Recentemente,circulou uma notícia em que a marca de preservativos "Control" esteve presente no festival de música Nos Alive a fazer marketing.
Pelo que se vê no vídeo,trata-se de um palco montado onde os participantes simulavam as posições em cima de uma bola de ginástica com pontuação.Quem desempenhasse mais em dez minutos,ia para a zona vip comer de borla.Até aqui nada de mal,não fosse o problema a equipa ter admitido adolescentes.
A experiência dos "bons momentos",gerou uma repercussão de críticas negativas e com razão,pois a estratégia foi sem noção.
Antes de desenvolver o tema,a marca transmite uma ideia puramente estigmatizante de que o s. está virado só para corpos jovens,atléticos e saudáveis,por causa da passadeira e do desafio.Ou seja,é uma forma de impôr um "script" do que é considerado desejável.
Passando agora ao que interessa,foi mesmo fora de contexto e também revela muita hipocrisia da parte dos mais velhos:se nem no salão erótico se fala do uso de protecção,por que raio uma organização tinha de escolher um festival de música?E se fosse uma praxe universitária já estavam todos a queixarem do degredo e humilhação em público mas como foi uma acção decorrida num evento,usou-se a desculpa de ser divertido e pedagógico (que de nada teve,apenas notoriedade).
Se nem no anúncio publicitário é permitido um casal simular cópula,(ah pois,há regras para serem divulgadas na televisão) porque neste caso é aceitável jovens fazerem fila como se fossem para um casting de filme porno?No mínimo,controverso.
O mais preocupante,é ter havido adultos com menores,nessa brincadeira a aproveitarem o dito momento da "Control":incentivar à pedofilia é crime e se estivessem bêbedos ou assediassem,a gentalha ia mudar de opinião e a marca ia levar má reputação.
Este espectáculo deprimente lembra um pouco as páginas machistas do FB,onde as fotos maioritariamente de menores com trajes curtos são expostas e os rebarbados,babam-se.
É precisamente pelo s. ser levado na brincadeira que foi banalizado e os valores morais reduzidos a cinzas.O lema refere-se a casais de longo relacionamento,de modo a não ficarem tensos nessa altura!!!
Por outro lado,os mais velhos não participaram porque não se sujeitam a figuras tristes,acham escandaloso mas depois dentro do quarto é só manias,estes é que são os típicos púdicos que se deviam calar com os discursos!(e aprender porque pouco sabem)
A experiência é um alerta de um comportamento repudiante a ganhar rumo na cultura ocidental que deve ser travado e ensinado os limites e o bom-senso.
Despidos ou não,a iniciativa da marca foi obviamente sem control(o).Assim que se atinge o objectivo,geralmente apaga-se cenas embaraçosas divulgadas sem autorização.(e até actualizações de estado com comentários do contra)
A visão da marca acerca do s. é muito distorcida:andam movimentos a romperem barreiras e padrões de beleza estúpidos e do nada esta empresa resolve contribuir com preconceito e colocar prazo de validade?!É por causa destas opressões que uns sofrem de baixa auto-estima e outros acham normal.Fazer aquilo engloba igualmente as camadas mais velhas!!!
A mediocridade reinante é realmente infinita neste país atrasado...seguir critérios e modelos definidos pelos meios de comunicação,vai trazer desgosto neste aspecto e o acto íntimo resume-se na cama.
O posto esteve no festival de música a promover preservativos e a imagem do corpo fitness jamais devia ser associado!!!
A marca perdeu o Control(o).