terça-feira, 19 de abril de 2016

Utopias

Este tema é sobre a perspectiva do futuro.
O paradigma actual da sociedade é fortemente marcado por grandes mudanças:libertinagem,falta de valores,vitimização,gente narcisista,apatia total,influências multiculturais/gastronómicas,crianças precoces,exibicionismo,materialismo,obesidade,precariedade,imigração em massa,velhos a darem má educação ou sem estrutura para exercer autoridade,conflitos religiosos,hipocrisia,crise política e o boom tecnológico.Os bons exemplos praticamente são escassos e a decadência moral impera em toda a parte,principalmente nos media.
Todos estes acontecimentos e modas vão se tornar históricos e importantes para as gerações do futuro terem uma noção daquilo que o mundo sofreu no passado.
Os historiadores dentro de cem anos vão falar desta época como sendo a mais revolucionária e talvez venha a aparecer nos livros de história,entretanto os estudos já devem estar a ser preparados.
Daqui a um século,os gurus e os oradores ao menos vão poder afirmar em retrospecção que em 2016 há maior consciência global e ética da exploração animal e dos danos ambientais...se houvesse a hipótese de viajar no tempo,os costumes actuais são o legado deixado para as próximas civilizações que vão habitar o planeta Terra,tal como a teoria de big bang e a evolução da humanidade.
Prevê-se que no futuro,as escolas vão considerar o ensino desta época retrógrada porque o acesso ao conhecimento vai ser expansivo e ilimitado,nada a comparar com o sistema onde o aluno não é favorecido nem formado para ser um cidadão democrático e livre e onde não se estimula a vontade de aprender,somente para a ambição e poder.
A tecnologia e a ciência vão dominar as vidas e as memórias podem vir a ser eternamente armazenadas.
Quanto ao nível de mentalidades,os filósofos irão logicamente falar de muita coisa deste novo patamar emergente,mais precisamente das pessoas a viverem dentro de uma "bolha".
Hoje são utopias mas o conformismo no fundo foi responsável pelo engaiolamento do pensamento e certas ideologias ainda prevalecem devido à ignorância.
Daqui a cem ou cento e cinquenta anos os historiadores e outros especialistas vão referir esta era da mesma maneira como actualmente se estuda Albert Einstein,Shakespear,Aristóteles,Platão,entre outros autores consagrados com a diferença de ser tudo digital.
Centra-se no conceito de felicidade,de bem-estar e as reinvenções são constantes.As velhas barreiras e os estereótipos lentamente vão sendo libertados para dar espaço às variedades...é realmente um ano épico.
No futuro,a exaltação da superficialidade vai ser visto como um erro reprovável,assim como por exemplo a visão em relação à repressão feminina das décadas passadas foi impensável e não se reproduz mais.
São previsões meramente utópicas,pois a maioria não se preocupa muito com o futuro a longo prazo da sociedade...os livros lançados pelas editoras não acrescentam nada,só servem para entreter,por isso as pessoas embrenham-se por ideias parvas,seguem inutilidades e depois culpam os autores pela merda vendida!E o ciclo vicioso não acaba.
São um meio de abstracção da realidade para carrascos.
Este século também revela a incapacidade de se produzir obras literárias decentes e duradouras...portanto,não vai haver referências concretas para recordar dos moldes de comportamento,apenas pelo geral.É simples:se as editoras permitem banalidades (e não controlam as toneladas de papel),qualquer otário vai acreditar ser um escritor ilustre quando na verdade é uma ilusão e a natureza sai a perder.
As gerações vindouras não vão encontrar inspiração porque não se desperta para a seriedade de um livro.
Em resumo,as utopias levam a reflectir os desequilíbrios impingidos,os maus investimentos,as conveniências a serem rompidas e as ditas normalidades a serem revistas.

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"O discurso é o rosto do espírito." Séneca

"A vida é uma simples sombra que passa (...);é uma história contada por um idiota,cheia de ruído e de furor e que nada significa." William Shakespeare
"O homem que não tem vida interior é escravo do que o cerca" Henri Amiel
"É bom escrever porque reúne as duas alegrias: falar sozinho e falar a uma multidão" Cesare Pavese .