A ideia impingida de que só devem ser livros para ser considerada leitura é errada (e grave),isso limita uma pessoa de saber mais.
Actualmente os livros são destinados a gente vazia que não estimula o pensamento e aos carrascos,ou seja,no fundo pouco ou nenhum valor tem tratando-se de histórias vendidas para a distracção e entretenimento de um nicho de compulsivos e fanáticos.Não têm teor moral,não revolucionam nem agitam a vida do leitor...um livro tornou-se meramente num produto rasca.
O público geral depende da leitura real para cultivar o intelecto e sobretudo ter o espírito crítico:jornais,revistas em edição papel/formato digital,sites de imprensa,notícias,blogues,fontes fiáveis de informação,visitar páginas web e plataformas oficiais de discussão tudo conta como leitura.
Ler é ler seja o que for até no smartphone.É preciso acabar urgente e definitivamente com o rótulo de leitura corriqueira,por ser efémera e deixar de criar este preconceito:traduz-se numa questão de receptividade à informação.
Ler é ouvir alguém através do ecrã o que o emissor está a comunicar e é a base da aprendizagem.
O receptor tem de ter a noção daquilo que filtra,uma leitura é uma mensagem disseminada,logo há que ter o cuidado de ler coisas importantes,de qualidade e concretas e não ajudar a alimentar a má-informação.Deve-se evitar absorver conteúdos abusivos,duvidosos e falsos e prestar muita atenção quando se navega na internet e ao que se capta...a construtividade além de melhorar o ambiente virtual,promove a curiosidade em ler e gera motivação pelo impacto positivo que causa.
Por exemplo,esta nova corrente de psicólogos aproveitam para editarem livros por preguiça de explicarem e aconselharem o paciente ou o grupo pessoalmente,alguns deles se distanciaram do objectivo profissional ao aparecerem para discursar publicamente,retirando totalmente a credibilidade à profissão da área da saúde mental:esse tipo de psicólogo ironicamente o próprio é que precisa de terapia por reduzir o papel de psicologia.
Um livro de auto-ajuda não deve ditar clichés muito menos ser uma marca pessoal!!!Alguém assim transmite uma péssima reputação pelo facto de não fazer parte do trabalho.
À semelhança do ambiente virtual,a pessoa deve seleccionar aquilo que é supérfluo e emite poluição verbal nas estantes das lojas do conteúdo que interessa.Por exemplo:porque é que jornalistas,famosos e alguém de uma posição privilegiada tem de escrever a merda de um livro?Aí está o problema.
Voltando ao tema,ler uma informação online dispende o mesmo tempo de um livro normal e ninguém pode negar.Enquanto o primeiro é eficaz,o segundo leva dias a ser concluído e requer paciência e capacidade do leitor.
Um artigo bem redigido enriquece o vocabulário do seguidor e inspira terceiros a escreverem sobre um determinado assunto,revelando também o grau de desenvolvimento cultural e educativo das pessoas.
Depois obviamente há sempre aqueles que não têm disponibilidade para ler devido à falta de tempo;é sempre recomendável reservar a ler generalidades durante um período livre por três motivos comuns:
- ler com regularidade fortalece a memória e os neurónios a longo prazo;
- ilumina a mente;
- passa-se a entender aquilo que rodeia,diferente da comunicação oral.
Isto não é uma doença contagiosa para se andar com desculpas esfarrapadas!Todos já têm habilitações suficientes para interpretarem textos,portanto deve-se esforçar para ler artigos úteis e formais...é só praticar e manter um hábito!
Ler não custa nada nem implica exactamente estar metido numa biblioteca ou livraria feito maluquinho a devorar livros:a percepção a este respeito ainda é ultrapassada e antiga que não corresponde com o conceito moderno de leitura,é hora da lógica ser redefinida.
Recordando o provérbio "o saber não ocupa lugar",salienta-se que jamais deve haver distinção entre um livro ou outro meio utilizado para acumular conhecimento literário!Tudo serve e se encontra relacionado e é fundamental na próxima escalada da evolução humana.
A leitura generalista contribui em peso na expansão da visão e dos horizontes.
Terminando a mensagem,resta afirmar que vai despontar a era da (re)definição do conceito de leitura.
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