O tópico desta crónica é sobre alguns conselhos dirigidos ao eleitor.
Numa breve pesquisa efectuada por curiosidade a propósito de conselhos para votar nas eleições,constata-se de que não há nenhum resultado captado ou um guia útil a explicar a importância de comparecer na urna,algo inacreditável porque não é uma tarefa tão simples como foi incutida.Há uma tremenda falta de conteúdo numa altura em que apela à evolução de consciência política.
Antes de mais,votar significa escolher um partido da lista e pôr uma cruz no boletim de votos.
Seguem-se enumeradas as 30 dicas de ouro a serem retidas.
1 - Ver quais são os candidatos ou partidos que estão na concorrência ou em vigor;
2 - obter previamente as informações;
3 - o eleitor tem de se identificar com os ideais e valores transmitidos;
4 - filtrar a informação credível da duvidosa do cabeça de lista/partido;
5 - os panfletos são fonte de reflexão,por isso não se deve deitar fora ou então mais vale não receber;
6 - recolher dados relevantes;
7 - há uma diversidade de grupos logo é escusado dar desculpas para não votar em ninguém e dizer que não percebe nada;
8 - consultar os programas de cada um deles na internet;
9 - tentar contactar ou esclarecer dúvidas através de mensagem na respectiva página ou site;
10 - verificar a reputação do partido,isto é,se as propostas na prática correspondem e se o representante tem um discurso fiável ou irreal;
11 - ir decidido e não deixar os eleitores à espera;
12 - os pequenos são os que têm pouca visibilidade ou aderência do povo e não propriamente que sejam um fiasco:se está no papel é porque já conseguiu um assento parlamentar (via petição) portanto um porta-voz do movimento;
13 - a comunicação social nunca os dão a devida cobertura e tempo de antena para influenciar as pessoas com os partidos comuns,sendo intencional a desvalorização;
14 - estabelecer um perfil ideal do candidato político e uma expectativa daquilo que se imagina é um dos critérios de peso;
15 - saber os princípios apregoados sem entrar em fanatismos!!!;
16 - é preciso salientar que não é ao estar presente na secção de votos que se vai combater a abstinência,pelo contrário,lamentavelmente muita gente não usa nem aproveita o poder democrático e geralmente são as mesmas que andam com hipocrisias baratas em relação ao país que têm.Basta parar para pensar seriamente quantos no mundo gostariam de exercer a liberdade eleitoral de eleger um líder e não têm direito a votar por vários motivos?O voto em branco é grave nos dias que correm...é sinal de conformismo,de passividade e até de cepticismo e não de analfabetismo.Revela desorientação colectiva e isso vai custar a desenvolver ou ficar estagnado;
17 - as eleições são a oportunidade do eleitor optar pelo grupo preferido;
18 - ignorar as sondagens,as estatísticas e as previsões antes das legislativas:aquilo é encomendado e são meras notícias a fim de gerar discórdia,polémica e de incentivar o público a virar para esses partidos de modo a não perderem a sua legitimidade enquanto governo e assim estarem na liderança fortemente enraizada há décadas;
19 - procurar verificar quais são os objectivos definidos a serem alcançados,se a força partidária é segura ou se não tem hipóteses de ter futuro;
20 - se for discutir e trocar opiniões com pessoas próximas,é regra apresentar argumentos válidos,ter bom-senso e acima de tudo estar preparado para abrir este assunto...tem de saber ouvir,ter qualidade e ser frutífera porém não é fácil conviver com visões diferentes e por vezes conservadoras pois a política é uma crença;
21 - ver se o deputado tem ética profissional,se cumpre as normas e não é dotado de provincialismos bacocos;
22 - as eleições não são nenhum tipo de competição e sim uma questão de gosto individual e de apoio ideológico;
23 - marcar a cruzinha vai ditar o rumo nos próximos quatro anos,portanto cuidado redobrado;
24 - a televisão favorece os votos;
25 - é de lembrar que as campanhas eleitorais são uma forma de promover/publicitar na rua um determinado grupo:a comitiva limita-se a fazer a divulgação e quem estiver interessado,vota;
26 - assistir aos debates serve para se manter actualizado e também avaliar o candidato tipo entrevista de emprego:analisa-se a conduta perante os oponentes,se a lógica tem fundamento,o currículo e a agenda política;
27 - procurar sobre o histórico pessoal,biografia e conhecer o passado e as metas traçadas do representante em que vai eleger;
28 - outra das sugestões é:se for possível e houver vontade,participar em palestras,reuniões,comícios e eventos do partido pois faz parte de viver em comunidade e do percurso como eleitor e cidadão de um país!;
29 - uma das dicas de ouro que ninguém refere é de nunca votar num líder com ego insuflado,conflituoso,corrupto,arrogante,infiel aos compromissos e sobretudo manipulador...deve-se ter em atenção este pormenor crucial!
e finalmente o conselho número 30:fazer um balanço daquilo que é aceitável ou reprovável dentro das propostas lidas.
Estes foram os trinta factos que são ocultados em vez de serem contados para orientar o eleitor no caminho consciente.
A política é um direito cívico e os cidadãos devem começar a ter noção abrindo as mentes num bom sentido,claro...é preciso desafiar a velha ideia de ser proibido falar de política,com moderação e racionalidade não é nenhum crime,além disso é um ponto positivo para as gerações vindouras...enfim tem a ver com disciplina e cultura de uma nação.
Do outro lado,é errado moldar à semelhança dos pais:apoiar um partido é uma escolha pessoal do indivíduo e jamais deve ser uma imposição!
Se a pessoa não tiver um espírito de contribuir para mudanças sociais em várias áreas,o estigma de ser um tema ofensivo vai prevalecer e nunca mais vai-se sair do círculo vicioso.
Concluindo esta mensagem dos conselhos para votar que ninguém conta,o eleitor deve ter voz activa.