sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Romancistas de rede social # 2


Após ter relatado aqui a primeira parte acerca dos romancistas de rede social,esta mensagem é uma continuação do tema.
Como se tem observado,a corrente de escritores românticos/eróticos masculinos tem vindo ultimamente a ser popular.
Apesar dos textos serem copiados de páginas brasileiras,há muito a ser revelado,principalmente ao deparar com uma abominação destas.
Na verdade,homens nunca foram românticos.
A escrita intimista vai-se destacando devido à influência das "50 sombras de Grey",pois agora de repente todos decidiram "sair do armário" e lembrar que o elemento feminino é gente!
Paradoxalmente,é só letra na internet a fim de ter o ego massageado e insuflado.
Ora o texto descreve um romântico perverso na cama.No passado não tão distante,este papel de satisfazer o parceiro era exclusivamente feminino,pois em caso de memória curta,o direito ao prazer da mulher foi sempre renegado e poucos homens foram ensinados a saber levar uma relação!Por isso,a dificuldade enfrentada é avassaladora.
A imaginação do autor remete para uma cena típica de BDSM e portanto,as palavras não têm absolutamente valor nenhum,são descartáveis.
Enquanto ele perdeu tempo a escrever essa pérola para delirar o público feminino,de certeza passou uma oportunidade de ter feito em alguém.
Se fosse escrito na versão feminina,talvez as reacções fossem diferentes,uma vez que muitos ainda não entendem que os afectos devem ser retribuídos.
Em vez de um texto erótico,o autor bem podia publicar um discurso a propósito de todo o mal causado às mulheres,fruto da ignorância e imaturidade dos homens em geral mas até nem nisso são sequer capazes de reconhecer ou então oculta-se,para alcançar uma boa reputação.
Dizer cara-a-cara e sentir corpo-a-corpo não foi ultrapassado.Desta forma para além de entreter,cai na vulgaridade por se expôr ao mundo.No domínio virtual,qualquer anormal vai aproveitar essa ideia para dar a volta às cabeças fracas.
Houve tipinhos que tanto rotularam o romance de piroso e gozaram,que a situação no entanto já se começa a inverter!
Enquanto um escritor erótico masculino transmite no fundo falsidade,ou seja,encarnam uma personagem,uma escritora erótica (de rede social) liberta desejos autênticos,transparentes e fantasias mesmo sujas a serem realizadas,representando o ser feminino.
Os mulherengos existem.Só mudam de estratégia para pescarem seguidores.
Resumindo:os homens não costumam ser obscenos neste aspecto.A literatura erótica proveniente de autores masculinos é pura ilusão.

domingo, 9 de agosto de 2015

O fardo dos tpc's

Saudações sombrias!
A crónica de hoje vai-se incidir na inutilidade dos tpc's.
Segundo este artigo,o orador defende com toda a razão,de que as crianças não devem fazer os trabalhos de casa.
De acordo com os pontos 1 e 4,os trabalhos de pouco ou nada servem para a aprendizagem.
Um tpc só vale se for do que já tenha sido dado nas aulas,caso contrário,é stressante e altamente desmotivante!Pior é quando todas as disciplinas se acumulam.
Da óptica do professor,é um meio de avaliar se o aluno tem capacidade de estudar ou se acompanha a matéria mas no fundo trata-se de uma perca de tempo para os dois lados quando era suposto fazer os exercícios na aula.Além disso,há os trabalhos individuais,de grupo/pares e principalmente a revisão para os testes,como se não contassem.
Os tpc's são uma parte importante da meta a cumprir.Eles mandam para deixarem registados na agenda quantos fizeram e não fizeram,por isso muitos começam a afirmar que são um autêntico fardo.
Há casos em que mandam como castigo pelo mau comportamento e no dia seguinte têm a lata de criticarem se estiver mal.
Já basta os horários sobrecarregados,depois há quem fique confinado no ATL,alguns ainda devem frequentar explicações/apoio fora da escola ou então praticam actividades extra-curriculares e por fim chegam a casa tarde,exaustos e já sobra pouca disponibilidade para estar em família ou paciência para os deveres.
Não são queixinhas habituais,é o tão apregoado ensino moderno onde no fundo só traz improdutividade.
Os tpc's no geral nunca acrescentam nada.A visão entre o professor e o aluno vai ser sempre divergente porque a esmagadora maioria continua a acreditar que são benéficos e no velho cliché de que funcionam como complemento.Em vez desse fardo,devia-se focar na interpretação de textos e na análise do que é pedido nos manuais e fichas,isso é que é a base da compreensão.
Também se devia estimular a ter curiosidade daquilo que se ensina,através de uma breve pesquisa para se ter uma noção mais abrangente da matéria que vai sendo consolidada.
Actualmente com tanto por onde saber e buscar soluções,os trabalhos para casa tornaram-se desnecessários.
Se os docentes estivessem dentro do assunto,iam concordar com a notícia acima e procurar inspirar.É uma questão de escolher passar o adequado ao nível do conhecimento  adquirido e mudar certas estratégias de leccionar.
Em conclusão,as notas são o reflexo dos professores e a pressão só favorece os mais aptos.O resto desenrasca.

sábado, 25 de julho de 2015

Sem Control(o)

Recentemente,circulou uma notícia em que a marca de preservativos "Control" esteve presente no festival de música Nos Alive a fazer marketing.
Pelo que se vê no vídeo,trata-se de um palco montado onde os participantes simulavam as posições em cima de uma bola de ginástica com pontuação.Quem desempenhasse mais em dez minutos,ia para a zona vip comer de borla.Até aqui nada de mal,não fosse o problema a equipa ter admitido adolescentes.
A experiência dos "bons momentos",gerou uma repercussão de críticas negativas e com razão,pois a estratégia foi sem noção.
Antes de desenvolver o tema,a marca transmite uma ideia puramente estigmatizante de que o s. está virado só para corpos jovens,atléticos e saudáveis,por causa da passadeira e do desafio.Ou seja,é uma forma de impôr um "script" do que é considerado desejável.
Passando agora ao que interessa,foi mesmo fora de contexto e também revela muita hipocrisia da parte dos mais velhos:se nem no salão erótico se fala do uso de protecção,por que raio uma organização tinha de escolher um festival de música?E se fosse uma praxe universitária já estavam todos a queixarem do degredo e humilhação em público mas como foi uma acção decorrida num evento,usou-se a desculpa de ser divertido e pedagógico (que de nada teve,apenas notoriedade).
Se nem no anúncio publicitário é permitido um casal simular cópula,(ah pois,há regras para serem divulgadas na televisão) porque neste caso é aceitável jovens fazerem fila como se fossem para um casting de filme porno?No mínimo,controverso.
O mais preocupante,é ter havido adultos com menores,nessa brincadeira a aproveitarem o dito momento da "Control":incentivar à pedofilia é crime e se estivessem bêbedos ou assediassem,a gentalha ia mudar de opinião e a marca ia levar má reputação.
Este espectáculo deprimente lembra um pouco as páginas machistas do FB,onde as fotos maioritariamente de menores com trajes curtos são expostas e os rebarbados,babam-se.
É precisamente pelo s. ser levado na brincadeira que foi banalizado e os valores morais reduzidos a cinzas.O lema refere-se a casais de longo relacionamento,de modo a não ficarem tensos nessa altura!!!
Por outro lado,os mais velhos não participaram porque não se sujeitam a figuras tristes,acham escandaloso mas depois dentro do quarto é só manias,estes é que são os típicos púdicos que se deviam calar com os discursos!(e aprender porque pouco sabem)
A experiência é um alerta de um comportamento repudiante a ganhar rumo na cultura ocidental que deve ser travado e ensinado os limites e o bom-senso.
Despidos ou não,a iniciativa da marca foi obviamente sem control(o).Assim que se atinge o objectivo,geralmente apaga-se cenas embaraçosas divulgadas sem autorização.(e até actualizações de estado com comentários do contra)
A visão da marca acerca do s. é muito distorcida:andam movimentos a romperem barreiras e padrões de beleza estúpidos e do nada esta empresa resolve contribuir com preconceito e colocar prazo de validade?!É por causa destas opressões que uns sofrem de baixa auto-estima e outros acham normal.Fazer aquilo engloba igualmente as camadas mais velhas!!!
A mediocridade reinante é realmente infinita neste país atrasado...seguir critérios e modelos definidos pelos meios de comunicação,vai trazer desgosto neste aspecto e o acto íntimo resume-se na cama.
O posto esteve no festival de música a promover preservativos e a imagem do corpo fitness jamais devia ser associado!!!
A marca perdeu o Control(o).

quinta-feira, 23 de julho de 2015

(des)Organização de ideias para blogue

Mortíssimas saudações!
O tema desta crónica vai ser focado nos métodos de organização de ideias para blogue.
Através de pesquisas,verifica-se que actualmente há um surto de dicas sobre como organizar o material escolar,de escritório e de planear estudos ao longo do ano lectivo,fenómeno impossível de ser encontrado até há meia-dúzia de anos.
Nesta categoria também se encaixa as outras todas do quotidiano:organizar malas de viagem,guarda-roupa,frigorífico,armários,gavetas,acessórios,quarto de crianças e calçados.Enfim,há dicas para tudo e para o nada.
Claro que são relevantes mas não se aplica a todos.O mesmo se sucede para gerir um blogue:subitamente muitos autores decidiram ter um caderno ou uma agenda bem elaborada a fim de se registar ideias.
Utiliza-se canetas coloridas,etiquetas,lembretes,faz-se esquemas,anota-se por tópicos,têm marcadores,post-its de várias formas coladas nas folhas,separadores,inspiração e detalhes.Ou seja,é algo absolutamente desnecessário e absurdo ser melhor que o próprio caderno das aulas!!!
Medindo os pontos negativos e positivos (indo por ordem):
1 - há ausência de rabiscos;
2 - é escusado marcar no calendário a data da publicação da mensagem e determinar horários específicos,pois isso pode já ficar agendado na plataforma e na rede social em modo automático;
3 - dispensar o lápis é um erro comum;
4 - prestando atenção,no geral o caderno só serve para as ideias surgidas,quando no fundo o essencial é a escrita e a evolução dos textos;
5 - autores desses têm pouca capacidade de selecção;
6 - o destino é sem dúvida a reciclagem.
Quando ao segundo:
1 - serve como um histórico de registo em papel.

Só pelo caderno estar bem apresentável e com letra muito bonita não significa que o blogue tenha bom conteúdo,antes pelo contrário,esses são pouco desenvolvidos!A lista feita incide mais nos cabeçalhos,layouts e funcionalidades com o objectivo de tornar a personalização agradável aos seguidores.
Uma publicação convém ter uma linha de pensamento coerente.
Ter um bloco e aproveitar folhas soltas à mão é o suficiente para criar rascunhos daquilo que se pretende editar no blogue.
Manter uma rotina não vale nada porque contrasta com a desorganização de ideias,passando somente por despejar as palavras-chave em mente.
Outra das técnicas para os aficcionados das tecnologias,é optar por anotar virtualmente em códigos.
Uma agenda organizadora,impecável e apelativa é uma ferramenta sem lógica nenhuma para uma mera actualização esporádica de imagem...daí ser estranho tanto rigor e fixação nas páginas pois não se trata de uma obra de arte.
No entanto já se chegou a estar disponibilizado em uns sites,folhas e calendários relacionados com o mencionado do princípio para impressão que é uma loucura!
Possuir um caderno caprichado (ou um dossiê) exclusivamente do blogue,revela um certo vazio e falta de dedicação nas mensagens.É suposto o autor moderar quando for aceder à plataforma,portanto,isso é uma perca de tempo (e desgastante).
Deixar ideias registadas do espaço pessoal é aborrecido e além disso,ninguém vai andar constantemente com aquilo na mala.
Em conclusão,o caderno na verdade é uma (des)organização desinteressante.Logo,as dicas não representam.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Castelos no ar

Saudações!
Esta crónica é a propósito de um alvoroço causado por um texto surgido recentemente numa página.
Após deparar com esta história partilhada,constata-se que nem tudo se deve levar à letra.
Para já,não existe nenhuma maneira de confirmar a veracidade da mensagem,além disso roça a machismo camuflado.
O autor conta que conheceu a mulher da vida dele num bar depois de se terem envolvido naquela noite.Nesta parte até pode ser verdade mas a hipótese disso acontecer é de um em um milhão,pois ninguém vai aos copos a pensar num relacionamento sério e sim numa relação ocasional.
O segundo detalhe,é ter falado pelo próprio em vez de ser pelo casal,o que dá uma leve impressão de ser egoísta e por último,de repente agora virou moda dizer por aí que as mulheres são boas na cama,sabem satisfazer o companheiro,são boas esposas e blá,blá,blá.
Obviamente que o intuito foi para ganhar aprovação virtual.
A descrição da figura feminina não tem nada de invulgar,aliás,invulgar é como retratou.É como se as restantes não tivessem a mesma capacidade de ser aquilo tudo descrito!
À partida,qualquer mulher que não seja púdica ou apagada de auto-estima possui essas facetas mas não é revelada precisamente porque corre o risco de ser rotulada,rejeitada,gozada,há falta de educação e sobretudo inveja das que não sabem dosear na medida certa...triste é incentivar com outro preconceito em cima através de um texto medíocre destes,reflexo nítido da mentalidade machista ainda predominante.
O dito cujo não se deve fazer sem vontade,senão sai mal,deixa inseguranças e muita frustração!
O mesmo se aplica em relação à imagem (na hora H):não se deve ousar criticar.
Do outro extremo oposto,encontra-se gente púdica a acreditar no velho cliché de que o compromisso muda,quando no fundo só completa.
Este tipo é que não merecia ser feliz nem tão pouco tem noção do que perde:esses são os culpados da falsa ideia transmitida aos mais jovens,depois levam com traições,discussões e sofrem de complexo (de inferioridade).Se antes não se estiver resolvida com o corpo e intimidade,nem vale a pena entrar em um relacionamento,só se construir um castelo no ar,porque não se trata de dois amigos independentes debaixo do mesmo tecto e sim de um casal!
A história do autor é comum mas as pessoas insistem em os casos serem descartáveis para se contar tudo ao grupo de amigos e andarem com o ego inflamado (ou até falar mal) por isso os momentos mais simples tornam-se escabrosos e um dia quando se quiser alguém para ficar ao lado,só vai haver remorsos porque está-se a desperdiçar uma oportunidade de conhecer alguém especial.
O s. não se alimenta de normas.Algumas vezes as dicas circuladas nos textos eróticos parecem uma forma de competição a ver quem é melhor de cama:repleta de pura estupidez!Cada um sabe como gosta.
O autor termina com uma frase absolutamente ignorante,praticamente também é um castelo no ar,pois os rótulos toldam a sociedade e a hipocrisia está presente e é o câncro deste século;a não ser que esteja a descobrir o mundo actual.
Conclusão:a mensagem é superficial e dá a entender que o s. só funciona depois de beber.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

"Blogazine"

O "Blogazine" é uma revista virtual em flash feito por bloggers e para bloggers.
O projecto está a dar os primeiros passos e é lançada mensalmente pela página do FB.
Daquilo que foi disponibilizado,trata-se de uma série de temas do quotidiano reunidos na revista e tal como se pode observar,praticamente não há novidades:tudo o que lá é exposto,tem grande popularidade na blogosfera.Daí ser aborrecido ler matérias constantemente repetidas.
A linguagem utilizada é pobre,o conteúdo é razoável e o sumário não tem título.(o leitor que adivinhe)
A secção das intimidades era desnecessária porque na internet há toneladas de informação a esse respeito,procura quem quiser.Ou então deve ser autêntico.
No caso das págs. 38 e 39,já não se acredita existir alguém assim tão ignorante a esse ponto...só podem estar a gozar!!!
Os três erros crassos são:haver páginas de texto,outras só de fotografias (algumas são de costas) e carradas de espaços vagos:nenhuma revista tem estes inconvenientes e demonstra falta de noção de encaixe.As redacções bem podiam ser divididas em colunas!
Numa revista,encontra-se tudo preenchido do princípio ao fim:títulos,subtítulos,expressões,descrições nas capas,data e sobretudo elementos apelativos.
O "Blogazine" pelo modo de escrita,dá a entender ser destinado ao público adolescente.Se fosse em formato papel,o alvo seria miúdos a partir da puberdade por estar meio confuso (e básico).
Uma vez sendo do interesse geral,convinha-se ter acrescentado conselhos morais em diversas ocasiões,dicas de auto-estima,abordar sobre informática/tecnologia,humor,animais e humanidade/sociedade.
Os artigos estão descontextualizados,desorganizados e discutir sobre filmes também não faz sentido nenhum:a linha editorial está muito mal elaborada...a equipa técnica é medíocre!!!
Por exemplo:a maternidade relaciona-se com o conceito de família (mãe,pai,filhos,avós,etc.) sem esquecer o crescimento,não bastando só falar de bebés.
E as dicas para o blogue enquadra-se na área de informática (software).
A revista transmite uma ideia de pressa em alcançar reconhecimento a nível nacional.É aquela sensação de ter deixado tudo à última hora,no dia anterior à publicação online.
Claro que escrever por divertimento não significa escrever como quer e apetece ou como se fala,bem pelo contrário,deve ser aprimorada e praticada!A obra parece ser proveniente de crianças da quarta classe.Se fosse um trabalho escolar,já levava uma negativa.
O projecto do "Blogazine" como já foi notado,não tem nada de diferente:é apenas uma afirmação entre os autores de blogues femininos.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Ser ou não ser?Eis a questão

O tema desta mensagem,vai ser sobre o conceito de maternidade.
Apesar dos tempos serem modernos,muitos continuam a desprezar gente sem filhos.O fenómeno é o reflexo nítido de que a aprendizagem parou na era pré-histórica.
Antes de desenvolver,quem arranja conflitos,estigmatiza e denigre o papel feminino,são as próprias mulheres!Tal como se sucedeu com a (re)definição dos padrões de beleza,onde a maioria defendia que só os corpos magros,caucasianos,altos são considerados saudáveis e mereciam ser mais bajulados.Quem não se encaixasse,corria o risco de ser rotulada de feia ou tinha baixa auto-estima porque lamentavelmente as que fogem do comum ainda são olhadas de lado e pouco destacadas nos meios de comunicação.
O mesmo aconteceu entre solteiros e comprometidos:houve quem dissesse que o compromisso mudava e amadurecia as pessoas.
Actualmente verifica-se exactamente o oposto - os comprometidos comportam-se de modo absolutamente imaturo,outros envolvem-se para preencher vazios,alcançar estatuto e há os ditos compromissos por convenção.
Portanto neste aspecto os solteiros saem a ganhar aos pontos,pois no geral são pessoas felizes e resolvidas.Um compromisso serve para quem sabe levar a vida a dois e não porque apetece.
Voltando agora ao tema,a maternidade não é diferente dos exemplos mencionados.
Parir e ser mãe não estão relacionados.Muitos pensam que uma mulher só se realiza e é plena depois de ter filhos,algo falso!Antigamente a figura feminina era oprimida pelo patriarcado e acreditava-se que só servia para procriar porque havia pouca instrução e tabu.Este pensamento primitivo prevaleceu durante décadas até contribuiu para entranhar um estereótipo.
Há inúmeras razões para se optar por filhos:uns satisfazem carências do passado,outros obedecem à vontade da família,há para o ego do casal,superar solidão,por capricho,cuidar na velhice e ainda para usufruir benefícios!É raro algum nascer por amor e que seja ensinado a viver em sociedade pois obviamente trazem más referências.
Quantas vezes quem optou por não ter filhos sabe tanto quanto um pai ou mãe mas nunca  é ouvido?Está a chegar uma época em que as opções precisam de ser urgentemente respeitadas em vez de se classificar de superior ou inferior.Este tipo de gente são as mesmas que queixam dos adolescentes,não dão regras em casa,bases sólidas,nunca explicam o certo e o errado,o bem e o mal,esperando a descendência se desenrascar sozinha.Possivelmente têm graves problemas de estrutura moral e emocional,desautorizam os professores por isso são os primeiros a atacarem os que não têm filhos.São dos permissivos e sobretudo parideiras egoístas.
É hora de romper barreiras e dos que não têm filhos começarem a serem levados a sério.Estes sabem guiar,compreendem melhor a situação e talvez um dia se sinta falta de haver um ombro amigo antes de ser tarde,em vez de se procurar uma porcaria de psicólogo:neles é escusado confiar,só baralham!!!
Por outro lado as mulheres parideiras (mãe/pai é profundo) que impedem as outras de falarem por não terem filhos,também devem ser as mesmas que são contra a adopção gay:crianças ironicamente concebidas e entregues às instituições por casais heteros!!!O preconceito é gigante e anda perigosamente camuflado.
Ser pai e mãe é assumir uma responsabilidade até ir à cova.Quem não o faz ou é desprovido de valores,na terceira idade vai sofrer as consequências cruéis de ser abandonado pelos filhos (ou alguém).
De longe,existem a espécie de pais a criticarem gratuitamente os filhos de terceiros mas a esses ninguém tem coragem de repreender...ah,pois é belo exemplo de  má-educação!Ser pai e mãe é para quem tem capacidade real,auto-conhecimento e equilíbrio de agirem como tal.O resto só cumpre a função de gerar.
Através do conceito de maternidade,descobre-se que a ignorância impera em muitas mentes!Trata-se tudo de ser ou não ser.
Termino com o provérbio:"em Terra de cegos,quem tem um olho é rei".

domingo, 14 de junho de 2015

Infância perdida

Saudações!
Nesta crónica,vai-se falar sobre a infância,uma fase curta no ser humano por algum motivo bastante desvalorizada.
Quando vem à tona um assunto de crianças,há sempre alguém atrasado a afirmar que nunca gostou da infância.Dizer tamanha alarvidade é incabível!
Antes de mais as décadas passadas favoreceram o crescimento saudável.
Primeiro,nos tempos modernos conseguir brincar normalmente e aproveitar ao máximo já é de louvar.As crianças mal entram na primária,levam com uma carga de responsabilidades em cima,metas estabelecidas,preocupações,sofrem de ansiedade,depois ficam frustradas e irrequietas porque a pressão colocada é totalmente desadequada à faixa etária delas;segundo,passam muitas horas fechadas na escola;terceiro,a natureza infantil aos poucos vai-se desaparecendo com tantas tarefas desnecessárias e amadurecimento precoce influenciado pela sociedade e último,estas gerações no futuro não terão moral a transmitir porque não viveram sendo possivelmente à semelhança dos pais.
Os que odiaram,mais tarde vivem através da descendência,passando uma suposta felicidade fazendo figuras tristes para se sentirem mais jovens...esse tipo de gente são do pior,são uma espécie comparável aos vampiros que sugam o sangue e a energia da vítima para serem eternamente joviais e imortais!!!
Toda esta vontade ridícula de ter infância (ou adolescência) um dia depois dos 30,ao contrário do que se pensa,revela ausência de experiência no percurso!Cada fase é única e não volta atrás e quem não sabe acompanhar à altura,também não aceita a velhice.
Quanto à matéria do artigo,é absolutamente estúpida:desde quando se deve prescrever drogas para crianças se concentrarem nos estudos?Os profissionais de educação cometem uma atrocidade colossal contra a infância pois o bom-senso diz que só se deve fazer em casos particulares ou de hiperactividade.É uma falta de respeito ignorar as necessidades básicas da idade!
Brincar não é só ir ao parque conviver.Existem outros meios como:brinquedos,jogos lúdicos e pedagógicos,desenhar,pintar,moldar,imaginar e sobretudo sujar as mãos.
Agora qual é o benefício de suprimir uma fase relevante na formação de uma pessoa?Não ter infância implica não ter memórias,lições e um espírito leve de encarar o dia-a-dia...perder os melhores anos de passagem é muito grave.Se não se for estimulado para a brincadeira,espera-se um adulto arrogante,mal-amado e geralmente amargurado.
Saber desfrutar da infância lamentavelmente é um privilégio de poucos.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Acerca dos pedidos de casamento em público

Tal como o título indica,nesta crónica vai-se abordar acerca dos pedidos de casamento em público.
Tem-se vindo a ser ponderado há bastante tempo,casais que optam por se declarar ao resto do mundo e finalmente chegou a altura de falar deste tema.
Não é novidade nenhuma de que os pedidos de casamento são ensaiados:um filma,outro canta/toca música,um dos amigos ajuda a organizar,outro serve de intermediário e o público a assistir à cerimónia como se fosse uma peça de teatro de rua.
Ora como é exposto na internet,trata-se apenas de uma mera demonstração exibicionista para ganhar aprovação na relação,uma vez que o amor nunca dependeu de gente desconhecida.
Quem pensa que todos aceitam os pedidos de casamento,engana-se,já existem vídeos dos que foram rejeitados e aqui a popularidade sobe em flecha.
Para já,há três partes:o rejeitado,o parceiro que o rejeitou e ainda as reacções do público a potenciarem esta merdice.
Em primeiro lugar,as pessoas vão escarnecer naturalmente daquele que rejeitou o pedido porque são testemunhas,estão lá a fazer número;em segundo,o rejeitado em vez de ser gozado vai receber apoio devido à ingenuidade dos que acreditam de se tratar de um acto romântico e por último,essa pessoa tem de aprender a sofrer as consequências da fama,pois a ideia surgiu do próprio!
Só alguém muito frustrado no amor,lida mal com um "não" e os outros que não respeitam a decisão,perdendo tempo e energia a rogarem pragas a alguém que infelizmente não pertence à família,vale sempre lembrar o provérbio:"quem com ferro fere,com ferro morre".A lei do retorno é real e os efeitos serão ressentidos.
A pessoa que rejeitou o pedido de casamento em público,também carrega um fardo pesado da sociedade por ainda condenar estas atitudes...enfim,a internet é o auto-de-fé na idade virtual;a humanidade está muito atrasada na evolução de valores morais.
As declarações em público são semelhantes às serenatas:o amado ia cantar com uma viola à porta da amada e este corria o risco de ser levado com um balde de água da janela.
O problema é de quem leva à letra os pedidos em vídeo.Depois começa-se a estoirar as indirectas e lamentações nas redes sociais,os ex aplaudem a tampa,aparecem um milhão de chamadas não atendidas,descobre-se egos feridos,cornos,sentimentos de culpa e obviamente aparecem os fofoqueiros para deitarem mais "lenha na fogueira",parasitas que se alimentam de situações pessoais.
Os pedidos de casamento em público são absolutamente ridículos e quem critica é mal-amado?Essa é boa.Por este andar ninguém mais vai conseguir distinguir discrição de exposição,daí a impressão de banalização!
O amor não existe nesses vídeos,isso é trabalho de parvalhões.Aquilo é apenas para passar uma boa imagem de homem (ou mulher) querido/a da família quando no fundo não são,ou seja,são palhaçadas para entretenimento de massas.
Uma relação envolve um casal,não o planeta Terra mas se é assim que se querem serem vistos,estão sujeitos a opiniões e a levarem com desconhecidos a filmarem.
É o fruto da falta de filtros e um dia na vida o casal vai ter vergonha.A marca vai permanecer online quer seja rejeitado,quer seja aceite.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Amores e dissabores

O tema desta crónica vai ser sobre as ideias erradamente impingidas do amor.
Como já se constatou pelas partilhas virtuais,quem escreve muito sobre romances,das duas uma:ou não sabe amar ou nunca amou a sério.
Infelizmente os que nunca viveram,inventam histórias,contos,textos,idealizam situações e constroem uma imagem absolutamente irreal.
O amor não é nenhum mar de rosas como tanto se pinta por aí.Não é cerebral e dispensa formalidades e artifícios literários.
É um sentimento puro,incontrolável,rebelde,flui intensamente por ser químico,não tem de ser explicado,não se alimenta de regras e acima de tudo não segue padrões!!!
Falta ser ensinado e reposto no ser humano,e a sua face escondida já era tempo de deixar de ser desprezada e de ser chamada de drama:a dor.
O desgosto também é um sentimento que faz parte e quem já sofreu demonstra grande capacidade de amar e significa que viu alguém com os olhos do coração e não foi valorizado!Por isso requer respeito e educação.
Há gente que não foi educada para os afectos e o resultado é não aceitar os obstáculos no caminho,banalizando e transformando em robôs telecomandados da sociedade.
O compromisso por conveniência não pode ser confundido com felicidade:este tipo de pessoas são formatadas para conhecer alguém através de amizades em comum e como consequência não tiveram desafios,andam com discursos morais baratos,não arriscaram e se basearam na simplicidade do destino.Enfim,são ovelhas do rebanho.
E aqui pergunta-se:qual é a graça de trocar uma loucura genuína por uma relação monótona que encaixe nos critérios certinhos da família (ou do próprio)?Qual é a graça de um "amor" de longa duração sem nada de emocionante,invulgar para contar ou lembrar um dia?Qual é a graça de ficar sempre na zona de conforto que é impossível de compreender?
Qualquer um com discernimento sabe que o amor não se procura,encontra-se,acontece,é uma conquista mas ironicamente é um privilégio traçado para poucos porque o resto apenas se limita a esta convenção estúpida.
É previsível daqui a umas centenas de anos ninguém reconhecer o afecto,talvez não exista mais legado romântico igual ao de Romeu e Julieta,estando condenado a se extinguir caso não haja continuação.
No meio de valores alienados,se todos forem comprometer por norma estabelecida,lamentavelmente vai-se perder a noção dos dissabores e da essência do amor...está-se a atingir um patamar bastante preocupante e escabroso,portanto é escusado imaginar o que as gerações do futuro irão pensar desta época degradante.
O romance escreve-se nas páginas do dia-a-dia,nas linhas da realidade e com uma dose cavalar de autenticidade.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Sol negro

Sol negro dos mil mundos,
Que trazeis dissabores tão profundos
Encobertos num fulgor desencantado
Ilumina este sublime espanto.
Aurora divina da eternidade,
Despertai os raios mágicos nocturnos
Adormecidos no sepulcro intemporal.
Luz sombria misteriosa
Sois a vida neste reino tenebroso
Onde todos desconhecem o que é ser generoso.
Sol negro,estrela confortante
Erguei a espada dilacerante
E terminai todo o pranto angustiante,solidificado e transformado em cinzas.
Penetrai com a tua prece intrépida os corações negros já enterrados
E regai os cemitérios com a tua tempestade abundante.
Sol negro,fatalidade dos mil mundos
Guiai anjos sem rumos na Terra da solitude
Através da tua esplêndida negritude
Onde os espíritos mais nobres repousam.
Derramai gotas serenas nas campas esquecidas,
Paraísos abandonados e bosques secretos.
A noite é o refúgio perfeito dos inocentes
Onde esvoaçam no ar zumbidos e temores
Disfarçados no peso do silêncio mórbido.
Sol negro fascinante
Brilhai sobre as trevas enfeitiçadas
E purificai os jazigos das flores góticas sangrentas.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Queixinhas inúteis

O tema desta crónica vai ser sobre as queixinhas comuns dos professores quando os alunos não fazem consecutivamente os trabalhos de casa.
Desde o passado é costume os professores mandarem avisos para os pais sempre que as crianças não fazem o que lhes foi solicitado.A diferença é estar actualmente mais acentuada porque se publica nas redes sociais o que outrora ninguém ousava discutir por se pensar ser normal.
Ora bem antes de começar,os pais têm todo o direito de criticar as queixinhas inúteis dos professores só pelos filhos não fazerem os tpc's;nenhum indíviduo à face da Terra nasce ensinado.
Passando agora para o tema,no fundo o encarregado tem razão em refilar pois são desnecessárias por vários motivos:em primeiro lugar,é injusto queixar só de um aluno de turma quando há outros que também se esbaldam;segundo,cada um sabe da sua avaliação;terceiro,os professores não são deuses a serem adorados até ao final do ano e por último,em situações ou em casos onde realmente se convém queixar aos pais,simplesmente ignoram!!!
Os queixinhas dão pano para mangas...queixar do básico e corriqueiro chateia mesmo qualquer santo.Era suposto fazer quando se verifica graves dificuldades de aprendizagem e mau comportamento mas infelizmente eles não se sujeitam a esse trabalho próprio da profissão por isso os encarregados perdem a paciência (e a confiança na escola).
Já basta as crianças levarem uma carga de disciplinas em cima,chegar a casa de noite,não terem tempo de brincar,terem de se despachar a fazerem os deveres e quando se preparam para o dia seguinte,já é muito tarde.
Os professores queixinhas levam nas trombas porque por vezes merecem!Se os pais tiverem esta coragem,talvez eles comecem a tomar consciência em vez de se vitimizarem e meterem a função onde não é chamada.
Obviamente que responder por escrito é uma forma errada e revela total despreocupação com o percurso da criança:este problema resolve-se pessoalmente e não através de meios intermédios.É uma grande falta de respeito!!!
Depois ainda há a questão da libertinagem,imperada nos dias de hoje e os pais vão ser rotulados de maus exemplos...trata-se da reputação a transmitir,portanto neste aspecto é compreensível as acusações feitas (devido às más interpretações).
Os pais que se importam com a educação jamais se comunicam por escrito,a não ser que o professor/director de turma não tenha disponibilidade para se encontrar ou pela incompatibilidade de horários.Logo,têm uma parte da culpa no cartório.
Em suma,os professores queixinhas não cumprem o seu papel mas esperam criar "máquinas" de estudos.

domingo, 24 de maio de 2015

O papel da televisão

Mortíssimas saudações!
O tema desta mensagem vai ser focado no papel que a televisão tem vindo a desempenhar.
Nos últimos anos,a televisão tem perdido o seu poder.Nesta crónica com um título bastante "emocionante",pode-se constatar o retrato dos media.
A televisão já não dá novidades:limitou-se a transmitir programas degradantes,barraqueirismos,músicas duvidosas,notícias sensacionalistas sobre desgraças,comportamentos negativos e grande parte do tempo é dedicado aos discursos políticos.
Quanto aos canais internacionais,também pouco se aproveitam,pois muitos conteúdos são banais.É só fazer um zapping para notar que os filmes por exemplo,são todos uns iguais aos outros e não existe valores construtivos presentes.Tudo é à base de modelos já pré-concebidos.
A televisão atingiu um ponto de saturação:nem para ruído de fundo serve e foi substituído pelas redes sociais.
Há quem diga que quanto mais lixo visual o público consome,mais as entidades reguladoras emitem e por outro lado,demonstra em parte o reflexo dos países.A liberdade de imprensa é um factor destacado e determinante nas influências dos telespectadores.
Encontrar um entretenimento de qualidade tornou-se num  grande desafio,pois a televisão deixou de produzir programas originais dando espaço ao interesse da maioria.
Da lógica dos media,exibir algo relevante como cultura geral ou princípios morais,não iria compensar as audiências,por isso o básico sai a triunfar.
Por conseguinte,a televisão precisa de ser reinventada e voltar a ter o papel activo de agregador de massas,mesmo tendo a concorrência das plataformas.

sábado, 16 de maio de 2015

"Maria Capaz"

O "Maria Capaz" é um site de discussão sobre a condição feminina.É ligado à imprensa e a finalidade é infinita:recebe qualquer tipo de texto,desabafo,publicidade,etc das leitoras por se tratar de ser feminista.
O mais absurdo de tudo,é haver um espaço para Maria gays num sítio onde se apregoa o feminismo...o problema deles é outro e não está relacionado!
A maioria do público são de meia-idade com filhos e vidas estáveis,dando a impressão de serem um bando de desocupadas.
O site remete ironicamente para a revista "Maria" em versão interactiva dos tempos modernos,onde se partilha relatos e estados de alma online.
É muito útil no sentido de conhecer alguns pensamentos estúpidos como este,vindos à tona e outras parvinhas a trocarem palavras na página do FB,em vez de ficarem atentas ao que têm em casa ou simplesmente contribuir para um mundo melhor!Geralmente as feministas partem para exemplos pessoais quando se escasseiam os argumentos,logo o "Maria Capaz" de tudo se torna numa Maria Capaz de fofocas.
Enviar algo barato para o site,perder horas a ler comentários respondendo caso seja necessário,é um modo de se afirmar.
Isto faz lembrar um pouco quando dantes se assemelhava à imprensa cor-de-rosa:na secção dedicada aos leitores,havia o consultório sentimental onde se expunha dúvidas respondidas por um psicólogo e a correspondência seguia por correio,com a diferença que tinham de ter a sorte de serem seleccionadas pela redacção.Só não se podia ver a reacção do público porque era restrito,ao contrário de agora que todos têm acesso às plataformas de comunicação,bastando apenas mandar um email.
São as ditas "tias" a "encherem chouriços" em vez de acrescentarem informações relevantes,moralizar ou irem dando sugestões.
Por outro lado,as feministas defendem aquilo que convém,favorecem pouco o público masculino,armam-se em porta-vozes e não mexem em vários assuntos.
O feminismo também não tem nada de estar relacionado com nenhum famoso nem com os me(r)dia:era suposto ser uma organização feita de público feminino anónimo!!!
O "Maria Capaz" no fundo é um site pobre.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Os cromos dos anos 80

O relato desta crónica não vai ser sobre os ídolos nem das modas dos tão aclamados anos 80 mas sim sobre a geração.
Quem cresceu na década de 90,fartou-se de ouvir falar muito por aí dos anos 80, onde a televisão emitia programas juvenis cheios de conteúdo,a indústria do entretenimento tinha excelentes exemplos e lições a retirar e se formou cidadãos de valor,algo que na época seguinte já tinha acabado.
É como se transmitisse a ideia de que só se bebia cerveja e se dançasse o rock and roll...a glorificação e o fascínio pelos anos 80 sempre deu uma raiva visceral!
Antes de começar a desenvolver,essa não foi a última geração a brincar na rua.Tal deixou-se de verificar a partir do novo milénio!!!
Essa mesma geração actualmente na casa dos 30 e 40 que tanto insiste em "hastear a bandeira" dos bons costumes,ironicamente não sabe distinguir educação de pudor e portanto,baralham os conceitos.
A maioria deles nem se lembra de nos seus tempos as coisas se passarem às escondidas,de não serem reveladas e os assuntos íntimos eram pouco discutidos devido ao conservadorismo.
Não despertaram consciências por imposições erradas, não lutaram contra padrões e estereótipos e como consequência resultou em pessoas inseguras com a imagem,de filosofias ultrapassadas,acham normal o que não devia ser e são seguidoras de clichés.São as mesmas que são amiguinhos dos filhos (ou docentes permissivos) e disseminam hipocrisia e falso-moralismo às toneladas!!!
Os abomináveis anos 80 em Portugal,só fabricaram cromos;a geração dos 90 não apanhou nada dessas maluqueiras porque foi de transição e também a sociedade vai levar décadas a adquirir novas visões,pelo menos enquanto se acreditar que as pessoas se educam sozinhas.
Os jovens vividos nessas décadas tornaram-se em adultos absolutamente ignorantes por terem sido incapazes de se libertarem de velhas convenções.
É claro que a vaga dos 70/80 foram épicos,principalmente os 80,pois marcaram o pós-revolução de Abril e simbolizou o início da democracia.
O foco dos "cromos" eram obviamente a televisão e as revistas,dois motores de controlo cerebral em massa da altura.
Simplesmente,poucos se apercebem que antigamente havia tabu e preconceito para expôr assuntos maduros.As informações relevantes eram ocultadas dos menores e agora alguns têm dificuldades em se adaptarem,sofrem e outros invejam esta abertura,hahahaha!!!
Os cromos dos anos 80 foram moldados à base do politicamente correcto e criados para serem perfeitos,por isso não são felizes.
"O discurso é o rosto do espírito." Séneca

"A vida é uma simples sombra que passa (...);é uma história contada por um idiota,cheia de ruído e de furor e que nada significa." William Shakespeare
"O homem que não tem vida interior é escravo do que o cerca" Henri Amiel
"É bom escrever porque reúne as duas alegrias: falar sozinho e falar a uma multidão" Cesare Pavese .