Saudações assombradas!
O tópico desta crónica é sobre um desafio que correu na internet.
Há uns dias,surgiu uma notícia de que as forças de segurança aderiram à onda do mannequin challenge,que consiste em cada elemento do grupo paralisar por uns minutos na tarefa que estava a fazer enquanto um deles filma,como se tivesse carregado no botão "stop" do comando ao vivo.
Ora passa-se que é um enorme contra-senso com o trabalho desempenhado lançarem um vídeo de uma brincadeira puramente exibicionista,por isso algumas pessoas não levam as autoridades a sério!
O papel da PSP (e da Marinha) não é entreter o público através da página.Se isto ocorresse antigamente na era pré-digital onde as redes sociais não tinham destaque passando na televisão e eles se divertissem durante o trabalho,o grupo já estava lixado:iriam receber uma carrada de críticas,aparecer processos e correriam o risco de serem suspensos.Uma coisa é ficar só entre eles,outra é a exposição.
Estas formas de distracção são muito graves e um dia mais tarde vai acabar mal para a própria polícia e responder às consequências...a função deles é fazer apelos,publicar conteúdo relevante como fotos explicativas tiradas em diversas situações,imagens impactantes,vídeos educativos/informativos que o membro tem de saber e actividades onde a PSP se envolve.
Qual é o sentido de se expôr fotos na página a sorrirem como se tivessem muito tempo livre ou de emitir de vez em quando algo engraçado?Quer dizer,eles estão a ser completamente anti-éticos e a arruinarem a dignidade da farda porque a missão da polícia não é gerar boa disposição!!!
A confiança que a PSP quer passar aos cidadãos é errada ao quebrar a imagem de polícia convencional,trazendo aproximação com o utilizador,é um desrespeito.
Naqueles minutos desperdiçados à toa,dava para adiantar muita coisa.
Porém estas brincadeiras chamadas actualmente de "abertura" podem ser no fundo uma mera adaptação das forças de segurança ao contexto virtual,ou seja,os agentes podem estar a testar o comportamento e as reacções dos seguidores ao contrário do que se pensa.
O facebook é uma ferramenta de comunicação.Quem sabe se não é uma estratégia secreta onde podem estar a gravar o endereço de IP dos membros e acederem aos seus dados pessoais e histórico de navegação?É apenas um método de apanhar uma pessoa.
Isto dos polícias entrarem em brincadeiras virais e mostrarem que são modernos,é suspeito.O utilizador tem de ter a consciência de filtrar e colocar um limite porque um agente é diferente de um amigo bem-disposto,por mais que se diga que são pessoas iguais a todos nós e venha discursos humanistas.Eles podem ter a permissão de vigiarem alguém online em tempo real,instalando um programa de espionagem remota no pc de trabalho caso seja necessário agir,dado que têm esse poder.
Se não for esta a hipótese,então é lamentável...eles não ganham para copiarem piadas e sim para prezarem o bem-estar dos cidadãos,produzindo publicações originais relacionadas com a PSP.O facebook é uma lixeira com muita poluição acumulada,mais lixo visual é escusado,a polícia ao menos podia poupar.(ou talvez nem conheça o ambiente)
Do lado oposto da moeda,um dia algum "colega" pode descobrir o vídeo e usar para manchar o nome da Marinha ou da polícia se houver um problema:ah pois é,não é brincadeira nenhuma,as leis têm de ser coerentes e começar justamente por eles na prática.
Eles também estão a transmitir a ideia de falta de percepção daquilo que é considerado os seus deveres e portanto estão longe de convencer!
Os polícias não têm nada de serem humoristas...isso descredibiliza a profissão por si já mal-vista.
Eles deviam ser sorridentes quando vão às escolas fazer acções de sensibilização às crianças ou quando estão com pessoas de terceira idade,aí concordava-se com a boa-disposição mas só o são quando dá jeito e visibilidade.
O mesmo na página da Marinha:eles deviam divulgar eventos e tratar de assuntos e actividades relacionadas com o ramo.
Resumindo,as autoridades deviam manter o desafio (e as brincadeiras) entre a equipa porque ao exibir ao resto do mundo,assume um tom de irresponsabilidade e parvoíce.
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