Esta crónica é sobre uma aplicação chamada "Sarahah",uma espécie de pronto-a-elogiar sem restrições.
Há algum tempo,surgiu um artigo num site da imprensa a falar de uma app para Iphone bastante popular entre a camada adolescente.
A "Sarahah" permite enviar e receber mensagens anónimas como "forma de obter feedback honesto dos seus amigos e colegas de trabalho" ou simplesmente pedir opiniões pessoais fáceis sem medos nem constrangimentos.
A aplicação é para os fracos se iludirem:o anonimato é uma estupidez,mais vale ser cara-a-cara.
Isso não substitui a realidade porque a pessoa cria um perfil que pode ser partilhado nas redes sociais para os colegas encontrarem depressa e andarem a brincar ao faz-de-conta,ou seja,o utilizador não imagina que pode estar secretamente a trocar comentários com alguém conhecido...a ferramenta foi concebida justamente por causa da necessidade de aceitação;mais,como é possível saber a sinceridade atrás de um aparelho onde não se ouve o tom de voz em que é proferido a frase?A aplicação impele a uma certa dependência tecnológica.
A psicóloga não devia suavizar este problema e sim alertar o utilizador para perguntar pessoalmente a alguém do círculo próximo e que devido a esse tipo de aplicações se interage pouco oralmente;a comunicação não pode ser constantemente feita através de teclas por qualquer motivo banal.
Ela também é culpada e está-se a contradizer,revelando falta de profissionalismo ao ocultar as desvantagens e a passividade da app quando é suposto orientar!!!O psicólogo nesta situação desempenha um papel de peso:ao invés de se aliar devia ensiná-los a distinguir as coisas e não contribuir para a formatação em massa,daí esta geração ser "zombificada" e esquisita.
É pelos jovens estarem frequentemente conectados digitalmente que inventaram a "Sarahah".Eles têm de perceber que não vão ser exaltados procurando opiniões numa plataforma móvel duvidosa,os comentários instantâneos não têm graça e que é importante ser em carne e osso e não no anonimato a soar a inútil,além disso não dá para confirmar a credibilidade das mensagens num ambiente artificial e impessoal.
Por outro lado,é divertido e um bom passatempo para meter os utilizadores entretidos nas alturas livres a conversar com o ecrã de telemóvel e a ler o que ele transmite.(para aumentar ainda mais o isolamento social)
O artigo é discutível e no fundo é uma publicidade encapotada de modo com que as pessoas fiquem curiosas e comecem a aceder à aplicação,pois é um meio de divulgar um objectivo.
O utilizador da "Sarahah" não pode descobrir quem está à distância a enviar um feedback:tanto pode ser da mesma idade como alguém mais velho e aqui neste ponto é perigoso porque há a hipótese do perfil ser falso,por isso deve-se ter cuidado e aproveitar num sentido positivo.
A aplicação é um mau hábito para se exprimirem em relação à imagem,uma fotografia não significa nada e a ferramenta tem capacidade limitada.
Se o utilizador escolher não emitir nada vai acabar por ser entediante esperar por comentários contudo obviamente não há mal nenhum em experimentar com equilíbrio.
Portanto,a ideia veiculada da "Sarahah" está errada!!!
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