Nesta publicação,vai-se dissertar acerca de um tipo específico de professor/a pouco comum de se encontrar nas escolas.
Há uns anos,lançou-se uma mensagem semelhante onde foi descrito os 9 tipos de professores mas entre todos,o segundo dá para tecer uma longa tese.
Um docente receptivo aos alunos não se apanha por aí.Geralmente é alguém contratado cuja maneira de dar as aulas é menos monótona e formal:é leve e diversificada que capta a turma e que consigam ter positiva à disciplina.
Cativa os alunos pela imagem,isto é,pode ter atributos que sobressaem e são joviais.
Esse tipo de professor,é aquele com perfil de amigo mais velho no entanto não é como parece.
Quando há um/a professor/a acessível aos alunos,os jovens sentem-se à vontade para falarem e desabafarem por vezes fora das aulas,porém eles são mais chegados ao grupo de alunos sociáveis,aqueles que costumam contar tudo até problemas pessoais,procurando sempre alvos fáceis de convencer para ganhar aprovação e tirar uma certa vantagem que com os restantes não é possível,ou seja,eles ficam intimidados de criar vínculos andando com discursos hipócritas (falsos-moralistas) para encobrirem a falta de empatia...o intuito é insuflarem o ego:eles aproveitam-se da imagem para ter poder junto dos que não têm uma estrutura moral.
Os alunos que fazem amizade na escola com eles não são confiantes,são jovens perdidos entre eles,sem referências e frequentemente pedem conselhos para se orientarem,principalmente no campo sentimental:o/a professor/a envolve com esses alunos preferidos,reproduz clichés e o parvo do aluno acredita mesmo se dizer coisas erradas por não saber distinguir o duplo papel.
A maioria dos professores não têm sensibilidade nem experiência e depois acham que têm autoridade suficiente para falarem de coisas que nem compreendem e andam a moralizar alunos que talvez não mereçam ouvir nada daquilo...a adolescência já é uma fase complicada de lidar,um amiguinho desses vem agravar a situação que só esperam ouvir de alunos mimados e desprovidos de valores,elogios como:"obrigado o/a professor/a é muito fixe","quem me dera ter um amigo assim para confiar","gosto muito do/a professor/a é bom/boa para conversar",etc.São de carácter narcisista.
Além de apresentarem uma conduta anti-ética,eles estão a causar discórdia na turma pois estão a ser injustos com os alunos.É uma forma de provocação!!!Se fosse verdade,nunca iria acabar por classificar os alunos de melhores e piores (em termos de participação/convivência).
Esse tipo de professor/a amiguinho/a com quem se pode ser afável igual a um psicólogo,não são inclusivos,pelo contrário,são cruéis e péssimos modelos a serem seguidos porque simplesmente não faz sentido serem assim com alunos normais,a não ser que seja numa turma problemática,aí é diferente e deve ser selectivo/a.
Eles arranjam um pretexto ou caçam defeitos como desculpa esfarrapada quando se sentem ameaçados ou um aluno não lhes agrada,rejeitando ou culpando de algo que aconteceu...no fundo um docente com esse perfil,odeia ser criticado e discrimina alunos inofensivos.São pouco evoluídos e carecem de formação e bases sólidas para lidar com adolescentes.
O professor conselheiro é uma autêntica ilusão!O aluno tem de ser privilegiado para receber a atenção e esclarecer dúvidas e assuntos próprios da adolescência porque se não,eles se incomodam (por não terem o mesmo costume de falar com outros alunos) e no fim favorecem as notas dos ditos extrovertidos.
Um docente trabalha com jovens,logo um perfil destes não se deve limitar a ensinar e ir embora:é preciso conhecer primeiro a dinâmica da turma,identificar se há elementos agressivos,passar confiança aos distantes,respeitar o feitio de alguns e evitar ferir susceptibilidades,pois não se trata de gente adulta!!!O elo é indispensável a fim da relação entre o/a professor/a amiguinho/a e o aluno ser funcional.
Ora a questão é discutível devido à hipótese de ser um truque o que leva a gerar más-interpretações da parte dos outros.
Eles puxam a amizade para os alunos irem às aulas e gostarem naturalmente dessa disciplina,só não têm o direito de "dar corda" a alguns:a idade de crescimento é desafiadora e há uma dose de curiosidade à mistura do qual esse tipo de professor não está preparado para responder às várias perguntas adversas por falta de opinião/visão...enfim,são parasitas dos alunos.
Na adolescência,há uma necessidade típica de pertença,de ser apoiado e ouvido sem problemas por uma pessoa mais velha que dificilmente estão disponíveis...o docente receptivo tem de ver até que ponto é aceitável determinado comportamento,não esquecendo que eles são imprevisíveis,isto é,a proximidade estabelecida não pode ser comparada igual a alguém maduro!!!Os alunos sociáveis e frágeis da cabeça vão trocar impressões porque não têm muito auto-controlo e quem for mais abusado,também bajula meramente para satisfazer o ego e ser bem-visto na turma...é uma espécie de idolatria seca e bacoca.
Neste caso,o adolescente deve tentar ser imparcial pois por mais fixe que seja,é um superior hierárquico!Ele pode mudar de ideias a qualquer altura e aí os alunos vão ficar baralhados.
Este tipo de docente actualiza-se de novidades sem estar à frente dos alunos,acompanham as conversas,entretêm com as suas histórias para o ambiente não se tornar pesado e têm filtros como os outros...portanto,este "faz-de-conta" é apenas um pormenor.
O adolescente tem de ser esperto e detectar se o amiguinho é receptivo a todos ou é invasivo e antipático com alguns:se for incoerente,pode ser uma estratégia usada para sacarem informações e comunicarem ao outro professor na sala de professores (ou a terceiros).Com os elementos reservados e distantes da turma eles sentem que não precisam criar elos por acharem que não estão interessados e se desenrascam bem (nas aulas ou em outros aspectos).
Como desempenham um papel estrito,têm a responsabilidade de interagirem na prática e não teoricamente!Eles não podem se centrar nos grupinhos sociáveis e bajuladores para darem confiança e fazerem amizades e sim começarem por dar o exemplo de um docente ideal na escola.(são as ovelhas ranhosas da equipa de professores!)
A maioria dos jovens desta geração têm pais moralmente incultos e permissivos,um/a professor/a desses vai ser obviamente uma figura/guia para eles se espelharem ou uma compensação daquilo que não têm na vida deles.
De uma perspectiva profunda,um docente receptivo é duvidoso por uma razão:uma turma é uma micro-sociedade e eles não devem ter lá noção que deve ser coesa e não pode haver conflito,muito menos por causa de um professor atraente e que tem uma linguagem acessível e a proximidade não deve ser dirigida só aos extrovertidos que por norma já têm facilidade e são fingidos (eles têm um círculo de amigos do qual ocultam e não têm o hábito de puxar conversas com tanta espontaneidade como fazem com o /a professor/a amiguinho/a).
Se por acaso um adolescente apanhar um professor amigo dos alunos,tem de pensar duas vezes antes de ser prejudicado:se não for afável nem se simpatiza com todos,então o melhor é "ficar com um pé atrás" e avaliar mentalmente;ele/a deve ter consciência do impacto do duplo papel na escola,ao invés de debitar conselhos corriqueiros para alunos superficiais!Além disso,o docente narcisista tem frequentemente dificuldade em ser respeitado.
O aluno não pode achar que é o único a elogiar,eles têm mais turmas onde todos dizem o mesmo.
Quem tem esse perfil,tem de ser acessível a todos os elementos para o vínculo ser retribuído (e não o oposto)...não se percebe qual é o receio,até porque iria subir na reputação;sinceramente,não custa arriscar e acumular competência.
Um docente receptivo é raro de se apanhar nas escolas.Por conseguinte,tem de ser praticamente um rumo e não pode só meter conversa ou influenciar alunos preferencialmente sociáveis,vai contra a regra.
Resumindo:um/a professor/a tipo irmão/a mais velho/a se não for justo/a,é uma armadilha perigosa reflexo do preconceito enquanto indivíduo social.