O tema desta crónica vai-se tratar de um balanço sobre alguns detalhes de um relacionamento.
Actualmente constata-se de que os relacionamentos são à base de superficialidade.
Observando com atenção,todos os portais de relacionamento dão sugestões repetidas,machistas e vulgares nunca focando no essencial:os afectos.
É comum de vez em quando enfatizar-se por aí de que o ocorrido dentro de quatro paredes não se deve contar a ninguém mas paradoxalmente é aceitável andar a partilhar experiências pessoais na rede social?Não há diferenças entre desabafar com um amigo e desabafar para o mundo através de páginas adultas,pois também é uma forma de se expôr no palco do protagonismo,são gente a sofrer de uma tremenda necessidade de afirmação e acaba-se na mesma por saber tudo!
Passando agora à parte afectiva,há muitos assuntos que ainda não são abordados.
Ultimamente poucos têm noção do que é um romance.
A maioria acha que oferecer um peluche à parceira e sinal de ser sentimental e os ignorantes defendem a ideia.
Geralmente o brinquedo esconde outras intenções:tanto pode ser uma forma de perdoar as ausências como ter traído.
Nestes casos é frequente o sentimento ser passageiro e não significa que se lembra da pessoa amada,um dia termina-se a relação e lá vai o peluche para doação.
Outros oferecem por ser uma norma social e mais tarde a pessoa sente-se na obrigação de dar.
No fundo são casais que não querem ganhar maturidade e terem responsabilidades.
Elas costumam dizer que não têm idade para brincar e quando a pessoa especial oferece um brinquedo,ficam histéricas feitas meninas mimadas!E quando não houver dinheiro para oferecer presentes?O patamar supremo de harmonia entre o casal é demonstrar espiritualmente a dedicação no dia-a-dia e não através de recompensas materiais.
Gente carente são do piorio,pois um presente não substitui o afecto pela pessoa e além disso está no direito de rejeitar sem ter de ouvir um "devias levar um chifre,depois não te queixes de não existirem homens românticos",uma grave falta de respeito.
Primeiro precisa-se de aprender de que as coisas não funcionam assim por troca de objectos e homens convencidos e covardes jamais devem ser apoiados e sim guiados porque o raciocínio deles está mal!!!Um verdadeiro romântico do contrário,tem consciência de que a relação tem de estar acima e valer mais que qualquer futilidade;oferecer peluches é para os fracos.
Por outro lado,se os membros do casal não se completam,é óbvio que vão ter amigos do género oposto.São pessoas que não descobriram o verdadeiro sentido do amor,podendo mais tarde chegarem até a serem amantes de tanta confiança desenvolvida.Não é normal uma pessoa comprometida ter amizades com o género oposto enaltecendo em cada recanto,sobretudo se o casal for ciumento.
O último detalhe a escapar,são as dicas.
Todos os portais de relacionamento destinam-se ao público-alvo comprometido com casa própria ou independente e o resto não existe,ou seja,o princípio deixa visível o preconceito contra os solteiros:é como se não merecessem gostarem de alguém e não precisassem de estar informados,tornando praticamente num privilégio dos que têm parceiro.
Apenas três em doze desses seguidores se interessam pelos conselhos e matérias do site onde supostamente devia estar incluído publicações sobre comportamento afectivo.
Tudo isto é o reflexo de gente desnorteada com os relacionamentos,pois tudo se encontra envolvido num compromisso.
É justamente por se favorecer os casados que os leitores solteiros entram em desespero e em pleno 2016,não há motivos para estas classificações estúpidas e absurdas causadoras de problemas!
Os portais têm de referir todos os tópicos respectivos ao relacionamento porque os textos que se lêem por aí,são básicos e a idealização baralha as cabeças.
O prazer de um relacionamento é a reciprocidade e a mutualidade,não um estar aberto para fazer as vontades e o outro fechado para receber novas experiências,não é difícil entender.
Enquanto há casais a oferecerem presentes para provar o amor,muita gente sonha simplesmente em ter alguém para partilhar e somar a vida sem os típicos convencionalismos estabelecidos.
Num relacionamento existem barreiras a serem conciliadas e os sites não incidem no seu propósito real,transmitindo aos leitores a impressão dos dois temas (amor e s.) serem desfasados um do outro quando na verdade as dicas deviam estar englobadas,organizadas e servirem para todos os tipos de gente:conservadora,libertina,solteira,casada,a namorar e dependente de segundos,ocasionais,perversas,etc.
Era importante os autores repensarem em captar um público mais vasto,com conteúdo melhor e agradável.
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